Dissertações de Mestrado em Psicologia

URI permanente para esta coleção:

Notícias

Dissertações de Mestrado

Navegar

Entradas recentes

A mostrar 1 - 5 de 613
  • Item
    Pró-sociabilidade e Saúde Mental: validação da versão portuguesa da Prosocialness Scale for Adults
    (ISMT, 2023) Tomás, Ana Beatriz da Costa; Cunha, Marina (Orientadora)
    Objetivo: Traduzir e validar a Prosocialness Scale for Adults (PSA) para a população portuguesa. Pretendeu-se analisar a estrutura fatorial da escala, a fidedignidade e qualidade dos itens, avaliar a estabilidade temporal e analisar a validade convergente e divergente através da correlação entre a PSA e outros construtos de interesse (flexibilidade psicológica, autocompaixão, sintomas psicopatológicos e saúde mental) e variáveis sociodemográficas (idade e sexo). Método: A amostra englobou 351 participantes (280 do sexo feminino, 70 do sexo masculino), com idades entre 18 e 69 anos (M = 34.54, DP = 13.24). O protocolo englobou questões sociodemográficas, a versão portuguesa da PSA e escalas que avaliaram estados emocionais negativos (PHQ-4), a flexibilidade psicológica (Psy-Flex), a autocompaixão (SCS-SF) e a perceção de saúde mental (MHC-SF). A PSA foi aplicada duas vezes, com um intervalo de 4 semanas, numa subamostra de 145 indivíduos para o estudo da fidedignidade teste-reteste. Resultados: O modelo unidimensional e o modelo de dois fatores correlacionados (ações pró-sociais e sentimentos pró-sociais) foram os modelos fatoriais que mostraram índices de ajustamento aceitáveis. O score global de pró-sociabilidade mostrou uma consistência interna excelente e uma boa fidedignidade teste-reteste. Resultados idênticos foram encontrados para as dimensões ações pró-sociais e sentimentos pró-sociais. A PSA apresentou associações positivas significativas com a flexibilidade psicológica, a saúde mental e autocompaixão (quer no score global, quer nas dimensões de autobondade, humanidade comum e de mindfulness). Não revelou qualquer associação significativa com os estados emocionais negativos (ansiedade, depressão) e com as dimensões negativas da autocompaixão (isolamento, sobreidentificação e autojulgamento). Adicionalmente, a idade mostrou uma associação negativa com a PSA. O sexo feminino revelou valores significativamente mais elevados no índice global da PSA e sentimentos pró-sociais, comparativamente ao sexo masculino. Conclusão: A versão portuguesa da PSA demonstrou ser apropriada e fidedigna para avaliar os comportamentos associados à pró-sociabilidade na população de adultos. | Objective: To translate and validate the Prosocialness Scale for Adults (PSA) for the Portuguese population. It was intended to analyze the factorial structure of the scale, the reliability and quality of the items, evaluate the temporal stability and analyze convergent and divergent validity through the correlation between the PSA and other constructs of interest (psychological flexibility, self-compassion, psychopathological symptoms, and mental health) and sociodemographic variables (age and gender). Method: The sample comprised 351 participants (280 female, 70 male) aged 18 to 69 years (M = 34.54, SD = 13.24). The protocol included sociodemographic questions, the Portuguese version of the PSA and scales that assessed negative emotional states (PHQ-4), psychological flexibility (Psy-Flex), self-compassion (SCS-SF) and mental health perception (MHC-SF). The PSA was applied twice, with an interval of 4 weeks, in a subsample of 145 individuals for the test-retest reliability study. Results: The one-dimensional model and the two-factor correlated model (prosocial actions and prosocial feelings) were the factor models that showed acceptable fit indices. The overall prosociality score showed excellent internal consistency and good test-retest reliability. Identical results were found for the prosocial actions and prosocial feelings dimensions. The PSA showed significant positive associations with psychological flexibility, mental health, and self-compassion (both in the overall score and the dimensions of self-kindness, common humanity, and mindfulness). It did not reveal any significant association with negative emotional states (anxiety, depression) and negative dimensions of self-compassion (isolation, overidentification and self-judgment). Additionally, age showed a negative association with PSA. The female gender revealed significantly higher values in the global PSA index and prosocial feelings compared to male gender. Conclusion: The Portuguese version of the PSA proved to be appropriate and reliable for assessing behaviors associated with prosociality in the adult population.
  • Item
    O Papel Preditor da Desregulação Emocional e dos Sentimentos de Solidão nos Sintomas Depressivos em Pessoas Idosas em Apoio Institucional
    (ISMT, 2023) Febra, Maria Inês Reinoite; Espírito-Santo, Helena (Orientadora)
    Contexto e Objetivo: Os sintomas depressivos na população idosa representam um desafio significativo, com potenciais causas que variam de fatores sociais a físicos e emocionais. Em particular, a desregulação emocional e a solidão têm sido apontadas como influências notáveis. No entanto, é necessário compreender melhor a capacidade preditiva destes factores para formular intervenções eficazes. Assim, o objetivo principal deste estudo foi analisar a capacidade preditiva da desregulação emocional e da solidão em relação aos sintomas depressivos em pessoas idosas em apoio institucional. Métodos: A amostra foi constituída por 278 pessoas idosas em apoio institucional. (60–100 anos; M = 83,00; DP = 8,02), 215 (74,9%) eram mulheres. Os participantes foram avaliados através da Geriatric Depression Scale-8 itens, Loneliness Scale-16 itens e Difficulties in Emotion Regulation Scale-16 itens. Resultados: A análise de regressão linear múltipla destacou a relevância da solidão e da desregulação emocional na manifestação de sintomas depressivos em pessoas idosas em apoio institucional. Verificámos que os indivíduos com níveis elevados de solidão e desregulação emocional exibem sintomas depressivos mais acentuados. No entanto, a nossa análise demonstrou que a desregulação emocional apresentou uma contribuição mais alta em comparação à solidão na manifestação destes sintomas. Conclusão: Os resultados deste estudo sublinham a necessidade de desenvolver estratégias de intervenção focadas na gestão da desregulação emocional e na mitigação da solidão. A maior variância explicada pela desregulação emocional sugere a importância de reforçar o apoio emocional, as competências de regulação emocional através da intervenção adequada, com o objetivo de melhorar a saúde mental de pessoas idosas em apoio institucional. | Context and Objective: Depressive symptoms in older adults present a significant challenge, with potential causes ranging from social to physical and emotional factors. Notably, emotional dysregulation and loneliness have been pinpointed as significant influences. However, a better understanding of the predictive capacity of these factors is necessary for formulating effective interventions. Therefore, the primary objective of this study was to examine the predictive capacity of emotional dysregulation and loneliness concerning depressive symptoms in older adults in long term care. Methods: The sample consisted of 278 older adults in long term care (60–100 years; M = 83,00; SD = 8,02), 215 (74,9%) of whom were women. Participants were evaluated using the Geriatric Depression Scale-8 items, the Loneliness Scale-16 items, and the Difficulties in Emotion Regulation Scale-16 items. Results: The multiple linear regression analysis highlighted the significance of loneliness and emotional dysregulation in the manifestation of depressive symptoms in older adults in long term care. We found that individuals with high levels of loneliness and emotional dysregulation exhibit more pronounced depressive symptoms. However, our analysis demonstrated that emotional dysregulation contributes strongly than loneliness to manifesting these symptoms. Conclusion: The findings of this study emphasize the need to develop intervention strategies focused on managing emotional dysregulation and mitigating loneliness. The greater variance explained by emotional dysregulation suggests the importance of bolstering emotional support and emotion regulation skills through appropriate intervention to improve the mental health of older adults in long term care.
  • Item
    A Influência de Fatores Sociodemográficos e da Reserva Cognitiva no Funcionamento Cognitivo de Pessoas Idosas em Apoio Institucional
    (ISMT, 2023) Marelo, Bianca Saldanha; Espírito-Santo, Helena (Orientadora)
    Contexto e Objetivo: O papel da reserva cognitiva na proteção do funcionamento cognitivo é amplamente reconhecido. Contudo, as diferenças de género na reserva e no funcionamento cognitivo requerem uma análise mais aprofundada. Este estudo propõe-se a investigar a relação entre a reserva cognitiva e o funcionamento cognitivo em pessoas idosas portugueses em apoio institucional, controlando a influência do género, estado civil e presença de doenças. Métodos: Foi utilizado um desenho transversal e a amostra incluiu 291 indivíduos em apoio institucional com idade igual ou superior a 60 anos (M = 82,89; DP = 7,99), sendo 120 de centro de dia e 171 de estruturas residenciais para pessoas idosas. Os instrumentos utilizados foram o Addenbrooke Cognitive Examination-Revised e o Cognitive Reserve Index Questionnaire. Resultados: A reserva cognitiva foi o principal preditor do funcionamento cognitivo, explicando 15,4% da variância, mesmo após o controlo para as outras variáveis. Foi encontrada uma diferença significativa no funcionamento cognitivo entre os géneros, com os homens a obterem uma média de pontuações superior à das mulheres. No entanto, o funcionamento cognitivo não apresentou diferenças significativas quanto ao estado civil, presença de doença cardíaca ou diabetes. Conclusão: Este estudo reforça a relevância da reserva cognitiva como um fator chave na manutenção das capacidades cognitivas na população idosa, mesmo quando sujeita a condições adversas, como ausência de um companheiro ou de doenças crónicas. As implicações para a prática clínica e a pesquisa sugerem que a promoção da reserva cognitiva deve ser considerada como um componente essencial nas estratégias de intervenção e prevenção do declínio cognitivo na população idosa. Além disso, as diferenças de género no funcionamento cognitivo também devem ser levadas em consideração ao desenvolver estratégias de intervenção. | Background and Objective: The role of cognitive reserve in protecting cognitive function is widely recognized. However, gender differences in cognitive reserve and cognitive functioning require a more in-depth analysis. This study aims to investigate the relationship between cognitive reserve and cognitive functioning in institutionalized elderly Portuguese, controlling for the influence of gender, marital status, and the presence of diseases. Methods: A cross-sectional design was used, and the sample included 291 institutionalized individuals aged 60 years or older (M = 82.89; SD = 7.99), with 120 from day centers and 171 from nursing homes for older people. The tools used were the Addenbrooke Cognitive Examination-Revised and the Cognitive Reserve Index Questionnaire. Results: Cognitive reserve was the main predictor of cognitive function, explaining 15.4% of the variance, even after controlling for other variables. A significant difference in cognitive functioning was found between genders, with men achieving a higher average score than women. However, cognitive functioning did not show significant differences according to marital status, presence of heart disease, or diabetes. Conclusion: This study reinforces the relevance of cognitive reserve as a key factor in maintaining cognitive abilities in older people, even when subjected to adverse conditions, such as not having a partner or having a chronic disease. Implications for clinical practice and research suggest that promoting cognitive reserve should be considered an essential component in intervention strategies and prevention of cognitive decline in the elderly population. Furthermore, gender differences in cognitive functioning should also be taken into account when developing intervention strategies.
  • Item
    Sexo Biológico e Idade como Preditores do Funcionamento Cognitivo e Incapacidade Funcional em Pessoas Idosas com Apoio Institucional com Idade ≥ 60 Anos
    (ISMT, 2023) Alves, Yvan Michael Santos; Espírito-Santo, Helena (Orientadora)
    Contexto e Objetivo: A incapacidade funcional e o declínio cognitivo são comuns no envelhecimento, limitando a independência e o bem-estar das pessoas de idade avançada. Estudos prévios indicam que o sexo e a idade influenciam a capacidade funcional e o funcionamento cognitivo, mas não é claro qual o papel de fatores como a escolaridade e a atividade profissional prévia nessa dinâmica. Assim, pretendemos analisar se o sexo e a idade predizem o nível de funcionamento cognitivo e capacidade funcional, controlando o efeito da escolaridade e da atividade profissional em pessoas idosas com apoio institucional. Métodos: Avaliámos 291 idosos institucionalizados (M = 82,89; DP = 7,99; Centro de dia: 41,2%; Estruturas residenciais para idosos: 58,8%) através do Addenbrooke Cognitive Examination-Revised e o World Health Organization Disability Assessment Schedule 2.0. Resultados: Observaram-se diferenças significativas no funcionamento cognitivo entre os sexos, que desapareceram após controlar para escolaridade e atividade profissional. A idade não influenciou o funcionamento cognitivo nem a capacidade funcional. A escolaridade e a atividade profissional emergiram como preditores apenas para o funcionamento cognitivo. Conclusão: Estes resultados desafiam as noções prévias de idade e sexo como fatores no funcionamento cognitivo em pessoas idosas. Destacam a importância da escolaridade e atividade profissional na manutenção da cognição, sublinhando a necessidade de políticas educativas e profissionais inclusivas ao longo da vida. | Background and Objective: Functional disability and cognitive impairment are common in aging, limiting the independence and well-being of older people. Previous studies indicate that sex and age influence functional capacity and cognitive functioning, but the role of factors such as education and previous professional activity in this dynamic is unclear. Thus, we intended to analyze whether sex and age predict cognitive functioning and functional capacity, controlling for the effect of education and professional activity among older people in long term care. Methods: We assessed 291 institutionalized older people (M = 82.89; SD = 7.99; Daycare Center: 41.2%; Nursing Home: 58.8%) using the Addenbrooke Cognitive Examination Revised and the World Health Organization Disability Assessment Schedule 2.0. Results: Significant differences were observed in cognitive functioning between sexes, which disappeared after controlling for education and professional activity. Age did not influence cognitive functioning or functional capacity. Education and professional activity emerged as predictors only for cognitive functioning. Conclusion: These results challenge previous notions of age and sex as factors in cognitive functioning in older people. They highlight the importance of education and professional activity in maintaining cognition, underscoring the need for inclusive educational and professional policies throughout life.
  • Item
    Propriedades Psicométricas da Versão em Português Europeu da Intimate Violence and Traumatic Affect Scale (VITA): um estudo exploratório numa amostra com nacionalidade portuguesa
    (ISMT, 2023) Cardoso, Diana Almeida; Carvalho, Teresa (Orientadora)
    Introdução: A violência entre parceiros íntimos (VPI) é um problema mundial de saúde pública que afeta indivíduos independentemente das suas características sociodemográficas, incluindo a identidade de gênero. A VPI pode causar traumas psicológicos com graves consequências para a saúde mental das vítimas. Porém, a escassez de instrumentos de medida que avaliam o afeto pós-traumático nas referidas vítimas representa um desafio neste domínio. Objetivos: Explorar as propriedades psicométricas da versão da Intimate Violence and Traumatic Affect Scale (VITA) adaptada ao Português Europeu e às identidades de género masculino/feminino e fornecer dados preliminares sobre a sua validade e fidelidade para medir o afeto pós-traumático em vítimas de VPI. Método: Este estudo transversal, foi realizado numa amostra de conveniência de 214 adultos com nacionalidade Portuguesa e com distintas identidades de género que endossaram experiências de vitimação perpetradas por parceiros íntimos. Administraram-se os seguintes instrumentos de autorresposta: questionário sociodemográfico, Intimate Partner Violence and Traumatic Affect Scale, Intimate Partner Violence Check List, State Shame and Guilt Scale e External and Internal Shame Scale. Resultados: A estrutura latente da versão adaptada da VITA, composta pelos fatores medo, terror, vergonha e culpa, apresentou um aceitável ajustamento aos dados e validade fatorial. O modelo exibiu consistência interna, estabilidade temporal e validade convergente dos itens nos respetivos fatores e destes com outras medidas que avaliam a frequência da exposição a diversas formas de VIP, culpa e vergonha. Discussão: Este estudo aumentou o conhecimento sobre a VITA e fornece informações relevantes sobre as propriedades psicométricas da sua versão em Português Europeu e adaptada ás identidades de género feminino/masculino. Os resultados sustentam a pertinência de análises futuras mais aprofundadas sobre as propriedades psicométricas da referida versão da VITA. A maior utilidade clínica desta medida inclusiva pode ajudar a melhorar a avaliação e tratamento das vítimas de VPI em Portugal e em falantes da língua Portuguesa residentes noutros países. | Introduction: Intimate partner violence (IPV) is a global public health problem that affects individuals regardless of their sociodemographic characteristics, including gender identity. IPV can cause psychological trauma with serious consequences for the mental health of victims. However, the scarcity of measurement instruments that assess post traumatic affect in these victims represents a challenge in this domain. Objectives: The objective of this study was to explore the psychometric properties of the version of the Intimate Violence and Traumatic Affect Scale (VITA) adapted to European Portuguese and gender identity and provide preliminary data on its validity and reliability to measure post-traumatic affect in IPV victims. Method: This cross-sectional study was conducted on a convenience sample of 214 adults with Portuguese nationality and various gender identities who endorsed experiences of victimization perpetrated by intimate partners. Self-response instruments were administered, including the Intimate Partner Violence and Traumatic Affect Scale, Intimate Partner Violence Check List, State Shame and Guilt Scale, and External and Internal Shame Scale. Results: The latent structure of the adapted version of VITA, composed of the factors of fear, terror, shame, and guilt, showed an acceptable fit to the data and factorial validity. The model exhibited internal consistency, temporal stability, and convergent validity of the items in their respective factors and with other measures that assess the frequency of exposure to various forms of IPV, guilt, and shame. Discussion: This study increased knowledge about VITA and provides relevant information on the psychometric properties of its version in European Portuguese and adapted to gender identities. The results support the relevance of further in-depth analyses of the psychometric properties of the referred version of VITA. The greater clinical utility of this inclusive measure may help to improve the assessment and treatment of victims of IPV in Portugal and in Portuguese speakers living in other countries.