Pró-sociabilidade e Indicadores de Saúde Mental na Adolescência: validação da Prosocialness Scale
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Data
2023
Autores
Gouveia, Ana Catarina Teles França
Cunha, Marina (Orientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
Objetivo: Validar a Prosocialness Scale (PS) para a população Portuguesa de adolescentes. Pretendeu-se analisar a estrutura fatorial da escala, a invariância do modelo entre géneros, a fidedignidade e a sua associação com variáveis sociodemográficas e outras de interesse. Método: A amostra englobou 454 adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos (M = 14.96, DP = 1.11) e uma média de 9.56 anos de escolaridade (DP = 1.12). Os participantes preencheram um protoloco formado pela PS e um conjunto de medidas de autorresposta que avaliaram a flexibilidade psicológica (PsyFlex-A), estados emocionais negativos (DASS-21), saúde mental (MHC-SF) e comportamentos pró-sociais (SDQ). Uma subamostra composta por 75 participantes completou a PS 4 semanas após a primeira administração para efeitos de análise da fidedignidade temporal. Resultados: A PS apresentou uma estrutura bifatorial, existindo assim um fator latente (pró-sociabilidade) e dois fatores específicos (ações pró-sociais e sentimentos pró-sociais). Após análise, a PS revelou uma consistência interna e uma fidedignidade teste-reteste adequadas. Mostrou associações positivas com a flexibilidade psicológica e saúde mental, e ainda uma associação negativa com os estados afetivos negativos (ansiedade e depressão). A idade não apresentou correlação com os valores da PS, enquanto a variável escolaridade mostrou uma associação fraca. Foram encontradas diferenças significativas de género, constatando valores mais elevados de comportamentos pró-sociais nas raparigas do que nos rapazes. Conclusão: A PS revelou ser um instrumento válido e fidedigno para avaliar os comportamentos pró-sociais em adolescentes na população Portuguesa. Destaca-se o seu contributo em contexto educativo e clínico, enquanto instrumento de rastreio, podendo contribuir para possíveis intervenções que visam promover os comportamentos pró-sociais nos adolescentes. | Objective: Validation of the Prosocialness Scale (PS) for the Portuguese population of adolescents. It was intended to analyze the factorial structure of the scale, the invariance of the model between genders, the reliability and the association with sociodemographic variables and other variables of interest. Method: The sample comprised 454 adolescents, aged between 13 and 17 years (M = 14.96, DP = 1.11) and an average of 9.56 years of schooling (DP = 1.12). Participants completed a protocol formed by PS and a set of self-report measures that assessed psychological flexibility (PsyFlex-A), negative emotional states (DASS-21), mental health (MHC-SF) and prosociality (SDQ). A subsample of 75 participants completed PS four weeks after the first administration for purposes of temporal reliability analysis. Results: The PS presented a bifactorial structure, thus existing a latent factor (prosociality) and two specific factors (prosocial actions and prosocial feelings). Upon analysis, the PS revealed adequate internal consistency and test-retest reliability. It showed positive associations with psychological flexibility and mental health, and a negative association with negative affective states (anxiety and depression). Age did not correlate with PS values, while the education variable showed a weak association. Significant gender differences were found, with higher values of prosocial behavior in girls than in boys. Conclusion: The PS proved to be a valid and reliable instrument to assess prosocial behaviors in adolescents in the Portuguese population. Stands out the contribution in an educational and clinical context, as a screening instrument, and may contribute to possible interventions aimed at promoting prosocial behavior in adolescents.
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Palavras-chave
Citação
Gouveia, A. C., Cunha, M. (2023). Pró-sociabilidade e Indicadores de Saúde Mental na Adolescência: Validação da Prosocialness Scale. Manuscrito submetido para publicação.