Mercado e Condições de Trabalho dos Assistentes Sociais no Concelho de Tomar
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Data
2009
Autores
António, Tânia Sofia Duarte
Martins, Alcina (Orientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
A investigação desenvolvida “Mercado e condições de trabalho dos
Assistentes Sociais no concelho de Tomar” resulta da preocupação e da
necessidade de conhecimento e análise das transformações ocorridas no
mercado de trabalho dos assistentes sociais, em pleno século XXI, no seio do
padrão de acumulação flexível, e dos impactos nas condições de trabalho
destes profissionais. Partiu-se de uma análise das alterações ocorridas na
relação entre Estado, sociedade e mercado e da regulamentação existente
acerca das condições e mercado de trabalho dos A.S. Procedeu-se à aplicação
de um inquérito por questionário aos A.S. a exercer a profissão no concelho de
Tomar, no ano de 2007, no sector público, privado não lucrativo e privado
lucrativo. A pesquisa efectuada é de natureza qualitativa e quantitativa.
Em Portugal, a profissão de Assistente Social sofreu alterações qualitativas,
a partir da década de 90, com a atribuição do grau de licenciatura aos cursos
de Serviço Social, com a criação da carreira técnica superior de Serviço Social
na Administração Pública e com o alargamento do mercado de trabalho. No
entanto, este alargamento do mercado de trabalho não foi suficiente para
acompanhar o crescimento exponencial de licenciados em Serviço Social, entre
finais do séc. XX e início do séc. XXI, o que teve como consequência a
precariedade no mercado de trabalho do A.S.
Reportando-nos ao mercado de trabalho do A.S., verificamos que o tempo
de espera entre a obtenção do diploma em Serviço Social e a entrada no
mercado de trabalho, tem vindo a alargar-se, não ultrapassando, na maioria
das situações os 12 meses. Há uma maior mobilidade profissional e o Estado
continua a ser o maior empregador de A.S., mas tende a ser ultrapassado pelo
sector privado.
A flexibilidade no mercado de trabalho é notória, e caracteriza-se pela
polivalência exigida aos A.S, por horários de trabalho que incluem o trabalho ao
fim-de-semana e feriados, as folgas rotativas e as horas extras, sem acréscimo
de remuneração.
VI
Ao nível das condições de trabalho prevalece o contrato sem termo, embora
surjam novas modalidades de trabalho, mais precárias. É no sector público que
as condições de trabalho são mais favoráveis e a carreira mais compensatória
(melhores vencimentos, mais férias, horário de trabalho mais reduzido).
A preocupação com a formação ao longo da vida, associada à qualificação
da profissão é constatada entre os A.S., reflectindo-se na crescente procura de
pós-graduações e mais recentemente de mestrados.
Descrição
Palavras-chave
Serviço Social, mercado de trabalho, condições de trabalho, flexibilidade