Publicações Científicas de Psicologia
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Percorrer Publicações Científicas de Psicologia por assunto "Adolescentes - Adolescents"
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- ItemUma abordagem longitudinal da contribuição do trauma e da vergonha nos sintomas depressivos em adolescentes(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2018-10-01) Cunha, Marina; Almeida, Rute; Cherpe, Sónia; Simões, Sónia; Marques, MarianaContexto: A revisão da literatura sobre potenciais fatores preditores dos sintomas depressivos em adolescentes tem mostrado que as experiências traumáticas durante a infância, as experiências de vergonha e o género têm um contributo relevante. Objetivo: Pretende-se com o presente estudo observar a variabilidade intraindividual da vergonha, acontecimentos traumáticos e género e testar o poder preditivo destas variáveis a 6 meses na evolução de sintomas depressivos (variável dependente) em adolescentes. Método: A amostra foi constituída por 325 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, distribuídos pela zona centro de Portugal e a frequentar o 3.º ciclo do ensino básico e ensino secundário. Foram utilizados o Inventário de Depressão para Crianças, a Escala Breve de vergonha e o Questionário de Trauma na Infância para a avaliação das variáveis referidas. Os resultados longitudinais foram analisados através de uma análise de regressão linear múltipla. Resultados: Verificou-se uma associação positiva entre experiências relatadas como traumáticas e as perceções de vergonha (T1) e os sintomas depressivos (T2, após 6 meses). O modelo de regressão linear múltipla explicou 63% da variância dos sintomas depressivos no T2, podendo contemplar-se que a pertença ao género feminino, a experiência de sentimentos de vergonha e de acontecimentos percebidos como abuso afetivo, abuso sexual e de negligência emocional (variáveis do trauma) permitiram predizer sintomas depressivos na adolescência. Conclusão: Dado que existe alguma evidência do impacto de acontecimentos traumáticos do tipo abuso/negligência durante a infância e de perceções de vergonha, durante a adolescência no desenvolvimento de sintomas depressivos, será pertinente que estas variáveis sejam tidas em conta, quer na avaliação, quer nas intervenções psicoterapêuticas nesta etapa do desenvolvimento humano. Este estudo contribui para salientar o papel de fatores de vulnerabilidade para os sintomas depressivos na adolescência. / Background: The review of the literature on potential predictors of depressive symptoms has shown that traumatic experiences during childhood, experiences of shame, and gender have a relevant contribution. Aim: This study aimed to observe the intra-individual variability of shame, traumatic events, and gender and to test the predictive power of these variables in the evolution of depressive symptoms (dependent variable) at six months, in adolescents. Method: The sample consisted of 325 adolescents, aged between 12 and 18 years old, distributed in the center of Portugal and attending the secondary/high school. The Children's Depression Inventory, the Brief Scale of Shame, and the Childhood Trauma Questionnaire were used to assess the listed variables. Longitudinal results were analyzed by multiple linear regression analysis. Results: There was a positive association between experiences reported as traumatic and perceptions of shame (T1) and depressive symptoms (T2, after six months). The multiple linear regression model explained 63% of the depressive symptoms’ variance at T2, and belonging to the female gender, the experience of shame and perceived events of emotional and sexual abuse, as emotional neglect (variables of the trauma) seems to predict depressive symptoms in adolescence. Conclusions: Given that there is some evidence of the impact of traumatic events of childhood abuse/neglect, and perceptions of shame during adolescence on the evolution of depressive symptoms, it is relevant that these variables are considered in the assessment and in the psychotherapeutic interventions at this stage of human development. This study contributes to highlight the role of vulnerability factors for the depressive symptoms in adolescence.
- ItemAssessing Psychological Flexibility in Adolescents: validation of PsyFlex-A(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2023-03-02) Soares, Renata; Cunha, Marina; Massano-Cardoso, Ilda; Galhardo, AnaObjetivo: Adaptar e validar a Psy-Flex para a população de adolescentes (PsyFlex-A). Pretendeu-se analisar a estrutura fatorial da escala, a invariância do modelo entre os géneros, a fidedignidade e a sua associação com variáveis sociodemográficas e outras de interesse. Método: A amostra incluiu 309 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (M = 14,91) e uma média de 9,56 anos de escolaridade. Os participantes preencheram um protocolo formado pela PsyFlex-A e um conjunto de medidas de autorresposta que avaliaram as competências de mindfulness (CAMM), fusão cognitiva e evitamento experiencial (AFQ-Y8), estados afetivos negativos (DASS-21) e a perceção da qualidade de vida e bem-estar (KidScreen-10). Uma subamostra constituída por 45 participantes completou a PsyFlex-A quatro semanas após a primeira administração para efeitos da análise da fidedignidade temporal. Foi realizada uma Análise Fatorial Confirmatória (AFC) para testar a estrutura da escala e uma análise multigrupo para avaliar a invariância do modelo entre o sexo masculino e feminino. Testes de confiabilidade e outras validades foram também analisados. Resultados: A PsyFlex-A apresentou uma estrutura de um factor e uma invariância do modelo entre os sexos, sugerindo que os resultados são comparáveis entre rapazes e raparigas. Revelou uma consistência interna e uma fidedignidade teste-reteste adequadas. Mostrou associações positivas com as competências de mindfulness e qualidade de vida e uma associação negativa com a fusão cognitiva/evitamento experiencial e estados afetivos negativos. Foram encontradas diferenças significativas de género, obtendo os rapazes valores mais elevados de flexibilidade psicológica que as raparigas. Conclusão: A PsyFlex-A mostrou ser um instrumento válido e fidedigno para avaliar as competências de flexibilidade psicológica em adolescentes na população portuguesa. De realçar o seu contributo em contexto educativo e clínico, enquanto instrumento de rastreio. / Objective: To adapt and validate the Psy-Flex for the adolescent population (PsyFlex-A). The aim was to analyse the PsyFlex-A factor structure, reliability, the model's invariance between genders, and associations between the PsyFlex-A, sociodemographic variables, and other variables of interest. Method: The sample included 309 adolescents between 12 to 18 years old (M= 14.91) and a mean of 9.56 years of education. The participants completed a protocol comprising the PsyFlex-A and a set of other self-report measures assessing mindfulness skills (CAMM), cognitive fusion and experiential avoidance (AFQ-Y8), psychopathological symptoms (DASS-21), and the perceived quality of life and well-being (KidScreen-10). A subsample of 45 participants completed the PsyFlex-A four weeks after the first administration to conduct a test-retest reliability analysis. Confirmatory factor analyses (CFA) were used to assess the scale's structure. A multi-group CFA was conducted to determine the measurement invariance across genders. Reliability and validity were also analysed. Results: The PsyFlex-A presented a single-factor structure and model invariance between genders, suggesting that the results are comparable between males and females. Moreover, it revealed adequate internal consistency and test-retest reliability. It showed positive associations with mindfulness skills and quality of life and negative associations with cognitive fusion/experiential avoidance and psychopathological symptoms. Finally, significant gender differences were found, with boys revealing higher values of psychological flexibility than girls. Conclusion: The PsyFlex-A proved to be a valid and reliable instrument for assessing Portuguese adolescents' psychological flexibility skills. The PsyFlex-A may be used as a screening instrument in educational and clinical settings.
- ItemBullying, vinculação e estilos educativos parentais em adolescentes do 3º ciclo do ensino básico(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2015-02) Simões, Sónia; Ferreira, Joaquim Jorge; Braga, Sandra; Vicente, Henrique TestaObjetivos: Dado que a literatura salienta o impacto da vinculação e do comportamento parental nos comportamentos de bullying, temos como objetivo estudar os comportamentos de bullying, de visibilidade crescente em adolescentes no contexto escolar, e a sua relação com a qualidade da vinculação e os estilos educativos parentais. Método: A amostra deste estudo envolveu 50 adolescentes, 26 raparigas e 24 rapazes, com idades entre os 12 e os 17 anos (M = 14,24). O protocolo foi composto por: Questionário de Exclusão Social e Violência Escolar (QEVE), Inventário de Vinculação na Adolescência (IPPA) e A Parental Rearing Style Questionnaire for use with Adolescents (EMBU-A). Resultados: Os adolescentes da nossa amostra tendem a ser mais observadores em situações de bullying, sendo os tipos de violência mais frequentes a exclusão social e a agressão verbal. As vítimas de bullying são mais frequentemente jovens de nível socioeconómico baixo e as raparigas são mais observadoras de exclusão social e agressão verbal do que os rapazes. No que respeita à vinculação, os jovens com mais comportamentos agressivos percecionam menor comunicação e confiança em relação ao pai e aos amigos e quando se sentem alienados face aos seus pares, estão mais sujeitos a serem vítimas de bullying. Por fim, relativamente aos estilos educativos parentais, os adolescentes mais agressivos tendem a ser os que sentem maior rejeição e menor suporte emocional maternos. Conclusões: Fica, então, sublinhada a importância para os comportamentos de bullying dos estilos educativos parentais e da qualidade da vinculação dos jovens com as figuras significativas. Estas conclusões remetem-nos para implicações ao nível da prevenção deste fenómeno, sendo importante não só considerar variáveis individuais, mas também como o sujeito interage em todos os seus sistemas de pertença, focando a construção de relações afetivas. / Aims: Since current literature highlights the impact of attachment and parental conduct in bullying behaviors in the school environment, a phenomenon with increasing visibility, we have assessed its relationship to the quality of attachment and parental rearing styles, in adolescents. Method: The sample involved 50 adolescents, 26 girls and 24 boys, from the 7th to 9th grades, aged between 12 and 17 years old (M=14,24). The protocol comprised the: Social Exclusion and School Violence Questionnaire (QEVE), Inventory of Parent and Peer Attachment (IPPA), and A Parental Rearing Style Questionnaire for use with Adolescents (EMBU-A). Results: Adolescents in our sample tend to assume the “observer” role in bullying situations, and the more prevalent type of violence is social exclusion and verbal abuse. The most frequent victims of bullying are adolescents of lower socioeconomic status, and girls are more observers of social exclusion and verbal aggression than boys. In what concerns attachment, adolescents exhibiting more aggressive behaviors perceive lower communication and trust to the father and friends, and when they feel alienated from their peers, adolescents tend to be more exposed to bullying victimization. Finally, data on parental rearing styles suggest that the most aggressive teenagers are those who feel more rejection and less maternal emotional support. Conclusions: This study highlights the importance to bullying behaviors of parental rearing styles and quality of attachment towards significant others. These conclusions have implications at the prevention level, where it is important, not only to consider individual variables, but also to understand how the subject interacts in all the social systems he belongs to, and on the construction of affective relationships.
- ItemDifferences in Eating Habits/Behaviours and Eating Disorders Symptoms in Adolescents from a Rural and a Urban School(European Psychiatric Association, 2013) Santos, José; Marques, Mariana; Carvalho, Cláudia; Silva, Maria Inês; Conceição, Liliana; Espirito-Santo, Helena; Simões, SóniaIntroduction: Differences in eating habits/behaviours and eating disorders (ED) symptoms in adolescents from rural and urban schools has not been very considered, particularly in Portugal. Objectives: explore differences between students who attend rural and urban schools in eating habits/behaviors and ED symptoms; verify if there are differences regarding Body Mass Index (BMI) by school area. Methods: 282 adolescents students (mean age = 14,5; SD = 1,69; variation = 12-18 years old; urban subsample = 126, 44,7%), studying in two schools, one from an urban area and another from a rural area answered sociodemographic questions, eating habits/behaviours items and EAT-25 (Eating Attitudes Test-25). Results: Most of the adolescents from both schools have breakfast and drink milk daily. Moreover, they eat vegetables and fruits daily or weekly and only rarely fast-food. Adolescents that practice a sport eat more fruits/vegetables. Adolescents attending a rural school ingest more vegetables and less fast-food. ED symptoms (EAT-25) present a lower prevalence, comparing to a young adults sample. There were no significant differences in all the EAT-25 dimensions, EAT total score and BMI by school area. Conclusions: Eating habits/behaviours seem to be positive in both schools (e.g. most adolescents have breakfast daily). There were only some small differences between the two schools in particular eating habits but adolescents from the two areas do not seem to differ in ED symptoms and BMI, which is not in accordance with the literature that tends to signal urban areas as a “risk factor” for dysfunctional eating behaviors.
- ItemExploratory Study of Risk-taking and Self-harm Behaviours in Adolescents: prevalence, characteristics and its relationship to attachment styles(European Psychiatric Association, 2013-04-06) Paiva, A C; Cunha, Marina; Xavier, Ana Maria; Marques, Mariana; Simões, Sónia; Espirito-Santo, HelenaIntroduction: Risk-taking (RT) and self-harm (SH) occur across the lifespan, but many types of RT and SH typically appear for the first time in adolescence. According to Vrouva, Fonagy, and Fearon (2010), it is important to measure RT and SH simultaneously because they are clinically, empirically, and conceptually linked. Objectives: (1) analyse the prevalence of risk-taking and self-harm behaviours in community adolescents, controlling the effect of gender and age; (2) examine the link between RT and SH behaviours; (3) investigate the relationship between attachment style and RT and SH behaviours. Methods: 346 adolescents (girls: n = 194, 56%) aged between 12 and 18 years (M = 15.10, SD = 1.77) completed a sociodemographic questionnaire, the Risk-Taking and Self-Harm Inventory for Adolescents (RTSHIA) and the Attachment Questionnaire for Children (AQ-C). Results: RT behaviours more prevalent are taking chances while doing one's hobbies, smoking tobacco and cheating. SH behaviours more frequent are self-demeaning thoughts and behaviours intentionally. Boys showed higher RT behaviours than girls. There is a positive association between age and both behaviours (RT and SH). Insecurely attached teenagers reported higher SH behaviours than did securely attached adolescents. Conclusions: This study shows the prevalence of RT and SH behaviours in a community sample of adolescents, showing how gender and age can influence the expression of both behaviors. It seems that secure attachment may be protective to the engagement in SH behaviors, strengthening the important role of quality of relationships on psychological adjustment in adolescents
- ItemFertility Awareness Project: contributo de um focus group com adolescentes portugueses(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2023-03-27) Nogueira, Filipa Bento; Galhardo, Ana; Martins, Mariana Veloso; Cunha, MarinaObjetivo: No âmbito de um projeto destinado à promoção da fertility awareness, desenvolvido pela Fertility Europe, pretendeu-se recolher informação junto de adolescentes portugueses, relativamente às suas perceções e opiniões acerca de um possível serious educational game sobre este tema. Métodos: Recorreu-se à metodologia de focus group, tendo sido elaborado um guião de questões e definidos os critérios de inclusão e exclusão dos participantes. Após a condução do focus group com oito adolescentes com idades entre os 15 e 18 anos, seguiu-se a análise de dados de forma dedutiva. Resultados: Os participantes consideraram os seus conhecimentos sobre a fertilidade e os fatores que a afetam limitados, destacando a utilidade de um jogo educativo de fertility awareness para o aprofundamento da compreensão destes conceitos, e referiram estar disponíveis para o jogar. Os adolescentes realçaram a importância de aspetos como a componente gráfica, os atributos competitivos, a expetativa de entretenimento, o potencial de aprendizagem, tal como a disponibilização de um website com informação adicional. Foram também identificadas potenciais barreiras à utilização do jogo, nomeadamente o tempo despendido na sua utilização, uma divulgação inadequada, um caráter monótono e cansativo e, ainda, poder não corresponder aos interesses de alguns jovens. Conclusões: Os participantes expressaram o desejo de obter mais conhecimentos sobre a fertilidade, considerando útil o desenvolvimento de um serious game para este efeito e demonstrando-se disponíveis para o utilizarem. Foi possível compreender as preferências dos adolescentes relativamente às características do jogo, sugerindo-se que estas sejam tidas em conta no seu desenvolvimento. / Objective: As part of a project aimed at promoting fertility awareness developed by Fertility Europe, we intended to collect information from Portuguese adolescents regarding their perceptions and opinions about a possible serious educational game on this topic. Method: A focus group methodology was used. A script of questions to conduct the focus group was developed, and the participants’ inclusion and exclusion criteria were defined. After conducting the focus group with eight adolescents aged between 15 and 18 years old, a deductive data analysis was performed. Results: The participants considered their knowledge about fertility and the factors affecting it limited, emphasizing the usefulness of a fertility awareness educational game to deepen their understanding of these concepts, and reported being willing to play it. Adolescents highlighted the importance of aspects such as graphics, competitive attributes, entertainment expectations, learning potential, as well as the availability of a website with additional information in the development of the educational game. Potential barriers to using the game were also identified, including time spent using it, inadequate dissemination, a monotonous and tiring nature, and the fact that it may not match the interests of some young people. Conclusions: The participants expressed the desire to obtain more knowledge about fertility, considering the development of a serious game useful for this purpose and showing a willingness to use it. It was possible to understand the adolescents' preferences regarding the game's features, and it was suggested that these should be taken into account in its development.
- ItemMedo de contrair COVID-19: Estudo de validação da Fear of Contracting COVID-19 Scale em adolescentes portugueses(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2021-11) Sousa-Ramos, Maria de Fátima; Galhardo, Ana; Cunha, Marina; Massano-Cardoso, IldaIntrodução: Face às circunstâncias de pandemia, o medo pode emergir como resultado da incerteza, da possibilidade de ser contagiado pelo SARS-Cov 2, ou contagiar outras pessoas, podendo ainda estar associado a sintomas psicopatológicos e a um impacto na qualidade de vida, relacionados com a pandemia pela COVID-19. Objetivo: A presente investigação pretendeu examinar a estrutura fatorial e propriedades psicométricas da Fear of Contracting COVID-19 Scale (FCCS)em adolescentes portugueses e analisar a relação entre o medo de contrair COVID-19 e os níveis de depressão, ansiedade e stresse, bem como com a qualidade de vida neste grupo etário. Métodos: A amostra foi constituída por 269 adolescentes (137 rapazes e 132 raparigas), com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos, a frequentar o 3º ciclo do ensino básico. Os participantes preencheram um questionário sociodemográfico, a FCCS, as Escalas de Depressão, Ansiedade e Stress(EADS-21), e o KIDSCREEN-10, enquanto medida da qualidade de vida em adolescentes. Resultados: A FCCS revelou, tal como na sua versão original para adultos, uma estrutura unidimensional, com bons indicadores de ajustamento e boa consistência interna. O medo de contrair COVID-19 mostrou-se associado com sintomas de ansiedade, depressão e stresse, mas não evidenciou uma relação com a qualidade de vida nos adolescentes. A análise de diferenças entre rapazes e raparigas mostrou que estas últimas apresentam mais medo de contrair COVID-19, mais sintomas de ansiedade, depressão e stresse e uma pior perceção da sua qualidade de vida. Conclusões: A Fear of Contracting COVID-19 Scale mostrou ser adequada para uso com adolescentes. O medo de contrair COVID-19, ainda que associado a sintomas psicopatológicos de ansiedade, depressão e stresse, parece não estar relacionado com a qualidade de vida dos adolescentes
- ItemParental Rearing Styles, Eating Habits/behaviours and Eating Disorders Symptoms, in a Sample of Adolescents(European Psychiatric Association, 2013) Carvalho, Cláudia; Marques, Mariana; Silva, Maria Inês; Santos, José; Conceição, Liliana; Cunha, Marina; Espirito-Santo, HelenaIntroduction There are few studies in the international and national literature exploring the association between parental rearing styles, eating habits/behaviours and symptoms of Eating Disorders (ED). Objectives/aims To examine the associations between the dimensions of Parental Rearing Style Questionnaire for Adolescents (EMBU-A), the dimensions of a test assessing eating disorders symptoms (Eating Attitudes Test-25/EAT-25), Body Mass Index (BMI), items assessing eating habits/behaviors and sociodemographic family and health variables; to explore which are the predictors of symptoms of eating disorders and eating habits/behaviours. Methods 402 adolescents (girls: n =241, 60%) between 12 and 18 years old (M = 14,2, SD = 1,62) answered a sociodemographic questionnaire, the EMBU-A and the EAT-25. Results We found a negative association between Emotional Support (EMBU-A), all the EAT-25 dimensions and EAT-25 total score. There was, generally, a positive association between the Overprotection and Rejection dimensions (EMBU-A) and the same results of the EAT-25. Sports’ practice was associated with a higher mean score of Motivation for Thinness and the total score of the EAT-25. In the predictive analyses, Emotional Support showed to decrease the likelihood of adolescents manifesting ED symptoms and Rejection to increase that likelihood. Conclusions Emotional Support seems to be protective of ED symptoms and dysfunctional eating habits/behaviors appearance in adolescents, while Rejection appears to increase the risk of these two outcomes. These dimensions should be worked together with parents, eventually, by psicoeducational programs. At schools and health centers, programs can be implemented to improve eating habits/behaviors and help prevent ED development
- ItemValidação da Versão Portuguesa da Center for Epidemiologic Studies Depression Scale for Children (CES-DC)(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2015-04) Carvalho, Camila; Cunha, Marina; Cherpe, Sónia; Galhardo, Ana; Couto, MargaridaIntrodução. A Depressão na infância e adolescência, tal como na população adulta, é uma das perturbações mentais mais comuns. Uma vez que o seu aparecimento nesta faixa etária conduz a graves consequências na idade adulta, é fundamental identificar os sintomas depressivos precocemente. Desta forma, os instrumentos de autorrelato têm um papel fundamental, uma vez que permitem com facilidade, de forma fidedigna e válida, ter acesso a formas de pensar, sentir e agir dos sujeitos. Objetivo. Traduzir, adaptar e validar a Center for Epidemiological Studies Depression Scale for Children (CES-DC) (Weissman, Orvash & Padian, 1980) para avaliação dos adolescentes portugueses. Método. A amostra é constituída por 417 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (M =15.20, DP = 1.72) a frequentar o 3º ciclo do ensino básio e ensino secundário. Para o estudo da validade convergente e divergente da CES-DC, foram utilizadas as versões portuguesas das Depression Anxiety Stress Scales (DASS 21) (Pais-Ribeiro, Honrado & Leal, 2004), do Children's Depresssion Inventory (CID) (Marujo, 1994) e da Students' Life Satisfaction Scale (SLSS) (Marques, Pais-Ribeiro & Lopez, 2007) que avaliam, respetivamente, os estados emocionais negativos (depressão, ansiedade e stress), a sintomatologia depressiva e a satisfação global com a vida. A CES-DC foi traduzida e adaptada para Português seguindo o método de tradução e retroversão, tendo em conta a equivalência linguística e semântica (International Test Commission, 2010). Resultados. Os dados obtidos mostram que a escala possui uma excelente consistência interna (α =.90) e uma boa estabilidade temporal para um intervalo de 3 semanas (r(81) =.72). A análise fatorial exploratória apontou a solução de tês fatores (fator humor, fator interpessoal e fator felicidade) que explicam 54% da variância. A CES-DC apresenta uma associação positiva e elevada com as escalas que avaliam sintomas depressivos, corroborando a sua validade convergente. Por sua vez, tal como esperado, apresenta uma associação moderada e negativa com a satisfação global com a vida. O género e a idade mostraram influenciar os valores médios dos sintomas depressivos. As raparigas exibem valores mais elevados de sintomatologia depressiva, comparativamente aos rapazes. O grupo dos mais novos (12-14 anos) revela menor sintomatologia quando comparado com os outros grupos de idade. Discussão. Os resultados relativos às características psicométricas da versão portuguesa foram ligeiramente superiores aos dos estudos da versão original (Faulstich et al.,1986) e das versões chinesa e Africana (Li et al., 2010; Betancourt et al., 2012). Relativamente à dimensionalidade, os nossos resultados estão em consonância com os da versão original onde foram igualmente apurados 3 fatores a explicar 44 % da variância total. Quanto aos resultados em função do género e idade, estes são apoiados por uma vasta literatura que aponta no mesmo sentido. Conclusão. Não obstante poderem ser apontadas algumas limitações ao presente estudo, os resultados confirmam a adequação e robustez da CES-DC na população portuguesa, sugerindo, constituir um questionário útil na avaliação de sintomas depressivos nos adolescentes. / Aims: Depression is one of the most common mental disorders in children, and in adolescents, as in adults. Once its occurrence during childhood and adolescence leads to serious consequences in adulthood, its early detection is an important goal. Self-report instruments have a key role on accessing thoughts, feelings and behaviors in an easily, reliably and validly way. The aim of the current study is to assess psychometric properties (reliability and validity) of the Portuguese translation of the Center for Epidemiological Studies-Depression Scale for Children (CES-DC). Methods: A school-based sample of 417 adolescents aged 12–18 years (M = 15,20, SD = 1,72) was involved in this study. Translation and Back Translation was made. To study convergent and divergent validity there were used the Portuguese versions of the Depression Anxiety Stress Scales (DASS 21), of the Children's Depression Inventory (CDI), and of the Students' Life Satisfaction Scale (SLSS) which measure, respectively, negative emotional states (depression, anxiety and stress), depressive symptoms and global life satisfaction. Results: Factor analysis revealed three factors (mood, interpersonal relationships and happiness) that explain 54% of the variance. The results show that the scale has an excellent internal consistency (α = 0,90), good temporal stability (r = 0,72) as an adequate convergent and divergent validity. Results showed that depressive symptoms varied in function of age and gender. Conclusions: The results of the present study provide initial adequate validity and reliability of the CES-DC. Nevertheless some limitations to this study, the results suggest that CES-DC can be a useful questionnaire in the assessment of depressive symptoms in Portuguese adolescents.
- ItemValidação do Youth Quality of Life Instrument (YQOL-R) para a População Portuguesa(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2015-09) Mendes, Sara; Cunha, Marina; Xavier, Ana; Couto, Margarida; Galhardo, AnaObjetivo: É incontornável o estatuto que o conceito de qualidade de vida assume hoje na prática e políticas de saúde pública. Na infância e adolescência é ainda escassa a investigação, tornando-se crucial o desenvolvimento de instrumentos de qualidade vida relacionada com a saúde validados para esta população. O presente trabalho tem como objetivo fundamental analisar as qualidades psicométricas e validar a versão portuguesa do Youth Quality of Life (YQOL-R). Métodos: A amostra é constituída por 507 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 19 anos (M = 15,74; DP = 1,62), a frequentar o 3.º ciclo do ensino básico e ensino secundário de escolas públicas do ensino regular. Para além do citado instrumento a validar, os jovens preencheram também, para a análise da validade convergente e divergente, o Kidscreen-27 e a Escala da Depressão, Ansiedade e Stresse (EADS-21). Resultados: O YQOL-R apresenta uma estrutura fatorial de quatro fatores, semelhantes à versão original americana (individual, relações sociais, ambiente e qualidade de vida em geral). Possui uma boa consistência interna e uma adequada estabilidade temporal. Mostrou correlações significativas e no sentido esperado com as variáveis em estudo. Foram igualmente encontradas diferenças entre sexos em relação à qualidade de vida, sendo os rapazes a reportarem em média níveis mais elevados de perceção da qualidade de vida, comparativamente às raparigas. Conclusões: Futuros estudos devem ser realizados em amostras clínicas para confirmação dos dados. Não obstante esta limitação, o presente estudo contribuiu para a disponibilização de um novo instrumento para avaliação da qualidade de vida em crianças e adolescentes, o qual evidenciou boas propriedade psicométricas, apoiando, assim empiricamente, a sua utilização nas práticas de saúde e investigação em amostras da comunidade. / Introduction: Quality of Life (QoL) plays a remarkable role in practice and public health policy. However, research on QoL among children and adolescents is still scarce and it seems crucial to develop and validate assessment tools for measuring health-related QoL. Objectives: The current study aims to analyse the psychometric properties and validate the Portuguese version of the Youth Quality of Life Instrument. In addition, the convergent and divergent validities are examined with related constructs. Methods: Participants were 507 adolescents, with ages between 12 and 19 years old (M = 15.74, SD = 1.62), attending middle and high schools. Together with YQOL-R, participants also filled out the Kidscreen-27 and the Depression Anxiety and Stress Scales (DASS-21). Results: The Portuguese version of YQOL-R showed a four-factor structure (dimensions: Self, Relationships, Environment, General Quality of Life), similar to the original version. This instrument also revealed a good internal reliability and adequate temporal stability. YQOL-R showed positive correlations with health-related quality of life and negative associations with depression, anxiety and stress symptoms. There were significant gender differences regarding quality of life, with boys reporting higher levels of perceived quality of life than girls. Conclusions: Future studies should be conducted to ensure these findings among clinical samples or physical conditions. Nevertheless, this study contributes to the set of available instruments for the assessment of QoL among children and adolescents, suggesting that the YQOL-R may be a useful tool for research and health practices in community samples.
- ItemWhat Stands between Self-disgust and Borderline Features? The need to cultivate self-compassion in adolescents from Portugal(Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra - FPCEUC, 2021-12-28) Carreiras, Diogo; Castilho, Paula; Cunha, MarinaA Pertubação Borderline da Personalidade (PBP) é caracterizada por instabilidade emocional, relacionamentos intáveis, sentimentos de abandono e vazio, impulsividade e auto-dano. Uma auto-imagem instável é também uma característica borderline comum, muitas vezes marcada por auto-criticismo, auto-ódio e sentido de aversão direcionados a aspetos do eu. Considerando o percurso desenvolvimental da PBP, é essencial agir em idades precoces com adolescentes que denotam traços borderline crescentes e persistentes. Este estudo procurou testar o papel mediador da auto-compaixão na relação entre a auto-aversão e traços borderline em adolescentes portugueses. Os participantes foram 655 adolescentes (381 raparigas e 274 rapazes) com uma média de idade de 15.58 anos (DP = 1.51), que completaram questionários de autorresposta na escola. Os dados foram analizados através do SPSS e PROCESS Macro para realizar estatísticas descritivas, comparações, correlações e regressões. Os resultados mostraram que a autocompaixão mediou a relação entre a auto-aversão e os traços borderline. O modelo de mediação explicou 51% dos traços borderline e o género foi incluído como covariável, uma vez que as raparigas apresentaram maior auto-aversão e traços borderline e menor autocompaixão do que os rapazes. Estes resultados indicam que cultivar competências auto-compassivas em adolescentes pode ser um potencial mecanismo de regulação positivo para o efeito da auto-aversão nos traços borderline. / Borderline personality disorder (BPD) is characterized by emotional instability, unstable relationships, feelings of abandonment and emptiness, impulsivity, and self-harm. An unstable self-image is also a common borderline feature, often marked by self-criticism, self-hate and feeling of disgust towards aspects of the self. Considering the developmental path of BPD, it is essential to act at early ages with adolescents that show growing and persistent borderline features. The present study aimed to test the mediation role of self-compassion in the relationship between self-disgust and borderline features in Portuguese adolescents. Participants were 655 adolescents (381 girls and 274 boys) with an average of 15.58 years old (SD = 1.51), who completed self-report questionnaires at school. Data were analyzed through SPSS and PROCESS Macro to perform descriptive statistics, comparisons, correlations and regressions. Results showed that self-compassion mediated the relationship between self-disgust and borderline features. The mediation model explained 51% of borderline features and gender was used as a covariate, considering that girls exhibited higher self-disgust and borderline features, and lower self-compassion than boys. These findings indicate that cultivating self-compassion skills in adolescents could be a potential positive regulation mechanism for self-disgust’s effect on borderline features.