Sexo Biológico e Idade como Preditores do Funcionamento Cognitivo e Incapacidade Funcional em Pessoas Idosas com Apoio Institucional com Idade ≥ 60 Anos
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Ficheiros
Data
2023
Autores
Alves, Yvan Michael Santos
Espírito-Santo, Helena (Orientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
Contexto e Objetivo: A incapacidade funcional e o declínio cognitivo são comuns no envelhecimento, limitando a independência e o bem-estar das pessoas de idade avançada. Estudos prévios indicam que o sexo e a idade influenciam a capacidade funcional e o funcionamento cognitivo, mas não é claro qual o papel de fatores como a escolaridade e a atividade profissional prévia nessa dinâmica. Assim, pretendemos analisar se o sexo e a idade predizem o nível de funcionamento cognitivo e capacidade funcional, controlando o efeito da escolaridade e da atividade profissional em pessoas idosas com apoio institucional. Métodos: Avaliámos 291 idosos institucionalizados (M = 82,89; DP = 7,99; Centro de dia: 41,2%; Estruturas residenciais para idosos: 58,8%) através do Addenbrooke Cognitive Examination-Revised e o World Health Organization Disability Assessment Schedule 2.0. Resultados: Observaram-se diferenças significativas no funcionamento cognitivo entre os sexos, que desapareceram após controlar para escolaridade e atividade profissional. A idade não influenciou o funcionamento cognitivo nem a capacidade funcional. A escolaridade e a atividade profissional emergiram como preditores apenas para o funcionamento cognitivo. Conclusão: Estes resultados desafiam as noções prévias de idade e sexo como fatores no funcionamento cognitivo em pessoas idosas. Destacam a importância da escolaridade e atividade profissional na manutenção da cognição, sublinhando a necessidade de políticas educativas e profissionais inclusivas ao longo da vida. | Background and Objective: Functional disability and cognitive impairment are common in aging, limiting the independence and well-being of older people. Previous studies indicate that sex and age influence functional capacity and cognitive functioning, but the role of factors such as education and previous professional activity in this dynamic is unclear. Thus, we intended to analyze whether sex and age predict cognitive functioning and functional capacity, controlling for the effect of education and professional activity among older people in long term care. Methods: We assessed 291 institutionalized older people (M = 82.89; SD = 7.99; Daycare Center: 41.2%; Nursing Home: 58.8%) using the Addenbrooke Cognitive Examination Revised and the World Health Organization Disability Assessment Schedule 2.0. Results: Significant differences were observed in cognitive functioning between sexes, which disappeared after controlling for education and professional activity. Age did not influence cognitive functioning or functional capacity. Education and professional activity emerged as predictors only for cognitive functioning. Conclusion: These results challenge previous notions of age and sex as factors in cognitive functioning in older people. They highlight the importance of education and professional activity in maintaining cognition, underscoring the need for inclusive educational and professional policies throughout life.