Ciências do Comportamento
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Esta coleção inclui os trabalhos académicos e científicos dos docentes e investigadores do ISMT na área das Ciências do Comportamento: Psicologia, Psicologia Clínica e Sociopsicologia da Saúde.
No âmbito desta área, estão disponíveis os seguintes trabalhos:
- Artigos em revistas científicas internacionais e nacionais com arbitragem (pré e pós print)
- Livros (Autor) / Books (Author)
- Livros (Editor) / Books (Editor)
- Capítulos de Livros/Book Chapters
- Volumes de Atas/Proceedings
- Textos em volumes de Atas de encontros científicos nacionais e internacionais
- Resumos, postéres em volumes de atas de encontros científicos nacionais e internacionais
- Teses de Doutoramento / PhD Thesis
- Dissertações de Mestrado / MSc Dissertations
- Outros documentos relevantes para as Ciências do Comportamento / Other documents relevant to behavioral Sciences
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- ItemA Experiência de Perdas na Rede Social Pessoal durante a Pandemia COVID-19: impacto na saúde mental, padrões de sono e conteúdo onírico(ISMT, 2023) Duarte, Carla Susana Quitério; Vicente, Henrique (Orientador)Contexto: O impacto da pandemia COVID-19 na saúde mental, padrões de sono e conteúdo onírico, encontra-se extensamente documentado na literatura. Por outro lado, alguns estudos sublinham os efeitos deletérios que as medidas restritivas de contenção da pandemia tiveram nos processos de luto. Contudo, subsistem lacunas na investigação sobre o impacto da experiência de perda de pessoas significativas devido à pandemia no sono e sonhos das populações afetadas. Objetivos: O presente estudo visa realizar uma análise comparativa relativamente ao impacto da pandemia na saúde mental, solidão, nos padrões de sono e nos sonhos, entre um grupo de participantes que referiu ter perdido alguém significativo e o grupo que não identificou perdas nas suas redes sociais pessoais. Métodos: Os participantes responderam a um questionário online, que incluiu a recolha de dados sociodemográfico e de vivência da pandemia, mudanças nos padrões de sono e sonhos durante a pandemia COVID-19. O protocolo de recolha de dados incluiu igualmente os instrumentos psicométricos Mental Health Inventory-5 (MHI-5) e Escala de solidão – versão reduzida. A amostra global integrou 1020 participantes, sendo dividida em duas subamostras: participantes que não identificaram perdas devido à COVID-19 (812 participantes) e participantes que referiram a perda de alguém significativo (169 participantes). Resultados: A subamostra de participantes enlutados apresenta idade média superior e maior número de reformados, tendo reportado maior impacto na sua saúde física. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as duas subamostras ao nível da saúde mental e da solidão. Finalmente, os participantes enlutados reportam menor qualidade de sono, maior número de pesadelos recordados, e maior probabilidade de sonhar com a COVID-19. A associação dos sonhos relacionados com a COVID-19 à emoção “raiva” é significativamente superior entre os participantes que perderam alguém significativo. Discussão e Conclusões: Os resultados indicam que embora a experiência de luto derivada da pandemia COVID-19 não apresente inequivocamente contornos patológicos ou deletérios, as alterações nos padrões de sono e no conteúdo dos sonhos registadas sugerem uma elevada carga emocional a ser processada. Estes dados são consonantes com a hipótese da continuidade e com a teoria da regulação emocional dos sonhos. Sugerem-se estudos longitudinais para aferir com maior precisão o impacto das experiências de perda durante a pandemia, bem como estudos com crianças e adolescentes, não incluídos no presente trabalho. | Background: The impact of the COVID-19 pandemic on mental health, sleep patterns and dream content is extensively documented in the literature. On the other hand, some studies underline the deleterious effects that the restrictive measures to contain the pandemic had on the mourning processes. However, research gaps remain on the impact of the experience of losing significant people, due to the pandemic, on the sleep and dreams of affected populations. Objectives: The present study aims to carry out a comparative analysis regarding the impact of the pandemic on mental health, loneliness, sleep patterns and dreams, between a group of participants who reported having lost someone significant and the group that did not identify losses in their personal social networks. Methods: The participants answered an online questionnaire, which included the collection of sociodemographic and pandemic experience data, changes in sleep patterns and dreams during the COVID-19 pandemic. The data collection protocol also included psychometric instruments (Mental Health Inventory-5 (MHI-5) and the Loneliness Scale – short version). The global sample included 1020 participants, divided into two subsamples: participants who did not identify losses due to COVID-19 (812 participants) and participants who reported the loss of a significant person (169 participants). Results: The subsample of bereaved participants has a higher average age and a greater number of retirees, having reported a greater impact on their physical health. No statistically significant differences were found between the two subsamples in terms of mental health and loneliness. Finally, bereaved participants report lower sleep quality, more recalled nightmares, and more probability to dream about COVID-19. The association of COVID-19-related dreams with the emotion “anger” is significantly higher among participants who have lost a significant person. Discussion and Conclusions: The results demonstrate that although the experience of grief due to COVID-19 pandemic does not unequivocally present pathological or deleterious contours, the changes in sleep patterns and in the content of dreams recorded suggest a high emotional load to be processed. These data are consistent with the continuity hypothesis and with the theory of emotional regulation of dreams. Longitudinal studies are suggested to more accurately assess the impact of loss experiences during the pandemic, as well as studies with children and teenagers, not included in the present work.
- ItemA Influência de Fatores Sociodemográficos e da Reserva Cognitiva no Funcionamento Cognitivo de Pessoas Idosas em Apoio Institucional(ISMT, 2023) Marelo, Bianca Saldanha; Espírito-Santo, Helena (Orientadora)Contexto e Objetivo: O papel da reserva cognitiva na proteção do funcionamento cognitivo é amplamente reconhecido. Contudo, as diferenças de género na reserva e no funcionamento cognitivo requerem uma análise mais aprofundada. Este estudo propõe-se a investigar a relação entre a reserva cognitiva e o funcionamento cognitivo em pessoas idosas portugueses em apoio institucional, controlando a influência do género, estado civil e presença de doenças. Métodos: Foi utilizado um desenho transversal e a amostra incluiu 291 indivíduos em apoio institucional com idade igual ou superior a 60 anos (M = 82,89; DP = 7,99), sendo 120 de centro de dia e 171 de estruturas residenciais para pessoas idosas. Os instrumentos utilizados foram o Addenbrooke Cognitive Examination-Revised e o Cognitive Reserve Index Questionnaire. Resultados: A reserva cognitiva foi o principal preditor do funcionamento cognitivo, explicando 15,4% da variância, mesmo após o controlo para as outras variáveis. Foi encontrada uma diferença significativa no funcionamento cognitivo entre os géneros, com os homens a obterem uma média de pontuações superior à das mulheres. No entanto, o funcionamento cognitivo não apresentou diferenças significativas quanto ao estado civil, presença de doença cardíaca ou diabetes. Conclusão: Este estudo reforça a relevância da reserva cognitiva como um fator chave na manutenção das capacidades cognitivas na população idosa, mesmo quando sujeita a condições adversas, como ausência de um companheiro ou de doenças crónicas. As implicações para a prática clínica e a pesquisa sugerem que a promoção da reserva cognitiva deve ser considerada como um componente essencial nas estratégias de intervenção e prevenção do declínio cognitivo na população idosa. Além disso, as diferenças de género no funcionamento cognitivo também devem ser levadas em consideração ao desenvolver estratégias de intervenção. | Background and Objective: The role of cognitive reserve in protecting cognitive function is widely recognized. However, gender differences in cognitive reserve and cognitive functioning require a more in-depth analysis. This study aims to investigate the relationship between cognitive reserve and cognitive functioning in institutionalized elderly Portuguese, controlling for the influence of gender, marital status, and the presence of diseases. Methods: A cross-sectional design was used, and the sample included 291 institutionalized individuals aged 60 years or older (M = 82.89; SD = 7.99), with 120 from day centers and 171 from nursing homes for older people. The tools used were the Addenbrooke Cognitive Examination-Revised and the Cognitive Reserve Index Questionnaire. Results: Cognitive reserve was the main predictor of cognitive function, explaining 15.4% of the variance, even after controlling for other variables. A significant difference in cognitive functioning was found between genders, with men achieving a higher average score than women. However, cognitive functioning did not show significant differences according to marital status, presence of heart disease, or diabetes. Conclusion: This study reinforces the relevance of cognitive reserve as a key factor in maintaining cognitive abilities in older people, even when subjected to adverse conditions, such as not having a partner or having a chronic disease. Implications for clinical practice and research suggest that promoting cognitive reserve should be considered an essential component in intervention strategies and prevention of cognitive decline in the elderly population. Furthermore, gender differences in cognitive functioning should also be taken into account when developing intervention strategies.
- ItemUma abordagem longitudinal da contribuição do trauma e da vergonha nos sintomas depressivos em adolescentes(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2018-10-01) Cunha, Marina; Almeida, Rute; Cherpe, Sónia; Simões, Sónia; Marques, MarianaContexto: A revisão da literatura sobre potenciais fatores preditores dos sintomas depressivos em adolescentes tem mostrado que as experiências traumáticas durante a infância, as experiências de vergonha e o género têm um contributo relevante. Objetivo: Pretende-se com o presente estudo observar a variabilidade intraindividual da vergonha, acontecimentos traumáticos e género e testar o poder preditivo destas variáveis a 6 meses na evolução de sintomas depressivos (variável dependente) em adolescentes. Método: A amostra foi constituída por 325 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, distribuídos pela zona centro de Portugal e a frequentar o 3.º ciclo do ensino básico e ensino secundário. Foram utilizados o Inventário de Depressão para Crianças, a Escala Breve de vergonha e o Questionário de Trauma na Infância para a avaliação das variáveis referidas. Os resultados longitudinais foram analisados através de uma análise de regressão linear múltipla. Resultados: Verificou-se uma associação positiva entre experiências relatadas como traumáticas e as perceções de vergonha (T1) e os sintomas depressivos (T2, após 6 meses). O modelo de regressão linear múltipla explicou 63% da variância dos sintomas depressivos no T2, podendo contemplar-se que a pertença ao género feminino, a experiência de sentimentos de vergonha e de acontecimentos percebidos como abuso afetivo, abuso sexual e de negligência emocional (variáveis do trauma) permitiram predizer sintomas depressivos na adolescência. Conclusão: Dado que existe alguma evidência do impacto de acontecimentos traumáticos do tipo abuso/negligência durante a infância e de perceções de vergonha, durante a adolescência no desenvolvimento de sintomas depressivos, será pertinente que estas variáveis sejam tidas em conta, quer na avaliação, quer nas intervenções psicoterapêuticas nesta etapa do desenvolvimento humano. Este estudo contribui para salientar o papel de fatores de vulnerabilidade para os sintomas depressivos na adolescência. / Background: The review of the literature on potential predictors of depressive symptoms has shown that traumatic experiences during childhood, experiences of shame, and gender have a relevant contribution. Aim: This study aimed to observe the intra-individual variability of shame, traumatic events, and gender and to test the predictive power of these variables in the evolution of depressive symptoms (dependent variable) at six months, in adolescents. Method: The sample consisted of 325 adolescents, aged between 12 and 18 years old, distributed in the center of Portugal and attending the secondary/high school. The Children's Depression Inventory, the Brief Scale of Shame, and the Childhood Trauma Questionnaire were used to assess the listed variables. Longitudinal results were analyzed by multiple linear regression analysis. Results: There was a positive association between experiences reported as traumatic and perceptions of shame (T1) and depressive symptoms (T2, after six months). The multiple linear regression model explained 63% of the depressive symptoms’ variance at T2, and belonging to the female gender, the experience of shame and perceived events of emotional and sexual abuse, as emotional neglect (variables of the trauma) seems to predict depressive symptoms in adolescence. Conclusions: Given that there is some evidence of the impact of traumatic events of childhood abuse/neglect, and perceptions of shame during adolescence on the evolution of depressive symptoms, it is relevant that these variables are considered in the assessment and in the psychotherapeutic interventions at this stage of human development. This study contributes to highlight the role of vulnerability factors for the depressive symptoms in adolescence.
- ItemAções Autocompassivas e Comportamento Alimentar Perturbado em Mulheres: o efeito mediador da apreciação da imagem corporal(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2017-09-29) Máximo, Andreia; Ferreira, Cláudia; Marta-Simões, JoanaObjetivo: O objetivo foi testar o efeito mediador da apreciação da imagem corporal na associação entre motivações e ações autocompassivas e comportamento alimentar perturbado. Método: Participaram 360 mulheres da população geral, com idades entre os 18 e os 50 anos, que completaram numa plataforma online medidas de autorrelato para avaliar as motivações e ações autocompassivas, apreciação da imagem corporal e sintomatologia associada à psicopatologia alimentar. Foram conduzidas análises descritivas e de correlação entre as variáveis em estudo. Adicionalmente, foi testado um modelo de análise de vias (path analysis) que hipotetizou que a associação entre ações autocompassivas e a adoção de atitudes e comportamentos alimentares perturbados é mediada pela capacidade de aceitar e apreciar a imagem corporal. Resultados: Os resultados revelaram associações positivas entre as motivações e ações autocompassivas e a apreciação da imagem corporal, e negativas entre a apreciação corporal e os sintomas associados ao comportamento alimentar perturbado. Os resultados da análise de vias (path analysis) revelaram um efeito negativo indireto entre ações autocompassivas e o comportamento alimentar perturbado através da apreciação da imagem corporal, que explicou 48% da variância do comportamento alimentar perturbado. Conclusões: Estes resultados sugerem que as ações autocompassivas exercem um efeito protetor no comportamento alimentar através de níveis mais altos de apreciação e respeito em relação à imagem corporal, não obstante o peso, forma ou imperfeições. A capacidade de agir de acordo com as motivações autocompassivas parece contribuir para níveis mais elevados de apreciação face às caraterísticas únicas da imagem corporal, a qual se reflete numa menor adoção de atitudes e comportamentos alimentares perturbados. Este estudo representa um importante contributo para a investigação e prática clínica, e sublinha a importância da inclusão de estratégias de desenvolvimento de competências autocompassivas e de apreciação da imagem corporal em programas de prevenção e intervenção na área da psicopatologia alimentar.
- ItemAcontecimentos Traumáticos, Sentimentos de Vergonha na Relação com os Sintomas Depressivos na Adolescência: estudo longitudinal(ISMT, 2015) Almeida, Rute Vanessa Ferreira; Cunha, Marina (Orientadora)Introdução: As experiências adversas na infância, tal como a exposição a acontecimentos traumáticos e vivências de vergonha, podem ter um contributo importante na vida dos adolescentes moldando a forma estes se percecionam a si próprios e aos outros, e como lidam com as adversidades, podendo aumentar a sua vulnerabilidade para desenvolver uma perturbação depressiva. Este estudo, de desenho longitudinal, consistiu em estudar os factores preditores (acontecimentos de vida traumáticos e sentimentos de vergonha) no desenvolvimento de psicopatologia depressiva a seis meses. Método: A amostra é constituída por 325 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos a frequentar o 3º ciclo do ensino básico e ensino secundário. Para o estudo das variáveis referidas, foram utilizados os seguintes instrumentos de medida: o Child Depression Inventory, o Childhood Trauma Questionaire e a Escala de Vergonha Externa. Resultados: Os resultados obtidos relativamente à estabilidade absoluta das variáveis demonstram diferenças significativas entre os valores médios do 1ºmomento de avaliação e do 2º momento de avaliação (após 6 meses) para a variável vergonha. Ao longo do estudo, verificou-se uma associação positiva entre as variáveis relacionadas com o trauma e os sentimentos de vergonha avaliados no primeiro tempo (T1) e a variável sintomas depressivos (T2). O modelo de regressão linear múltipla, explicou 63% da variância dos sintomas depressivos no tempo 2, mostrando que o facto de pertencer ao sexo feminino, experienciar mais vivências de vergonha, e mais experiências traumáticas de abuso afetivo, abuso sexual e de negligência emocional permitem predizer mais sintomas depressivos na adolescência. Conclusão: Podemos concluir com a presente investigação, que o impacto de acontecimentos traumáticos, do tipo abuso/negligência, bem como de sentimentos de vergonha durante a fase da adolescência pode ser nocivo para o desenvolvimento harmonioso posterior, nomeadamente no desenvolvimento de sintomatologia depressiva. / Introduction: The adverse experiences in childhood, such as an exhibition of traumatic events and experiences of sham can have important contribution in teenager’s life shaping the way they perceive themselves and the others and how they deal with adversity, increasing their vulnerability to develop a depressive disorder. This study, longitudinal design, it was consisted in study of the predictive factors (traumatic life events and feelings of shame) in the development of depressive psychopathology in six months. Method: The sample consisted of 325 adolescents aged between 12 and 18 years attending the 3rd cycle of basic education and secondary education. To the study of the variables mentioned, the following measuring instruments were used: the Child Depression Inventory, the Childhood Trauma Questionnaire and External Shame Scale. Results: The results obtained regarding the absolute stability of the variables showed significant differences between the mean values of the evaluation 1st moment and 2nd moment of evaluation (after 6 months) for the variable shame. Throughout the study, there was a positive association between variables related to the trauma and feelings of shame evaluated at the first time (T1) and the variable depressive symptoms (T2). The multiple linear regression model explained 63% of variance in depressive symptoms at time 2 , showing that the fact of being female experience more shame experiences, and most traumatic experiences of emotional abuse, sexual abuse and emotional neglect permit predict more depressive symptoms in adolescence. Conclusion: We can conclude with this research, that the impact of traumatic events, the type abuse/neglect, as well as feelings of shame during adolescence can be harmful to the subsequent harmonious development, including the development of depressive symptoms.
- ItemAdaptação da Versão Portuguesa do Multidimensional Pychological Flexibility Inventory para Adolescentes: estrutura fatorial e propriedades psicométricas(ISMT, 2023) Flórido, Sara Daniela Dias; Cunha, Marina (Orientadora)Objetivo: Adaptar a versão portuguesa do Multidimensional Psychological Flexibility Inventory (MPFI-24) para adolescentes. Foi investigada a estrutural fatorial do MPFI24-A, a qualidade dos itens e consistência interna, a estabilidade temporal da escala e a sua associação com variáveis de interesse e sociodemográficas. Métodos: A amostra foi composta por 269 adolescentes com idades entre os 12 e 18 anos e escolaridade entre o 7º e o 12º ano. Os adolescentes preencheram um conjunto de instrumentos de autorresposta que, para além do MPFI24-A, avaliavam a flexibilidade psicológica (PsyFlex A), os sintomas de depressão e ansiedade (DASS-21) e a perceção de saúde mental (MHC-SF). Uma subamostra de 38 adolescentes preencheu o MPFI24-A quatro semanas depois da primeira administração para analisar a fidedignidade temporal. Resultados: O modelo de seis fatores correlacionados e o modelo bifatorial foram os que melhor se ajustaram aos dados quando analisados separadamente para os índices de Flexibilidade e Inflexibilidade. O MPFI24-A demonstrou uma boa confiabilidade para os índices globais de Flexibilidade (α = .90) e Inflexibilidade (α = .85). Todos os fatores específicos de cada índice apresentaram valores de confiabilidade aceitáveis. O instrumento mostrou estabilidade temporal ao longo de um período de quatro semanas. A Flexibilidade Psicológica (FP) apresentou associações positivas fortes com a flexibilidade psicológica (avaliada pela PsyFlex-A) e com a perceção de saúde mental, assim como uma associação negativa moderada com a depressão e ansiedade. Por sua vez, a Inflexibilidade Psicológica (IP) apresentou o padrão oposto de associação de variáveis. A IP não demonstrou qualquer associação significativa com a flexibilidade psicológica medida pela PsyFlex-A. Os dois indicies do MPFI24-A apresentaram uma correlação positiva fraca entre si. Em relação às variáveis sexo, foram encontradas diferenças significativas, com os rapazes a apresentarem valores mais elevados de FP. Não foram encontradas diferenças significativas em relação à IP. Conclusão: Os dados indicam que o MPFI24-A é um instrumento confiável e válido para avaliar as competências de Flexibilidade Psicológica (FP) e Inflexibilidade Psicológica (IP) em adolescentes portugueses. Ainda que seja importante esclarecer a estrutura fatorial do instrumento e a utilidade dos diferentes fatores, os resultados apoiam a sua utilidade em geral. | Objective: To adapt the Portuguese version of the Multidimensional Psychological Flexibility Inventory (MPFI-24) for adolescents. The factorial structure of the MPFI24-A, item quality and internal consistency, test-retest validity, and its association with variables of interest and sociodemographic factors were investigated. Methods: The sample consisted of 269 adolescents aged between 12 and 18 years, with education levels ranging from 7th to 12th grade. The adolescents completed a set of self-report instruments which, in addition to the MPFI24-A, assessed psychological flexibility (PsyFlex A), symptoms of depression and anxiety (DASS-21), and perception of mental health (MHC SF). A subsample of 38 adolescents completed the MPFI24-A four weeks after the initial administration to analyse test-retest reliability. Results: The six-factor correlated, and the bifactor models best fit the data when analysed separately for the Flexibility and Inflexibility indices. The MPFI24-A demonstrated good reliability for the overall Flexibility (α = .90) and Inflexibility (α = .85) indices. All specific factors for each index showed acceptable reliability values. The instrument showed temporal stability over a four-week period. Psychological Flexibility (PF) showed strong positive associations with psychological flexibility (assessed by PsyFlex-A) and perception of mental health, as well as a moderate negative association with depression and anxiety. In contrast, Psychological Inflexibility (PI) exhibited the opposite pattern of variable associations. PI did not show any significant association with psychological flexibility measured by PsyFlex-A. The two indices of the MPFI24-A exhibited a weak positive correlation with each other. Regarding gender, significant differences were found, with boys showing higher levels of PF. No significant differences were found regarding PI. Conclusion: Data indicate that the MPFI24-A is a reliable and valid instrument to assess Psychological Flexibility (PF) and Psychological Inflexibility (PI) skills in Portuguese adolescents. Although it is essential to clarify the factorial structure of the instrument and the usefulness of the different factors, the results support its general use.
- ItemAdaptação e Validação da Escala dos Atributos e Ações Compassivas para Adolescentes(ISMT, 2016) Rodrigues, Cátia Marisa Pereira; Cunha, Marina (Orientadora)A literatura tem vindo a mostrar que a compaixão, enquanto sensibilidade intencional ao sofrimento com um compromisso e motivação para o aliviar, pode ter um impacto positivo na vida do indivíduo, estando associada ao seu bem-estar emocional e psicológico. É hoje consensualmente reconhecida a relevância de intervenções focadas na compaixão, pelo que o desenvolvimento de instrumentos fidedignos para avaliação das diversas facetas deste conceito/processo em diversas idades é crucial para a investigação e prática clínica A Escala dos Atributos e Ações Compassivas, recentemente desenvolvida, procura avaliar as três direções da compaixão: em relação ao próprio, em relação aos outros e ser alvo de compaixão por parte dos outros. Cada uma destas escalas avalia separadamente os atributos e as ações compassivas do indivíduo face uma situação de dificuldade ou sofrimento. O principal objetivo deste estudo é apresentar a adaptação para adolescentes da Escala dos Atributos e Ações Compassivas (EAAC-A), seguindo-se a análise da sua estrutura dimensional e avaliação das caraterísticas psicométricas. Participaram neste estudo 336 adolescentes portugueses com idades compreendidas entre os 12 e os 19 anos. A análise fatorial exploratória revelou que, à exceção da secção de atributos da escala de autocompaixão, as restantes escalas (incluindo as respetivas secções) são unidimensionais. A secção de atributos de autocompaixão revelou a existência de dois fatores. As três escalas revelaram uma boa consistência interna (alfas de Cronbach entre 0,75 e 0,91), bem como uma excelente estabilidade temporal (valores de r variaram entre 0,96 e 0,99). Evidenciaram ainda uma correlação no sentido esperado com as variáveis associadas ao bem-estar e processos emocionais mal-adaptativos, atestando a sua validade convergente e divergente. Os resultados permitem concluir que a EAAC-A é um instrumento fidedigno e útil para a avaliação e investigação da compaixão nas suas diferentes dimensões. / Literature has been showing that compassion, while intentional sensitivity to suffering with a commitment and motivation to alleviate, can have a positive impact on the individual's life and is associated with your emotional and psychological wellbeing. It is now widely recognized the relevance of interventions focused on compassion, for the development of reliable tools for assessing the various facets of this concept / process at different ages is crucial for research and clinical practice. Attributes and Actions Scale newly developed, seeks to assess the three directions of compassion: in relation to itself, in relation to others and should receive compassion from others. Each of these scales separately evaluates the attributes and compassionate actions of the individual face a difficulty or suffering. The aim of this study is to present the adaptation of Attributes and Actions Scale, for teenagers, followed by analysis of their dimensional structure and evaluation of the psychometric characteristics. The sample consisted of 336 Portuguese adolescents aged 12 to 19 years. Exploratory factor analysis showed that, except for the attributes section of the selfcompassion of scale, other scales (including the respective sections) are onedimensional. The selfcompassion attributes section revealed the existence of two factors. The three scales showed good internal consistency (Cronbach's alpha of between 0.75 and .91) as well as an excellent temporal stability (r values ranged between 0.96 and 0.99). Still showed a correlation in the expected direction with the variables associated with wellbeing and maladaptive emotional processes, attesting to their convergent and divergent validity. The results show that the is a reliable and useful tool for the evaluation and research of compassion in its different dimensions.
- ItemAdaptação e Validação da Utrecht Work Engagement Scale (UWES) Aplicada a Assistentes Sociais em Portugal(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2017-09-29) Teles, Helena; Ramalho, Nelson; Ramalho, Vanda; Ribeiro, SóniaObjetivo: O presente estudo visa avaliar os itens e as respetivas dimensões da Utrecht Work Engagement Scale (UWES-17) de Schaufeli e Bakker (2009), aplicada a assistentes sociais a exercer funções em Portugal. Método: Foi aplicada a versão portuguesa da UWES a uma amostra constituída por 1369 assistentes sociais portugueses, 94% do sexo feminino e 6% do sexo masculino, com uma média de idades de 39 anos (desvio-padrão = 8,99). A habilitação académica mais frequente é a licenciatura (63,8%) e no que respeita à atividade profissional possuíam, em termos médios, 12,99 anos de experiência (desvio-padrão = 8,28). A fidedignidade da escala foi avaliada através do coeficiente de alfa de Chronbach e a validade através da análise fatorial exploratória. Foi utilizada a pesquisa metodológica de natureza quantitativa. Resultados: Os resultados alcançados vão ao encontro dos valores presentes em estudos anteriores quanto à sua consistência interna, tanto dos 17 itens que compõe a escala como das suas três dimensões (“vigor”, “dedicação” e “absorção”). A UWES-17 neste estudo apresenta uma estrutura fatorial de três fatores, tal como o estudo original, mas a constituição dos itens de cada dimensão é diferente. Conclusões: A escala UWES-17 apresenta-se com boas características psicométricas e uma boa consistência interna.
- ItemAdaptar-se ou Impor-se? As Respostas Emocionais dos Adolescentes em Risco de Abandono Escolar: uma abordagem fenomenológica(ISMT, 2009) Carrola, Filipa Isabel da Silva Dinis; Knoch, Michael (Orientador)Sem resumo disponível.
- ItemAdição ao jogo, dissociação, vergonha e experiências traumáticas em jogadores online(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2017) Cardoso Tomásio, João; Espirito-Santo, Helena (Orientadora)Objetivo: Verificar qual a intensidade da adição ao jogo, da vergonha, da dissociação e das experiências traumáticas numa amostra de jogadores online; verificar se as variáveis em estudo (adição ao jogo, vergonha, dissociação e experiências traumáticas) variam em função das variáveis sociodemográficas (sexo, idade e estado civil); e verificar a existência de relações entre as variáveis em estudo. Método: Constituíram a amostra final 124 jogadores online (87 do sexo masculino e 37 do sexo feminino), com uma idade média de 24,27 anos, avaliados através do Problem Video Game Playing (PVP), da Compass of Shame Scale (CoSS), da Dissociative Experiences Scale (DES) e da Traumatic Experiences Checklist (TEC). Resultados: O PVP não variou em função dos grupos definidos pelas variáveis sociodemográficas. As dimensões da CoSS não variaram em função dos grupos definidos pelas variáveis sociodemográficas. Na DES, a subescala Distratibilidade variou em função da idade, tendo as pessoas idade inferior a vinte e cinco anos pontuações mais elevadas. As subescalas Despersonalização, Distratibilidade e Distúrbios de Memória variaram em função do estado civil, sendo as pessoas solteiras aquelas que apresentaram pontuações mais elevadas. Na TEC, a subescala Trauma Emocional variou em função do sexo, tendo as mulheres pontuações mais elevadas. A TEC Total variou, tendencialmente em função do estado civil, tendo as pessoas casadas pontuações mais elevadas. A adição ao jogo está relacionada com a vergonha e com a dissociação sendo que aqueles que mostram mais adição ao jogo apresentam mais despersonalização, ataque ao self, fuga e evitamento. A adição ao jogo está também relacionada com as variáveis. || Purpose: To verify the intensity of gaming addiction, of the shame, the dissociation and the traumatic experiences in a sample of online gamers; To verify the sociodemographic variables (sex, age, and marital status) that influence gaming addiction, shame, dissociation and traumatic experiences; and to verify the existence of relationships between the variables under study. Method: The final sample consisted of 124 online player (87 male players and 37 woman players), with a mean age of 24.27 years, evaluated through the Problem Video Game Playing (PVP), Compass of Shame Scale (CoSS), Dissociative Experiences Scale (DES) and, Traumatic Experiences Checklist (TEC). Results: The PVP did not vary according to the groups defined by the sociodemographic variables. The dimensions of CoSS didn´t vary according to the groups defined by sociodemographic variables. In DES, the Distractibility subscale varied according to age, with people aged less than twenty-five years having higher scores. The Depersonalization, Distractibility, and Memory Disorders subscales varied according to the marital status, with single people having the highest scores. In TEC, the Emotional Trauma subscale varied according to sex, with the woman subjects having higher scores. The TEC Total varied according to marital status, with married people having higher scores. The gaming addiction is related to shame and dissociation, and those who show more gaming addiction have present more depersonalization, attack self, withdrawal, and avoidance. The gaming addiction is also related to the sociodemographic variables (sex, age, and marital status). Conclusion: Online gamers usually adopt coping strategies, such as withdrawal, avoidance, depersonalization, and attack self, as a way to regulate their emotions, escaping to a certain extent to reality.
- ItemAdição ao Jogo, Vergonha, Dissociação e Experiências Traumáticas em Jogadores Online(ISMT, 2017) Tomázio, João Cardoso; Espirito-Santo, Helena (Orientadora)Objetivo: Verificar qual a intensidade da adição ao jogo, da vergonha, da dissociação e das experiências traumáticas numa amostra de jogadores online; verificar se as variáveis em estudo (adição ao jogo, vergonha, dissociação e experiências traumáticas) variam em função das variáveis sociodemográficas (sexo, idade e estado civil); e verificar a existência de relações entre as variáveis em estudo. Método: Constituíram a amostra final 124 jogadores online (87 do sexo masculino e 37 do sexo feminino), com uma idade média de 24,27 anos, avaliados através do Problem Video Game Playing (PVP), da Compass of Shame Scale (CoSS), da Dissociative Experiences Scale (DES) e da Traumatic Experiences Checklist (TEC). Resultados: O PVP não variou em função dos grupos definidos pelas variáveis sociodemográficas. As dimensões da CoSS não variaram em função dos grupos definidos pelas variáveis sociodemográficas. Na DES, a subescala Distratibilidade variou em função da idade, tendo as pessoas idade inferior a vinte e cinco anos pontuações mais elevadas. As subescalas Despersonalização, Distratibilidade e Distúrbios de Memória variaram em função do estado civil, sendo as pessoas solteiras aquelas que apresentaram pontuações mais elevadas. Na TEC, a subescala Trauma Emocional variou em função do sexo, tendo as mulheres pontuações mais elevadas. A TEC Total variou, tendencialmente em função do estado civil, tendo as pessoas casadas pontuações mais elevadas. A adição ao jogo está relacionada com a vergonha e com a dissociação sendo que aqueles que mostram mais adição ao jogo apresentam mais despersonalização, ataque ao self, fuga e evitamento. A adição ao jogo está também relacionada com as variáveis sociodemográficas (sexo, idade e estado civil). Conclusão: Os sujeitos que jogam online recorrem a estratégias de coping, como é o caso da fuga, do evitamento, da despersonalização e do ataque ao self, como forma de regular as suas emoções, fugindo de certo modo à realidade. / Purpose: To verify the intensity of gaming addiction, of the shame, the dissociation and the traumatic experiences in a sample of online gamers; To verify the sociodemographic variables (sex, age, and marital status) that influence gaming addiction, shame, dissociation and traumatic experiences; and to verify the existence of relationships between the variables under study. Method: The final sample consisted of 124 online player (87 male players and 37 woman players), with a mean age of 24.27 years, evaluated through the Problem Video Game Playing (PVP), Compass of Shame Scale (CoSS), Dissociative Experiences Scale (DES) and, Traumatic Experiences Checklist (TEC). Results: The PVP did not vary according to the groups defined by the sociodemographic variables. The dimensions of CoSS didn´t vary according to the groups defined by sociodemographic variables. In DES, the Distractibility subscale varied according to age, with people aged less than twenty-five years having higher scores. The Depersonalization, Distractibility, and Memory Disorders subscales varied according to the marital status, with single people having the highest scores. In TEC, the Emotional Trauma subscale varied according to sex, with the woman subjects having higher scores. The TEC Total varied according to marital status, with married people having higher scores. The gaming addiction is related to shame and dissociation, and those who show more gaming addiction have present more depersonalization, attack self, withdrawal, and avoidance. The gaming addiction is also related to the sociodemographic variables (sex, age, and marital status). Conclusion: Online gamers usually adopt coping strategies, such as withdrawal, avoidance, depersonalization, and attack self, as a way to regulate their emotions, escaping to a certain extent to reality.
- ItemAge-friendly Coimbra city, Portugal, perception and quality of life in a sample of elderly persons(Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2019-04) Paiva, Nuno Marques de; Daniel, Fernanda; Silva, Alexandre Gomes da; Vicente, HenriqueThe “Age-Friendly Cities” project was developed by the World Health Organization to address two contemporary issues of increasing relevance: urbanization and demographic ageing. The Checklist of Essential Features of Age-Friendly Cities that stemmed from this project is a tool designed for a city’s self-assessment, comprising eight dimensions of urban living associated with active ageing. This study aims to adapt the Checklist as a quantitative assessment tool, evaluate the level of Coimbra’s “Age-Friendliness” and analyze the relation between the Checklists’ eight dimensions and quality of life (QoL). A personal data questionnaire, the adapted Checklist and WHOQOL- Bref were applied to a non-probabilistic sample of 215 elderly Coimbra dwellers aged between 60 and 90 years old. The adapted Checklist evidenced good psychometric properties, although it was perceived by the respondents as difficult to complete. “Community and Health Services” and “Social Participation” obtained the highest satisfaction rates; “Housing” and “Civic Participation and Employment” the lowest; “Community and Health Services” and “Housing” had the strongest correlations with QoL, flagging important areas of improvement.
- ItemA Agenda da Descriminalização do Aborto em Portugal: Estado, movimentos de mulheres e partidos políticos(Análise Social, 2012) Monteiro, RosaNeste artigo ana- lisa-se a agenda política da descriminalização do aborto em Portugal, a sua genealogia, agentes, momentos críticos e resultados, destacando-se o papel do principal organismo oficial para a igualdade e a sua articulação com os movimentos e associações de mulheres, bem como o papel dos partidos políticos em relação a este assunto. Ponderam-se também os fatores que condicionaram a atuação destes vários agentes, e que contribuíram para que apenas em 2007 se produzissem resultados políticos destacados nesta matéria.
- ItemAjustamento Diádico em Casais com Infertilidade a Realizar Tratamento Médico e Candidatos a Adoção(ISMT, 2021) Martins, Mariana Morais; Galhardo, Ana (Orientadora)Introdução: A infertilidade é uma condição que causa impacto a nível pessoal, social, financeiro e conjugal. A maioria dos casais submete-se a tratamentos médicos, no entanto, ou porque estes não têm sucesso, ou por outras razões, têm também a opção de adotar. Independentemente da escolha do casal para a concretização do seu desejo parental, bons níveis de ajustamento diádico são importantes para lidar com os desafios inerentes à escolha. Objetivos: Averiguar a existência de diferenças entre um grupo de casais com infertilidade a realizar tratamento (GI) e um grupo de casais candidatos à adoção (GA) no que se refere a variáveis demográficas, clínicas, de saúde mental, ajustamento diádico e regulação emocional. Adicionalmente, procurou-se explorar quais destas variáveis atuavam como preditores do ajustamento conjugal. Metodologia: O recrutamento dos participantes foi realizado através da Associação Portuguesa de Fertilidade, e do Instituto de Segurança Social. Participaram 67 casais no GI e 59 casais no GA. Todos eles preencheram um questionário sociodemográfico e um conjunto de instrumentos de autorresposta, mais precisamente a Positive and Negative Affect Schedule, a Others as Shamer, a Self-Compassion Scale e a Dyadic Ajustment Scale. O papel preditor das variáveis no ajustamento diádico dos dois grupos foi analisado através de regressões lineares múltiplas. Resultados: Os casais do GI, quando comparados com os casais do GA, apresentaram níveis mais elevados de afeto negativo e autojulgamento e níveis mais baixos de afeto positivo, de autocompaixão e de ajustamento diádico. No GI a vergonha externa foi o único preditor significativo do ajustamento diádico, enquanto no GA foram o afeto positivo e negativo os preditores desta variável. Discussão: Atendendo a que o ajustamento diádico se constitui como um elemento importante nos casais que enfrentam um diagnóstico de infertilidade e as exigências do tratamento médico ou de um processo de candidatura a adoção, o conhecimento dos seus preditores é relevante. Assim, intervenções que visem a diminuição dos níveis de vergonha em casais a realizar tratamento médico de infertilidade e abordem os níveis de afeto em casais candidatos a adoção, podem potenciar o ajustamento diádico. / Introduction: Infertility is a medical condition with impact on a personal, social, financial and marital level. Most couples undergo medical treatments, however, either because these are not successful or for any other reason, they also have the option to pursue adoption. Regardless of the couple's choice to fulfill their wish for a child, good levels of dyadic adjustment are important to deal with their choice inherent challenges. Objectives: To investigate the existence of differences between a group of couples with infertility undergoing treatment (GI) and a group of couples pursuing adoption (GA) regarding demographic, clinical, mental health, dyadic adjustment and emotion regulation. Additionally, the predictive role of these variables on marital adjustment was explored. Methodology: Participants were recruited through the Associação Portuguesa de Fertilidade and the Instituto de Segurança Social. Sixty-seven couples participated in the GI and 59 couples in the GA. All of them completed a sociodemographic questionnaire and a set of self-report instruments, more precisely the Positive and Negative Affect Schedule, the Others as Shamer, the Self-Compassion Scale and the Dyadic Adjustment Scale. The predictive role of these variables on the dyadic adjustment of the two groups was analyzed using multiple linear regression analyses. Results: The GI couples, compared to the GA couples, showed higher levels of negative affect and self-judgment and lower levels of positive affect, self-compassion and dyadic adjustment. In the GI, external shame was the only significant predictor of dyadic adjustment, while in the GA, positive and negative affect were the predictors of this variable. Discussion: Dyadic adjustment is an important component for couples facing an infertility diagnosis and the demands of medical treatment or an adoption application. Therefore, knowing dyadic adjustment predictors may be relevant. Interventions aimed at reducing shame levels in couples undergoing medical treatment for infertility and addressing the positive and negative affect levels in couples applying for adoption can enhance dyadic adjustment.
- ItemAjustamento Mental ao Cancro do Pulmão: o papel da autocompaixão e do suporte social(ISMT, 2014) Batista, Rute Cristina Damas; Cunha, Marina (Orientadora)A presente investigação pretendeu ver cumpridos três dos principais objetivos: 1) Estudar as variáveis sociodemográficas e clínicas que caracterizam os doentes com cancro do pulmão; 2) Explorar a relação entre o ajustamento mental ao cancro do pulmão, a autocompaixão, o suporte social e os estados emocionais negativos dos doentes; 3) Examinar o impacto da autocompaixão e do suporte social em relação ao ajustamento mental e aos estados emocionais negativos em doentes com cancro do pulmão. A amostra é constituída por 55 indivíduos (38 homens e 17 mulheres) diagnosticados com cancro do pulmão e com idades compreendidas entre os 44 e os 87 anos, acompanhados medicamente no Hospital de Dia de Oncologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Como instrumentos de medida para avaliar o ajustamento mental ao cancro, a autocompaixão, o suporte social e os estados emocionais negativos dos participantes foram utilizadas a Escala de Ajustamento Mental ao Cancro (MiniMac), a Escala de Autocompaixão (Selfcs), a Escala de Satisfação com o Suporte Social (Esss) e a Escala de Sintomatologia Psicopatológica (Eads-21). Os resultados obtidos revelaram uma associação significativa entre algumas variáveis clínicas, nomeadamente ser fumador, perceção da gravidade da doença, existência de antecedentes familiares com doença oncológica, e as variáveis em estudo (ajustamento mental, autocompaixão, suporte social e psicopatologia). Foram ainda encontradas correlações significativas entre o ajustamento mental e as estratégias de regulação emocional (autocompaixão), suporte social e psicopatologia. Por último, as análises de regressão linear múltipla mostraram que o modelo preditor da sintomatologia depressiva e do ajustamento mental (avaliado pela dimensão de desânimo) inclui o mindfulness como um preditor significativo. Já em relação ao modelo preditor do stress, o grau de satisfação com o suporte dos amigos revelou ser um contributo importante. Estes resultados têm implicações práticas, sugerindo que estes doentes podem no seu programa terapêutico beneficiar do desenvolvimento deste tipo de estratégias (novas formas de se relacionarem com as suas experiências emocionais e qualidade das suas redes sociais) no sentido de promover um melhor ajustamento mental à sua condição. / The current investigation intended to study three main objetives: 1) to study the sociodemographical and clinical variables which characterize those who suffer from lung cancer; 2) to explore the relation between the mental adjustment to lung cancer, selfcompassion, social support and the negative mental conditions of the sick person; 3) to analyse the impact of self-compassion and the social support in relation to the mental adjustment and to the negative mental conditions of a sick person with lung cancer. The sample is made of 55 individuals (38 males and 17 females) diagnosed with lung cancer, aged between 44 and 87 years old, using medicines at the Hospital de Dia de Oncologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. The Mini Mental Adjustment to Cancer Scale (MiniMac), the Self-Compassion Scale (Selfcs), the Escala de Satisfação com o Suporte Social (Esss) and the Depression Anxiety Stress Scales (Eads-21) scales were used as measuring instruments of evaluation of the mental adjustment to lung cancer, selfcompassion, social support and the negative mental conditions of the sick person. The results revealed a significant association between some clinical variables (being a smoker, awareness of the gravity of sickness, precedent relatives who suffered from cancer) and the variables in study (mental adjustment, self-compassion, social support and psychopathology). There were also found significant correlations between mental adjustment and the strategies used for emotional adjustment (self-compassion), the social support and the psychopathology. At last the multiple linear regretting analysis has shown that the predictor model of depressive symptomatology and the mental adjustment (analysed by the discouragement dimension) includes mindfulness as a significant predictor. However in what concerns to the stress model predictor, the satisfaction level with friends support revealed itself has being of high importance. These results have practical consequences, suggesting that sick people can benefit in their therapeutic program of these kind of strategies (new ways of leading with their emotional experiences and the quality of their social relationships) so they can promote a better mental adjustment to their health condition.
- ItemAjustamento Mental ao Cancro do Pulmão: o papel da autocompaixão e do suporte social(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2016-01) Batista, Rute; Cunha, Marina; Galhardo, Ana; Couto, MargaridaObjetivo: É bem conhecido o impacto que o diagnóstico de uma doença oncológica tem ao nível do ajustamento psicológico em doentes com cancro do pulmão. Por outro lado sabe-se que a sintomatologia depressiva pode, também, sobrepor-se aos sintomas físicos do cancro e tratamento oncológico, o que dificulta a sua deteção e adequada abordagem terapêutica. O presente trabalho pretende explorar em que medida a autocompaixão e o suporte social são preditores do ajustamento mental e estados afetivos negativos em doentes com cancro do pulmão. Método: A amostra é constituída por 55 indivíduos (38 homens e 17 mulheres) diagnosticados com cancro do pulmão e com idades compreendidas entre os 44 e os 87 anos. Como instrumentos de medida foram utilizadas a Escala de Ajustamento Mental ao Cancro (MiniMac), a Escala de Autocompaixão (SELFCS), a Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) e a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). Resultados: Foram encontradas correlações significativas entre o ajustamento mental, a psicopatologia e as estratégias de regulação emocional (autocompaixão) e suporte social. Os modelos preditores do ajustamento mental e da sintomatologia associada ao stress incluem dimensões da autocompaixão e o suporte social como variáveis preditoras significativas. Já em relação ao modelo preditor da sintomatologia depressiva, o mindfulness parece ser a única variável com um contributo relevante. Conclusões: Estes resultados têm implicações práticas, sugerindo que estes doentes podem no seu programa terapêutico beneficiar do desenvolvimento deste tipo de estratégias (novas formas de se relacionarem com as suas experiências emocionais e qualidade das suas redes sociais) no sentido de promover um melhor ajustamento mental à sua condição. / Introduction: The impact of the diagnosis of an oncologic disease is well-known in terms of psychological adjustment and quality of life. On the other hand it is known that depressive symptoms may also overlap the physical symptoms of cancer and cancer treatment, which may interfere in their detection and appropriate treatment approach. Objectives: The aim of the current study was to explore the relationship between psychological adjustment to lung cancer, self-compassion, social support and emotional negative states in patients with lung cancer. Method: Fifty-five patients diagnosed with lung cancer (38 men and 17 women) with ages ranging from 44 to 87 years old participated in the study. A set of self-report instruments was used: the Mini Mental Adjustment to Cancer Scale (MiniMac), the Self-compassion Scale (SCS; Neff, 2003), the Social Support Satisfaction Scale (SSSS) and the Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21). Results: Significant correlations were found between psychological adjustment, psychopathology, emotion regulation strategies (self-compassion), and social support. The predictive models for psychological adjustment and stress related symptomatology include self-compassion and social support as significant predictive variables. Regarding the predictive model for depressive symptomatology, mindfulness seems to be the only significant predictor. Conclusions: Our findings suggest that these patients may benefit, in their therapeutic approach, from the development of this kind of strategies (new ways of relating themselves with their emotional experiences and quality of their social networks) in order to promote a better psychological adjustment to their clinical condition.
- ItemAjustamento Mental ao Cancro do Pulmão: o papel da autocompaixão e do suporte social(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2016-02-29) Batista, Rute; Cunha, Marina; Galhardo, Ana; Couto, MargaridaObjetivo: É bem conhecido o impacto que o diagnóstico de uma doença oncológica tem ao nível do ajustamento psicológico em doentes com cancro do pulmão. Por outro lado sabe-se que a sintomatologia depressiva pode, também, sobrepor-se aos sintomas físicos do cancro e tratamento oncológico, o que dificulta a sua deteção e adequada abordagem terapêutica. O presente trabalho pretende explorar em que medida a autocompaixão e o suporte social são preditores do ajustamento mental e estados afetivos negativos em doentes com cancro do pulmão. Método: A amostra é constituída por 55 indivíduos (38 homens e 17 mulheres) diagnosticados com cancro do pulmão e com idades compreendidas entre os 44 e os 87 anos. Como instrumentos de medida foram utilizadas a Escala de Ajustamento Mental ao Cancro (MiniMac), a Escala de Autocompaixão (SELFCS), a Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) e a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). Resultados: Foram encontradas correlações significativas entre o ajustamento mental, a psicopatologia e as estratégias de regulação emocional (autocompaixão) e suporte social. Os modelos preditores do ajustamento mental e da sintomatologia associada ao stress incluem dimensões da autocompaixão e o suporte social como variáveis preditoras significativas. Já em relação ao modelo preditor da sintomatologia depressiva, o mindfulness parece ser a única variável com um contributo relevante. Conclusões: Estes resultados têm implicações práticas, sugerindo que estes doentes podem no seu programa terapêutico beneficiar do desenvolvimento deste tipo de estratégias (novas formas de se relacionarem com as suas experiências emocionais e qualidade das suas redes sociais) no sentido de promover um melhor ajustamento mental à sua condição.
- ItemAlexithymia and Aggressiveness in Old Age: Mediation by Impulsivity and Emotion Dysregulation(UCOPress, 2022) Espirito-Santo, Helena; Daniel, Fernanda; Lemos, Laura; Simões-Cunha, Luís; Grasina, AlexandraAbstract - Aggressiveness is prevalent in old age, and to adapt treatments and diminish the accompanying damage to the self and others, it is important to understand aggressiveness predictors. Poor emotional awareness, impulsivity, and emotion dysregulation are potential mechanisms influencing aggressiveness. The present study examines whether alexithymia, emotion dysregulation, and impulsivity influence aggressiveness in older adults; and whether the effect of alexithymia is conditioned by emotional dysregulation and impulsivity after controlling for probable confounders. The sample consisted of 326 Portuguese older adults (63.2 % female) aged 60–96 years from residential and community care homes. Participants completed report instruments measuring alexithymia, emotional dysregulation, impulsivity, and aggressiveness. Results of the mediation analysis showed that older adults who had more alexithymia tended to report higher levels of emotional dysregulation and impulsivity, which in turn accounted for higher reported aggressiveness. All these effects were independent of cognitive functioning and depressive symptoms. This study suggests the relevance of evaluating and intervening on alexithymia, impulsivity, and emotion dysregulation to reducing aggressiveness in older people. / Resumen - La agresividad es frecuente en la vejez, y para adaptar los tratamientos y reducir los daños que la acompañan, tanto para sí mismo/a como para los demás, es importante entender los predictores de la agresividad. La pobre conciencia emocional, la impulsividad y la desregulación emocional son posibles mecanismos que influyen en la agresividad. El presente estudio examina si la alexitimia, la desregulación emocional y la impulsividad influyen en la agresividad de los adultos mayores; y si el efecto de la alexitimia está condicionado por la desregulación emocional y la impulsividad después de controlar los probables factores de confusión. La muestra consistió en 326 adultos mayores portugueses (63,2 % mujeres) con edades comprendidas entre los 60 y 96 años procedentes de residencias geriátricas y de la comunidad. Los participantes completaron instrumentos de informe que medían la alexitimia, la desregulación emocional, la impulsividad y la agresividad. Los resultados del análisis de mediación mostraron que los adultos mayores que tenían más alexitimia tendían a reportar niveles más altos de desregulación emocional e impulsividad, lo que por a su vez explicaba un mayor reporte de agresividad. Todos estos efectos fueron independientes del funcionamiento cognitivo y de los síntomas depresivos. Este estudio sugiere la relevancia de evaluar e intervenir sobre la alexitimia, la impulsividad y la desregulación emocional para reducir la agresividad en personas mayores.
- ItemA Alexitimia e a Desregulação Emocional como Correlatos da Agressividade na Idade Avançada: estudo numa amostra de idosos(ISMT, 2020) Gonçalves, Isabel Filipa Simões; Espirito-Santo, Helena (Orientadora)Objetivos: explorar os níveis de agressividade autopercecionados numa população idosa institucionalizada, comparando-os com um grupo de idosos da comunidade; estudar os correlatos sociodemográficos e clínicos da agressividade e as correlações entre a agressividade e a desregulação emocional e a alexitimia. Método: A amostra foi constituída por 326 idosos, sendo 209 da comunidade e com 117 Institucionalizados, com uma média de idades de 75,12 anos (DP = 8,79). Todos os participantes foram avaliados com uma bateria de testes que incluía o Aggression Questionnaire, a Toronto Alexythimia Scale – 20 itens e a Difficulties in Emotion Regulation Scale. Resultados: Não foram encontradas diferenças a nível de agressividade entre idosos institucionalizados e da comunidade, foram sim encontrados maiores níveis de alexitimia no grupo de idosos institucionalizados, assim como níveis mais elevados de desregulação emocional. O nível da agressividade autopercecionada em idosos institucionalizados, correlacionou-se com a alexitimia e a desregulação emocional. Conclusão: A alexitimia e a desregulação emocional correlacionam-se com a agressividade autopecercionada na idade avançada. A alexitimia e a desregulação emocional correlacionam-se com a agressividade auto-percebida em pessoas idosas institucionalizadas. Esta descoberta é importante para orientar as escolhas terapêuticas nestes contextos. / Objectives: To explore the levels of self-perceived aggressiveness in institutionalized elderly, comparing them to a group of elderly people in the community; to study the socio- demographic and clinical correlates of aggressiveness and the correlations between aggressiveness and emotional dysregulation and alexithymia. Method: The sample consisted of 326 elderly, 209 from the community and 117 institutionalized, with an average age of 75.12 years (SD = 8.79). All participants were assessed with a battery of tests, which included the Aggression Questionnaire, the Toronto Alexithymia Scale - 20 items, and the Difficulties in Emotion Regulation Scale. Results: No differences were found in aggressiveness between institutionalized and community elderly, but higher levels of alexitimia were found in the institutionalized elderly group, as well as higher levels of emotional dysregulation. The level of self- perceived aggressiveness in institutionalized elderly correlated with alexitimia and emotional dysregulation. Conclusion: Alexithymia and emotional dysregulation correlate with self-perceived aggressiveness in older institutionalized people. This finding is important to guide therapy choices in these settings.
- ItemAlexitimia, Capacidade Reflexiva e Funcionamento Mental Aditivo: um estudo empírico quantitativo(ISMT, 2020) Roxo, Cátia Inês Almeida Cravo; Farate, Carlos (Orientador); Daniel, Fernanda (Coorientadora); Vicente, Henrique (Coorientador)O estudo aborda a problemática da associação entre alexitimia e capacidade reflexiva numa população clínica sofrendo de patologia aditiva. Trata-se de um estudo empírico quantitativo de grupo de controlo que é parte integrante do projeto de validação psicométrica da versão em língua portuguesa do Reflective Functioning Questionnaire (versão RFQ-8, Fonagy et al., 2016). O objetivo principal do estudo é a análise da correlação empírica entre as duas variáveis em estudo, a alexitimia e a capacidade reflexiva. Para a realização do estudo foram usadas: a Escala de Alexitimia de Toronto (Toronto Alexithymic Scale – TAS-20) e o Questionário de Funcionamento Reflexivo (Reflective Functoning Questionnaire RFQ-8). Estes testes psicométricos foram aplicados a uma amostra de 378 indivíduos, divididos em dois subgrupos: subgrupo clínico (GCL) com 186 participantes e o subgrupo de controlo (GCT) composto por 192 participantes. Ao analisar os resultados verificamos que existem correlações positivas e significativas entre todas as subescalas do RFQ-8 e a TAS-20 para os sujeitos dos dois subgrupos. Podemos também verificar que os níveis de capacidade reflexiva e de alexitimia diferem significativamente em função do subgrupo de pertença. Podemos concluir com a análise dos dados que o estudo parece indicar que, quanto maiores forem as dificuldades ao nível da capacidade de mentalização maiores tenderão a ser os níveis de alexitimia. / The study addresses the problematics of the association between alexithymia and reflexive capacity in a clinical population suffering from additive pathology. It is a quantitative empirical study of a control group that is an integral part of the psychometric validation project of the Portuguese language version of the Reflective Functioning Questionnaire (version RFQ-8, Fonagy et al., 2016). The main objective of the study is the analysis of the empirical correlation between the two variables under study, alexithymia and reflective capacity. For the study, were used the Toronto Alexithymia Scale (Toronto Alexithymic Scale - TAS- 20) and the Reflective Functioning Questionnaire RFQ-8. These psychometric tests were applied to a sample of 378 individuals, divided into two subgroups: clinical subgroup (GCL) with 186 participants and the control subgroup (GCT) composed of 192 participants. When analysing the results, we verified that there are positive and significant correlations between all the RFQ-8 subscales and the TAS-20 for the subjects of the two subgroups. We can also verify that the levels of reflexive capacity and alexithymia differ significantly depending on the subgroup of belonging. We can conclude with the analysis of the data that the study seems to indicate that the greater the difficulties of mentalization capacity, the higher the levels of alexithymia will tend to be.