Período de Internamento nas Unidades de Convalescença da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados: entre a realidade e a utopia
Miniatura indisponível
Data
2023
Autores
Pereira, Mariana Pinto
Almeida, Cristiana (Orientadora)
Título da revista
ISSN da revista
Título do Volume
Editora
ISMT
Resumo
Com o envelhecimento da população, o aumento das doenças crónicas e subsequentemente o aumento das situações de dependência, torna-se indispensável rever os paradigmas existentes que possam colmatar todas as problemáticas subjacentes a este envelhecimento populacional. Até 2006 foram várias as tentativas de implementação de políticas que contribuíssem para dar resposta à cada vez maior procura de cuidados médicos assim como respostas a nível social. É neste contexto que surge em 2006 a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). A RNCCI também tem sofrido várias alterações desde a sua criação. Neste momento, a Rede Geral divide-se em 4 tipologias: Convalescença, Média Duração e Reabilitação, Longa Duração e Manutenção e Equipas de Cuidados Continuados Integrados. Este estudo irá focar-se nas Unidades de Convalescença, nomeadamente na análise da adequabilidade dos tempos de internamento nestas Unidades. Para tal foi utilizada uma metodologia quantitativa. Foi aplicado um inquérito por questionário enviado a todas as Unidades de Convalescença de Portugal Continental. Foi ainda utilizada a análise Documental, mais especificamente a análise dos dados estatísticos dos relatórios de monitorização da RNCCI, mais concretamente no que se refere aos tempos médios de internamento na RNCCI e ao motivo pelo qual houve necessidade de protelamento dos internamentos. Concluímos com este estudo que, os protelamentos de altas são um problema nas Unidades de Convalescença e devem-se a inúmeros fatores quer pela necessidade clínica, quer por questões de origem sociofamiliar. Esta situação provoca graves constrangimentos quer nas próprias unidades, quer na permanência de utentes em hospitais de agudos desnecessariamente. | With the ageing of the population, the increase in chronic diseases and subsequently the increase in dependency situations, it is essential to review the existing paradigms that can address all the problems underlying this ageing population. Until 2006 there were several attempts to implement policies that would contribute to meeting the increasing demand for medical care as well as social responses. In this context, the National Network for Integrated Continuing Care (RNCCI) was created in 2006. The RNCCI has also undergone several changes since its creation. At the moment, the General Network is divided into 4 typologies: Convalescence, Medium Duration and Rehabilitation, Long Duration and Maintenance and Integrated Continuing Care Teams. This study will focus on Convalescence Units, namely analysing the adequacy of hospitalisation times in these Units. For this purpose, a quantitative methodology was used. A questionnaire survey was sent to all Convalescence Units in mainland Portugal. Documentary analysis was also used, more specifically the analysis of statistical data from the RNCCI monitoring reports, specifically regarding average hospitalisation times in the RNCCI and why there was a need to delay hospitalisations. We conclude from this study that delayed discharges are a problem in Convalescent Units and are due to several factors, both due to clinical need and socio-family issues. This situation unnecessarily causes serious constraints in the units themselves and in the permanence of users in acute hospitals.