Conformidade com as Normas Masculinas Tradicionais e Associações com Ansiedade, Depressão e Qualidade Relacional: estudo exploratório
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Data
2025-01
Autores
Santos, Sara Catarina Troia
Fonseca, Gabriela (Orientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
O presente estudo exploratório pretendeu contribuir para o estudo da influência da conformidade com as normas masculinas tradicionais na saúde mental e nos relacionamentos conjugais de homens em Portugal. Os dados foram recolhidos através do preenchimento de um protocolo de investigação online que incluiu os seguintes instrumentos: Inventário de Conformidade com as Normas Masculinas – versão reduzida de 22 itens (CMNI; Mahalik et al., 2003; versão portuguesa de Leitão, 2015); Inventário de Componentes de Qualidade Relacional Percebida (PRQC; Fletcher et al., 2000; Crespo et al., 2008) e a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (DASS; Lovibond & Lovibond, 1995; Pais-Ribeiro et al., 2004). Participaram nesta investigação 60 homens heterossexuais portugueses (Midade = 43,75; DP = 11,63) que se encontravam em relações de coabitação com as suas parceiras. Os resultados obtidos indicaram a existência de associações entre a conformidade com as normas masculinas tradicionais e as variáveis ansiedade e qualidade relacional. Mais especificamente, a adesão a normas masculinas que preconizavam a homofobia que se mostrou negativamente associada à ansiedade, e a adesão a normas relativas às dimensões violência e playboy que se mostraram negativamente associadas à qualidade relacional. Este estudo reforça a importância de abordar a complexidade das normas masculinas tradicionais na prática e investigação clínica, de modo a promover masculinidades mais saudáveis que beneficiem a saúde mental e a qualidade das relações de homens e de mulheres. | This exploratory study aimed to contribute to the study of the influence of conformity to traditional masculine norms on the mental health and marital relationships of men in Portugal. Data was collected by completing an online research protocol that included the following measures: Conformity to Masculine Norms Inventory - short version of 22 items (CMNI; Mahalik et al., 2003; Portuguese version by Leitão, 2015); Inventory of Perceived Relational Quality Components (PRQC; Fletcher et al., 2000; Crespo et al., 2004) and the Depression Anxiety Stress Scales (DASS; Lovibond & Lovibond, 1995; Pais-Ribeiro et al., 2004). Sixty Portuguese heterosexual men (Mage = 43,75; SD = 11,63) who were in cohabiting relationships with their partners took part in this research. The results showed associations between conformity to traditional masculine norms and the variables anxiety and relationship quality. More specifically, adherence to masculine norms that advocated homophobia was negatively associated with anxiety, and adherence to norms relating to the dimensions of violence and playboyism was negatively associated with relationship quality. This study reinforces the importance of addressing the complexity of traditional masculine norms in clinical practice and research, to promote healthier masculinities that benefit men's and women's mental health and relationship quality.