Validação da Versão Curta do Inventário de Sexismo Ambivalente para a População Portuguesa
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Data
2024-04
Autores
Silva, Carolina Manuel Machado da
Lemos, Laura (Orientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
Objetivo: A presente investigação tem como finalidade a validação da Versão Curta do Inventário de Sexismo Ambivalente (ASI) para a população portuguesa. A escala foi desenvolvida no ano de 1996, por Glick e Fiske, e o objetivo é medição de atitudes sexistas, tanto hostis como benevolentes, da população em geral face às mulheres. Método: A amostra recolhida para este estudo é constituída por 279 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos (M = 35,07; DP = 14,65). A fiabilidade foi assegurada pelo alfa de Cronbach e a validade testada com análise fatorial confirmatória e avaliações da validade convergente e divergente, complementadas por um teste-reteste. Resultados: A validade facial revela uma boa compreensibilidade da totalidade dos itens. A Análise Fatorial Confirmatória, conforme o modelo sugerido, com fundamento numa estrutura de duas dimensões, evidencia um ajuste satisfatório (CFI = 0,94; TLI = 0,92), bem como, valores de correlação estatisticamente significativos entre as duas subescalas do ASI (SB e SH: r = 0,37). As correlações entre as subescalas da Versão Curta do ASI foram estatisticamente significativas. Os testes de confiabilidade revelaram valores aceitáveis para o alfa de Cronbach, indicando uma boa consistência interna. Existem diferenças significativas entre os sexos, sendo que, os homens exibiram níveis mais altos de sexismo benevolente e hostil. Conclusão: Os resultados obtidos confirmam a validade da Versão Curta do ASI para a população portuguesa, demonstrando que a escala é eficaz para aferir as dimensões do sexismo ambivalente - sexismo hostil e sexismo benevolente. Este estudo pretende contribuir para a investigação e desenvolvimento de estratégias que visem a diminuição das desigualdades de género e a promoção de uma maior equidade. | Purpose: The current research aims to validate the Short Version of the Ambivalent Sexism Inventory (ASI) for the Portuguese population. The scale was developed in 1996 by Glick and Fiske, and the goal is to measure sexist attitudes, both hostile and benevolent, in the general population towards women. Method: The sample collected for this study consists of 279 participants, with ages ranging from 18 to 74 years (M = 35.07; SD = 14.65). Reliability was assured by Cronbach's alpha and validity was tested with confirmatory factor analysis and assessments of convergent and divergent validity, complemented by a test-retest. Results: The facial validity reveals good comprehensibility of all items. The Confirmatory Factor Analysis, according to the suggested model, based on a two-dimensional structure, shows a satisfactory fit (CFI = 0.94; TLI = 0.92), as well as statistically significant correlation values between the two subscales of the ASI (SB and SH: r = 0.37). The correlations between the subscales of the Short Version of the ASI were statistically significant. Reliability tests revealed acceptable values for Cronbach's alpha, indicating good internal consistency. There are significant differences between sexes, with men displaying higher levels of both benevolent and hostile sexism. Conclusion: The results obtained confirm the validity of the Short Version of the ASI for the Portuguese population, demonstrating that the scale is effective in measuring the dimensions of ambivalent sexism - hostile sexism and benevolent sexism. This study aims to contribute to the research and development of strategies aimed at reducing gender inequalities and promoting greater equity.