Repositório ISMT
REPOSITÓRIO ABERTO
Instituto Superior Miguel Torga
O REPOSITÓRIO ABERTO do ISMT é um repositório institucional de acesso aberto das publicações produzidas pela sua comunidade académica.
Neste REPOSITÓRIO, criado em julho de 2013, podem ser consultados dissertações, teses, artigos, comunicações, pósteres e outro material de divulgação cientifica
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Dreaming about the Pandemic: a content analysis of COVID-19-related dreams during the outbreak in Portugal
(ISMT, 2023) Becker, Joana Proença; Vicente, Henrique (Orientador)
The COVID-19 pandemic has affected the mental health of people around the world, altering sleep patterns and dream experiences. Since dream content is associated with waking-life experiences, one would expect pandemic-related concerns to pervade dreams. This study aimed to explore the content of dreams associated with the pandemic and to assess if specific pandemic experiences and concerns, perceived impact of the event, and sociodemographic characteristics influenced dream content. The survey questionnaire included questions on pandemic-related experiences, perceived impact on personal, social, and professional life, sleep patterns, and dream experiences. A thematic analysis was performed to codify participants’ dream contents. Chi-square tests addressed possible relations between dream content and pandemic-related experiences. The most frequent dream themes were sickness, death, inefficiency, and work-related concerns. Being a health professional was associated with inefficiency and work-related concerns themes. Inefficiency dreams were also associated with the death of loved ones and with impairments in social life. There was a strong association between the pandemic impact on employment and the being chased theme. Data supports the notion that dreams reflect waking-life anxieties and concerns, which can be a way of understanding them and looking for possible solutions. Investigating the factors that may influence dream content can contribute to developing prevention strategies and therapeutic interventions in different healthcare settings.
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Violência Doméstica, Lei Maria da Penha e os Fatores Que Influenciam a Denúncia
(New Trends in Qualitative Research, 2023-09) Souza, Josiane Pinheiro Prestes de; Matos, Fátima Regina Ney; Prestes, Ivanez Pinheiro
Introdução: As situações de violência no âmbito conjugal resultam numa diversidade de consequências e danos físicos, psicológicos, relacionais e nos casos mais graves, poderão conduzir à incapacitação, temporária ou permanente, da vítima ou, mesmo, à sua morte. A Lei Maria da Penha, dispõe a respeito da criação de mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra mulher; trata também da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher. Dispõe ainda a respeito da criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher e promove alteração no Código Penal e na lei de Execução Penal a respeito da punição da violência contra a mulher. Objetivo: Identificar e compreender os fatores que influenciam a tomada de decisão da vítima em denunciar atos de violência doméstica. Especificamente pretende-se verificar o conhecimento dos recursos disponíveis à vítima de violência doméstica, bem como analisar se tais recursos influenciam na decisão da vítima denunciar o agressor. Método: Foi feita uma pesquisa qualitativa básica, com a participação de 12 mulheres que se identificaram como vítimas de violência doméstica. Foi utilizada como técnica de colheita a entrevista semiestruturada e para o tratamento dos dados, foi feita análise categorial. Resultados: Das entrevistadas, quatro mulheres não denunciaram o agressor, uma destas saiu de casa e preferiu não denunciar. As que denunciaram, o fizeram por diferentes motivos, como traição, agressão na presença de filhos, medo de perder os filhos, entre outros. Conclusões. Os fatores apontados estão relacionados com a dependência financeira e emocional e por descrédito na justiça. | Introduction: Situations of domestic violence result in a variety of consequences and physical, psychological and relational damage and, in the most serious cases, may lead to temporary or permanent incapacitation of the victim or even death. The Maria da Penha Law provides for the creation of mechanisms to curb domestic and family violence against women; it also deals with the Convention on the Elimination of All Forms of Discrimination against Women and the Inter-American Convention to Prevent, Punish and Eradicate Violence against Women. It also provides for the creation of Courts for Domestic and Family Violence against Women and promotes changes to the Penal Code and the Criminal Execution law regarding the punishment of violence against women. Objective: Identify and understand the factors that influence the victim's decision-making in reporting acts of domestic violence. Specifically, the aim is to verify knowledge of the resources available to victims of domestic violence, as well as to analyze whether such resources influence the victim's decision to report the aggressor. Method: Basic qualitative research was carried out, with the participation of 12 women who identified themselves as victims of domestic violence. A semi-structured interview was used as a collection technique and categorical analysis was carried out to process the data. Results: Of those interviewed, four women did not report the aggressor, one of these left homes and preferred not to report it. Those who reported it did so for different reasons, such as betrayal, aggression in the presence of children, fear of losing their children, among others. Conclusions. The factors highlighted are related to financial and emotional dependence and discredit in justice.
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Pró-sociabilidade e Indicadores de Saúde Mental na Adolescência: validação da Prosocialness Scale
(ISMT, 2023) Gouveia, Ana Catarina Teles França; Cunha, Marina (Orientadora)
Objetivo: Validar a Prosocialness Scale (PS) para a população Portuguesa de adolescentes. Pretendeu-se analisar a estrutura fatorial da escala, a invariância do modelo entre géneros, a fidedignidade e a sua associação com variáveis sociodemográficas e outras de interesse. Método: A amostra englobou 454 adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos (M = 14.96, DP = 1.11) e uma média de 9.56 anos de escolaridade (DP = 1.12). Os participantes preencheram um protoloco formado pela PS e um conjunto de medidas de autorresposta que avaliaram a flexibilidade psicológica (PsyFlex-A), estados emocionais negativos (DASS-21), saúde mental (MHC-SF) e comportamentos pró-sociais (SDQ). Uma subamostra composta por 75 participantes completou a PS 4 semanas após a primeira administração para efeitos de análise da fidedignidade temporal. Resultados: A PS apresentou uma estrutura bifatorial, existindo assim um fator latente (pró-sociabilidade) e dois fatores específicos (ações pró-sociais e sentimentos pró-sociais). Após análise, a PS revelou uma consistência interna e uma fidedignidade teste-reteste adequadas. Mostrou associações positivas com a flexibilidade psicológica e saúde mental, e ainda uma associação negativa com os estados afetivos negativos (ansiedade e depressão). A idade não apresentou correlação com os valores da PS, enquanto a variável escolaridade mostrou uma associação fraca. Foram encontradas diferenças significativas de género, constatando valores mais elevados de comportamentos pró-sociais nas raparigas do que nos rapazes. Conclusão: A PS revelou ser um instrumento válido e fidedigno para avaliar os comportamentos pró-sociais em adolescentes na população Portuguesa. Destaca-se o seu contributo em contexto educativo e clínico, enquanto instrumento de rastreio, podendo contribuir para possíveis intervenções que visam promover os comportamentos pró-sociais nos adolescentes. | Objective: Validation of the Prosocialness Scale (PS) for the Portuguese population of adolescents. It was intended to analyze the factorial structure of the scale, the invariance of the model between genders, the reliability and the association with sociodemographic variables and other variables of interest. Method: The sample comprised 454 adolescents, aged between 13 and 17 years (M = 14.96, DP = 1.11) and an average of 9.56 years of schooling (DP = 1.12). Participants completed a protocol formed by PS and a set of self-report measures that assessed psychological flexibility (PsyFlex-A), negative emotional states (DASS-21), mental health (MHC-SF) and prosociality (SDQ). A subsample of 75 participants completed PS four weeks after the first administration for purposes of temporal reliability analysis. Results: The PS presented a bifactorial structure, thus existing a latent factor (prosociality) and two specific factors (prosocial actions and prosocial feelings). Upon analysis, the PS revealed adequate internal consistency and test-retest reliability. It showed positive associations with psychological flexibility and mental health, and a negative association with negative affective states (anxiety and depression). Age did not correlate with PS values, while the education variable showed a weak association. Significant gender differences were found, with higher values of prosocial behavior in girls than in boys. Conclusion: The PS proved to be a valid and reliable instrument to assess prosocial behaviors in adolescents in the Portuguese population. Stands out the contribution in an educational and clinical context, as a screening instrument, and may contribute to possible interventions aimed at promoting prosocial behavior in adolescents.
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Avaliação do Impacto da Aplicação do MindUp em Crianças do 2º Ciclo do Ensino Básico
(ISMT, 2024) Marques, Ana Beatriz Neves; Cunha, Marina (Orientadora)
Introdução: A infância é repleta de desafios emocionais, sociais e psicológicos que podem afetar o bem-estar e o desempenho académico das crianças. Para mitigar esses impactos, foram desenvolvidos programas de intervenção socioemocional, como o MindUp. Objetivos: Analisar a receção do programa MindUp, por parte das crianças, e a perceção da sua utilidade, bem como o impacto na promoção do bem-estar psicológico, afetos, autoestima, flexibilidade psicológica e comportamentos pró-sociais. Paralelamente, pretendeu-se avaliar a perceção dos encarregados de educação sobre a possível mudança do comportamento dos seus filhos. Métodos: A amostra final incluiu 138 jovens, (69 do sexo feminino e 69 do sexo masculino) com idades compreendidas entre os 10 e os 13 anos, a frequentarem o 5º e o 6º ano de escolaridade. Os participantes preencheram, pré e pós intervenção, questionários de autorresposta que avaliaram o bem-estar subjetivo (MHC-SF), a autoestima (RSES), a flexibilidade psicológica (PsyFlex-A), os afetos (PANAS-C10) e os comportamentos pró-sociais (PS-A). Adicionalmente, completaram um conjunto de questões destinadas a avaliar o acolhimento do programa, a sua estrutura, utilidade, praticidade e eficácia preliminar. Os encarregados de educação (N =33) preencheram nos dois momentos o questionário para avaliar as capacidades e dificuldades dos filhos (SDQ-P). Resultados: As crianças avaliaram de forma positiva o MindUp, fornecendo indicadores positivos em relação à receção, avaliação da estrutura e conteúdos do programa e utilidade do mesmo. Em relação à eficácia preliminar, no final do programa, não foram evidenciadas diferenças estatisticamente significativas na maioria das variáveis. Foram exceção o bem-estar subjetivo (índice global e fatores de bem-estar emocional e bem estar social) nos quais, contrariamente ao esperado, as crianças apresentaram valores mais baixos na pós-intervenção. A avaliação dos pais revelou uma diminuição significativa na perceção dos problemas de comportamento dos filhos após a implementação do programa. Conclusão: Os resultados sugerem um acolhimento favorável, destacando a adequação do conteúdo, distribuição, interesse e utilidade do MindUp. No entanto, não foram encontradas mudanças esperadas nas variáveis analisadas. Torna-se essencial continuar a investigação, desenvolvendo instrumentos de avaliação mais ajustados a estas idades e diligenciando ligeiros ajustes ao programa de acordo com as necessidades específicas das crianças e dos contextos escolares. | Introduction: Childhood is full of emotional, social and psychological challenges that can affect children's well-being and academic performance. Socio-emotional intervention programmes such as MindUp have been developed to mitigate these impacts. Objectives: To analyse the children's reception of MindUp and their perception of its usefulness, as well as its impact on promoting psychological well-being, affect, self-esteem, psychological flexibility and pro-social behaviour. At the same time, we wanted to assess the parents' perception of the possible change in their children's behaviour. Methods: The final sample included 138 young people (69 females and 69 males) aged between 10 and 13, attending 5th and 6th grade. Before and after the intervention, the participants completed self-reported questionnaires assessing subjective well-being (MHC-SF), self-esteem (RSES), psychological flexibility (PsyFlex-A), affect (PANAS-C10) and pro-social behaviour (PS-A). In addition, they completed a set of questions designed to assess the reception of the programme, its structure, usefulness, practicality and preliminary effectiveness. Parents (N =33) filled in the questionnaire to assess their children's abilities and difficulties (SDQ-P) at both times. Results: The children gave MindUp a positive evaluation, providing positive indicators in terms of reception, evaluation of the structure and content of the programme and its usefulness. Regarding the preliminary effectiveness at the end of the programme, there were no statistically significant differences in most of the variables. The exception was subjective wellbeing (global index and factors of emotional wellbeing and social wellbeing) in which, contrary to expectations, the children showed lower values post intervention. After the programme was implemented, the parents' assessment revealed a significant decrease in their perception of their children's behavioural problems. Conclusion: The results suggest a favourable reception, highlighting the adequacy of the content, distribution, interest and usefulness of the MindUp programme. However, no expected changes were found concerning the variables analysed. It is essential to continue with the research, develop assessment tools that are more suited to these ages, and make slight adjustments to the programme according to the specific needs of the children and school contexts.
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Digital Financial Knowledge Scale (DFKS): Insights from a Developing Economy
(International Journal of Financial Studies : MDPI, 2024-12-02) Vieira, Kelmara Mendes; Matheis, Taiane Keila; Lehnhart, Eliete dos Reis; Tavares, Fernando Oliveira
This work aims to create and validate the digital financial knowledge scale (DFKS). Three studies were carried out, including a focus group, expert validation, pre-testing, and the application of item response theory. From these procedures, two versions of the scale were constructed and validated. An evaluation and classification methodology was proposed. Two versions for measuring digital financial knowledge are presented. The long version is composed of 40 items and the short version has 26 items. Applying the proposed methodology, it is possible to classify the level of digital financial knowledge as low, intermediate, or high. The DFKS can be useful for both financial system agents and governments and researchers, who can use it in different contexts. In the banking sector, identifying the level of digital financial knowledge can reduce risks, as losses suffered by clients due to an uninformed adoption of digital banking services break the relationship of trust and can lead to lower financial inclusion.