Percorrer por autor "Tembo, Kwasu David"
A mostrar 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de ordenação
- ItemCouture of the Corpse: fashion, class, time, and the undead in The Hunger(ISMT, 2020-12-31) Tembo, Kwasu DavidQuando visto através das lentes da alta costura e do sistema de classes, o retrato contemporâneo do vampiro como icónico tanto na esfera sociopolítica como na estética, e como ícones de vários estilos de vida subalternos, exteriores, ou aquilo a que chamo estilos de vida “demimondeur”, subculturas e os estilos/modas que os acompanham, oferece um quadro analítico interessante através do qual se pode examinar a relação dialógica entre ideologia, tempo, moda e classe. Referindo-se ao pensamento marxista sobre o capitalismo vampírico na sua relação com o tempo, este capítulo discutirá as questões e debates em torno do retrato da figura do vampiro como o que teorizarei ser um “puro consumidor”, simultaneamente elite sociopolítica e forasteiro sociopolítico, e a sua figuração tanto da atemporalidade como da espúria da ideologia em Fome de Viver (1983). Referindo-se à couture pós-punk Bauhaus ou ao estilo dos mortos-vivos do filme, a metodologia deste trabalho será a de realizar uma leitura atenta do filme como um estudo de caso, focando o seu envolvimento com dimensões sociopolíticas e culturais, e com os fenómenos de riqueza, estilo, privilégio e tempo (atemporalidade). / When viewed from the lens of couture and class, the contemporary portrayal of the vampire as iconic in both sociopolitical and aesthetic spheres, and as icons of various subaltern, outsider, or what I call ‘demimon-deur’ lifestyles, subcultures, and their attendant styles/fashions, offers an interesting analytical frame through which to examine the dialogic relationship between ideology, time, fashion, and class. Referring to Marxist thought concerning vampire capitalism and time, this chapter will discuss the issues and debates surrounding the portrayal of the figure of the vampire as what I will theorize to be a ‘pure consumer’, sociopolitical elite, and socio-political outsider, and its figuration of both the atemporality and spuriousness of ideology in The Hunger (1983). Referring to the Bauhaus post-punk couture or style of the undead in the film, the methodology of this paper will be to perform a close reading of the film as a case study, focussing on its engagement with the sociopolitics, cultures, and phenomena of wealth, style, privilege, and time(lessnes).
- ItemWhite Fang Ally: the Arctic as Eden of Death in 30 Days of Night(ISMT, 2021-12-31) Tembo, Kwasu DavidUma recorrente fraqueza congénita dos vampiros que povoam a televisão, literatura e cinema dos séculos XX e XXI é a sua suscetibilidade porfírica à radiação ultravioleta. O problema da luz solar é fundamental para a continuidade existencial morta-viva dos vampiros. Desta forma, ambientes sem sol, como o Ártico e a Antártica, representam ambientes puramente góticos, em cuja desolação, frio e escuridão a vida não-morta é capaz de proliferar sem ser perturbada pelos ciclos diurnos/noturnos de luminosidade que tradicionalmente restringem os vampiros. Com o objetivo de teorizar o valor do locus Ártico enquanto personificação do terror gótico, este ensaio recorre a 30 Days of Night (2002) de Steve Niles e Ben Templesmith como estudo de caso das ressonâncias entre o Ártico e a figura do vampiro. Num segundo momento, a análise foca o conceito de heterotopia de Michel Foucault para teorizar a maneira como o Ártico, cujos ritmos noturnos/diurnos se opõem radicalmente à maioria dos ciclos sazonais em outras partes da Terra, representa um paraíso ontoexistencial de morte para os não-mortos: um cronótopo que incorpora os atributos essenciais da condição ontoexistencial dos mortos-vivos. / A recurrent congenital weakness of 20th and 21st century television, literature, and cinema vampires is their porphyric susceptibility to ultraviolet radiation. Central to vampires’ continued undead life is the problem of sunlight. In this way, sunless environs like the Arctic and Antarctic represent what I describe as purely Gothic environments in whose desolation, cold, and darkness, undead life is able to proliferate, unmarred and unimpeded by the typical diurnal/nocturnal cycles of luminosity that trouble the undead lives of vampires. In order to theorize the value of the Arctic as an embodiment of Gothic-horror, this essay uses Steve Niles and Ben Temple-Smith’s 30 Days of Night (2002) as a case study of the pathetic resonances between the Arctic and the figure of the vampire. Following on from this, the analysis turns to Michel Foucault’s concept of the heterotopia in order to theorize the manner in which the Arctic, whose nocturnal/diurnal rhythms stand in radical opposition to the majority of seasonal cycles elsewhere on earth, represents an onto-existential paradise of death for the undead: a chronotope that embodies the essential attributes of the onto-existential condition of the undead.