A Influência de Fatores Sociodemográficos e da Reserva Cognitiva no Funcionamento Cognitivo de Pessoas Idosas em Apoio Institucional

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Data
2023
Autores
Marelo, Bianca Saldanha
Espírito-Santo, Helena (Orientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
Contexto e Objetivo: O papel da reserva cognitiva na proteção do funcionamento cognitivo é amplamente reconhecido. Contudo, as diferenças de género na reserva e no funcionamento cognitivo requerem uma análise mais aprofundada. Este estudo propõe-se a investigar a relação entre a reserva cognitiva e o funcionamento cognitivo em pessoas idosas portugueses em apoio institucional, controlando a influência do género, estado civil e presença de doenças. Métodos: Foi utilizado um desenho transversal e a amostra incluiu 291 indivíduos em apoio institucional com idade igual ou superior a 60 anos (M = 82,89; DP = 7,99), sendo 120 de centro de dia e 171 de estruturas residenciais para pessoas idosas. Os instrumentos utilizados foram o Addenbrooke Cognitive Examination-Revised e o Cognitive Reserve Index Questionnaire. Resultados: A reserva cognitiva foi o principal preditor do funcionamento cognitivo, explicando 15,4% da variância, mesmo após o controlo para as outras variáveis. Foi encontrada uma diferença significativa no funcionamento cognitivo entre os géneros, com os homens a obterem uma média de pontuações superior à das mulheres. No entanto, o funcionamento cognitivo não apresentou diferenças significativas quanto ao estado civil, presença de doença cardíaca ou diabetes. Conclusão: Este estudo reforça a relevância da reserva cognitiva como um fator chave na manutenção das capacidades cognitivas na população idosa, mesmo quando sujeita a condições adversas, como ausência de um companheiro ou de doenças crónicas. As implicações para a prática clínica e a pesquisa sugerem que a promoção da reserva cognitiva deve ser considerada como um componente essencial nas estratégias de intervenção e prevenção do declínio cognitivo na população idosa. Além disso, as diferenças de género no funcionamento cognitivo também devem ser levadas em consideração ao desenvolver estratégias de intervenção. | Background and Objective: The role of cognitive reserve in protecting cognitive function is widely recognized. However, gender differences in cognitive reserve and cognitive functioning require a more in-depth analysis. This study aims to investigate the relationship between cognitive reserve and cognitive functioning in institutionalized elderly Portuguese, controlling for the influence of gender, marital status, and the presence of diseases. Methods: A cross-sectional design was used, and the sample included 291 institutionalized individuals aged 60 years or older (M = 82.89; SD = 7.99), with 120 from day centers and 171 from nursing homes for older people. The tools used were the Addenbrooke Cognitive Examination-Revised and the Cognitive Reserve Index Questionnaire. Results: Cognitive reserve was the main predictor of cognitive function, explaining 15.4% of the variance, even after controlling for other variables. A significant difference in cognitive functioning was found between genders, with men achieving a higher average score than women. However, cognitive functioning did not show significant differences according to marital status, presence of heart disease, or diabetes. Conclusion: This study reinforces the relevance of cognitive reserve as a key factor in maintaining cognitive abilities in older people, even when subjected to adverse conditions, such as not having a partner or having a chronic disease. Implications for clinical practice and research suggest that promoting cognitive reserve should be considered an essential component in intervention strategies and prevention of cognitive decline in the elderly population. Furthermore, gender differences in cognitive functioning should also be taken into account when developing intervention strategies.
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