Percorrer por autor "Guadalupe, Sónia (Orientadora)"
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- Item“A Brincar também se Aprende”: análise e avaliação de um projeto de intervenção social(ISMT, 2019) Gomes, Rosa Maria Costa da Silva; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Contexto e objetivos: Considerando o papel do Assistente Social de intervir junto da família na adaptação à situação de doença, centrado na Pessoa, e a preocupação crescente em garantir a humanização dos cuidados de saúde baseada numa visão holística, é objeto de estudo do presente trabalho o projeto de intervenção social e de saúde “A Brincar também se Aprende” que se materializa num campo de férias para crianças/jovens portadores do vírus VIH e suas famílias, desde 2002. Assim, os objetivos da investigação prendem-se com a análise e reflexão acerca da estrutura, desenvolvimento e resultados do projeto. Método: O estudo baseou-se na metodologia de avaliação de programas e projetos sociais, através da análise documental e de conteúdo categorial. Na investigação foram utilizadas como fontes documentais dados incluídos em relatórios anuais, dados publicados e apresentados em congressos. Foi efetuada uma análise categorial de conteúdo de testemunhos escritos registados pelos participantes (crianças, jovens e familiares/cuidadores ou acompanhantes informais) em 6 das 17 edições do projeto. Os resultados são apresentados através de estatística descritiva. Resultados: Nas 17 edições analisadas, o projeto contou com um total de 687 participantes: 459 crianças e jovens infetados e afetados pela doença entre 1 a 18 anos de idade e 228 cuidadores informais acompanhantes. Envolveu uma esquipa técnica multidisciplinar e grupos de voluntários. Da análise dos testemunhos emergiram cinco categorias: 1) Avaliação da iniciativa, dinâmica e programação; 2) Partilha e fator facilitador de relações interpessoais e de integração; 3) Promoção de cuidados e do bem-estar; 4) Suporte social (informal e formal); 5) Reforço e Valorização; tendo sido as três primeiras as mais vezes referidas na avaliação dos participantes, sendo a partilha e o reforço e valorização categorias mais valorizados nos testemunhos dos cuidadores do que das crianças e jovens (p < 0,05). Conclusões: A avaliação indica que o projeto encontra sustentação empírica para ser apresentado enquanto programa de intervenção, permitindo que seja adotado noutros contextos de intervenção social com crianças e jovens com doença crónica e suas famílias, dado o potencial deste projeto extra-hospitalar na promoção do bem-estar, aliando dimensões pedagógicas, lúdicas, de promoção de saúde e do bem-estar e anti-estigmatizantes. / Context and purpose: Social Worker plays an active role in helping families to adapt to disease, centred on the person. In light of this, and with the backdrop of a growing concern to ensure an holistic humanization of health care, we aim to study the social intervention project “A Brincar também se Aprende” [Learning through Playing] which has been set in a summer camp for HIV-infected children and their families since 2000. The current study presents an analysis and a reflexion on the structure, development, and results of the project based on the testimonies of participants. Methodology: The study was based on the methodology of assessment of social programs and projects through documentary and categorical content analysis, and used as documentary sources data included in annual reports and data published and presented in conferences. A categorical content analysis of the participants’ written testimonies (children, youngsters and relatives / caregivers or informal caregivers) was carried out in 6 of the 17 editions of the project. Results are presented using descriptive statistics. Results: A total of 687 participants took part in the 17 editions analysed, of which 459 were children and youngsters aged between 1 and 18 affected by the disease and 228 were informal caregivers. The projected also counted on a multidisciplinary technical team and groups of volunteers. From the analysis of the testimonies five main categories were defined: 1) Evaluation of the initiative, dynamics and planning; 2) Promotion of integration and interpersonal relationships; 3) Promotion of care and well-being; 4) Social support (informal and formal); 5) Strengthening and Valorization. The first three categories were the most frequently mentioned in the participants' evaluations, while promotion of integration and interpersonal relationships was more valued in the caregivers' testimonies than in the testimonies of children and youth (p < 0.05). Findings: The outcomes of the study gives empirical support to the classification of the project as intervention-based and motivates it’s application in other social intervention contexts for children and youth affected with chronic illness and their families. In fact, the project has large extra-hospital potential in promoting well-being, which is achieved by combining pedagogical, playful, health, well-being and anti-stigmatizing dimensions.
- ItemAs Características das Redes Sociais Pessoais de Idosos Segundo o Estado Civil(ISMT, 2015) Relva, Juliana Raquel Ribeiro; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Objetivos: O presente estudo tem como principal objetivo caraterizar as redes sociais pessoais dos idosos com idade igual ou superior a 65 anos, relativamente às caraterísticas estruturais, funcionais e relacionais-contextuais, analisando-as segundo o estado civil. Metodologia: Para avaliar as variáveis em estudo foram utilizados: o instrumento de Análise da Rede Social Pessoal, versão para idosos (IARSP – Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe & Vicente, 2012) com o objetivo de avaliar as dimensões da rede social pessoal dos idosos e um inquérito por questionário para caracterização sociodemográfica. Participantes: A amostra é constituída por 446 idosos com idades compreendidas entre os 65 anos e os 98 anos (M = 76,09; DP = 7,59). Os participantes são na sua maioria do sexo feminino (n = 285, 63,9%). A maioria dos idosos é casada/união de facto (n = 230, 51,6%) e em minoria encontram-se os divorciados/separados (n = 21, 4,7%) e têm filhos (n=389, 87,2%). Resultados: Os resultados demonstram que o estado civil apresenta associações estatisticamente significativas com as variáveis sociodemográficas sexo, idade, viver só, parentalidade e escolaridade. Registam-se diferenças significativas relativamente ao estado civil no que diz respeito à maioria das características estruturais da rede, quanto às características funcionais, nomeadamente o acesso a novos vínculos, a reciprocidade de apoio, a satisfação com a rede e com o suporte social, e quanto às características relacionais-contextuais apenas se assinalam relativamente à distância de residência. Conclusões: O nosso estudo revela que as redes sociais pessoais dos idosos se diferenciam a nível estrutural e funcional segundo o estado civil destes idosos. Os idosos casados apresentam redes maiores mais centradas nas relações familiares na rede do que os idosos com outros estados civis. Os idosos solteiros são os que apresentam redes menores, mais investidas nas relações de amizade e de vizinhança e menos nas relações familiares comparativamente com os outros tipos de relacionamento. / Objectives: This study aims to characterize the personal social networks of the elderly aged 65 years or more, for structural, functional and relational-contextual features, analyzing them according to marital status. Methodology: To assess the variables studied the following was used: the analysis tool of the Personal Social Network, version for elderly (IARSP - Elderly) (Guadalupe, 2010; Guadalupe & Vicente, 2012) in order to assess the dimensions of the personal social network of the elderly and a questionnaire for socio-demographic characterization. Participants: The sample comprises 446 elderly, aged between 65 years and 98 years (M = 76.09, SD = 7.59). Participants are mostly female (n = 285, 63.9%). Most seniors are married / consensual union (n = 230, 51.6%) and a minority is divorced / separated (n = 21, 4.7%) and have children (n = 389, 87. 2%). Results: The results show that marital status has statistically significant associations with the sociodemographic variables, gender, age, living alone, and parenting and education. There are significant differences with regard to marital status relating to most of the structural characteristics of the network, for the functional features, namely access to new links, reciprocal support, satisfaction with the network and social support, and as to the relational-contextual characteristics these only appear in relation to the distance of residence. Conclusions: Our study shows that personal social networks of the elderly are different on a structural and functional level according to the marital status of these seniors. Married elderly have larger networks more centered on family relationships on the network than the elderly with other marital statuses. The single elderly are those with smaller networks, more invested in the relations of friendship and neighborhood and less on family relationships compared to other types of relationship.
- ItemConjugalidade e Parentalidade: estudo sobre a influência das preocupações parentais na satisfação conjugal em pais de crianças com 1 a 5 anos de idade em educação pré-escolar(ISMT, 2010) Vicente, Ana Luísa Cordeiro; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Segundo a abordagem sistémica, a transição para a parentalidade demarca uma das mais intensas mudanças do ciclo de vida de uma família. A melhor forma de compreender a família, é tentar entendê-la como um sistema, um todo, uma globalidade, como uma rede complexa de relações e emoções que não são susceptíveis de serem pensadas isoladamente (Oliveira, 2002). Porém, é relevante a forma como cada indivíduo, passa pela transição para a parentalidade. Considerou-se pertinente realizar um estudo que englobe a influência que as preocupações parentais apresentam na relação conjugal, tendo como objectivo clarificar a interacção entre as variáveis já referidas e, ainda, a influência que o sexo dos indivíduos, o tempo de casamento e a idade dos filhos exerce nessa interacção. Para tal, recorreu-se a uma amostra de 42 indivíduos, casados e com um único filho, que responderam à Escala de Avaliação da Satisfação em Áreas da Vida Conjugal (EASAVC) (Narciso & Costa, 1996), para avaliação da satisfação conjugal, e à Escala de Preocupações Parentais (EPP) (Algarvio, Leal, & Maroco, in press). Os resultados demonstram que a satisfação conjugal e as preocupações parentais se encontram relacionadas entre si, não apresentando uma forte correlação. Contudo, constata-se que a satisfação conjugal aumenta diante de uma preocupação parental, do mesmo modo, se a preocupação parental for fraca, a satisfação conjugal tem valores médios mais baixos. Os resultados apontam para que o género e os anos de casamento não influenciem os níveis de satisfação conjugal, bem como a idade dos filhos não influência estas preocupações, tendo-se ainda verificado que não existem diferenças entre sexos ao nível das preocupações parentais.
- ItemCuidados Paliativos em Portugal na Perspectiva de Assistentes Sociais(ISMT, 2014) Silva, Ana Rita Santos; Guadalupe, Sónia (Orientadora)O contexto demográfico e epidemiológico hodierno traz à luz a fulcral relevância dos cuidados paliativos de qualidade acessíveis para todos. Pela importância que o serviço social assume na defesa da garantia dos direitos humanos, com uma ação direta nestes cuidados, o presente estudo pretendeu analisar os cuidados paliativos na perspectiva de assistentes sociais, tendo em conta o atual contexto das políticas sociais e de saúde. Optou-se por uma investigação quanti e qualitativa, através de um inquérito por questionário dirigido a todas as unidades/equipas de cuidados paliativos identificadas no território nacional (Portugal Continental e Regiões Autónomas), com assistentes sociais. A amostra foi constituida por 17 profissionais de serviço social, na sua maioria mulheres (94,1%), com idades entre os 25 e os 57 anos, a exercer a profissão há 5,5 anos, em média, na área dos cuidados paliativos. Os resultados do estudo mostram-nos que os assistentes sociais estão inseridos em 86,36% das unidades/equipas, sendo estas maioritamente de natureza pública. Os profissionais mais frequentes na constituição das equipas são o médico, enfermeiro, assistente social e psicólogo. Todos ou quase todos têm formação específica na área, tendo a maioria apoio para formação continuada. As condições de trabalho atuais foram alvo de uma avaliação desfavorável por parte da amostra. Estes profissionais perspectivam o acesso a estes cuidados como sendo pouco equitativos, apontam a falta quer de estruturas que cubram geograficamente todo o país, quer de recursos humanos adequados, não esquecendo a ausência de regulamentação da atividade laboral dos profissionais nos cuidados paliativos. É exigido ao assistente social uma intervenção baseada no cumprimento de objetivos que apresentem resultados rápidos, o que tem vindo a dificultar uma intervenção eficaz desde a admissão até ao encaminhamento do doente para continuidade de cuidados. A presente investigação oferece um contributo para a produção de conhecimento capaz de evidenciar as transformações que têm vindo a ocorrer na prática dos profissionais permitindo contribuir para a reflexão sobre os contextos e processos de intervenção, assim como sobre a promoção do direito aos cuidados paliativos de qualidade em Portugal. / The current demographic and epidemiological context highlights the crucial importance of quality palliative care accessible for all. The importance that social work assumes in the defense of human rights guarantees, with a direct action on these care, this study aims to analyze the palliative care from the perspective of social workers, taking into account the current context of social and health policies. We chosed a quantitative and qualitative research through a questionnaire addressed to the universe of the palliative care institutions identified in the national territory (Portugal’s mainland and the Autonomous Regions), with social workers. The sample has 17 social work professionals, mostly women (94.1%), aged between 25 and 57 years. They work as a social worker for 5.5 years on average in the area of care palliative. The results of the study show us that social workers are included in 86.36% of the units / teams, wich are mostly public services. The most frequent professionals in the teams are the doctor, nurse, social worker and psychologist. All or almost all have specific training in the area, and the majority has institutional support for continuing training. Current conditions of work have received an unfavorable evaluation by the participants. The inquired considered access to palliative care as being inequitable, or point to a lack of structures that geographically cover the whole country, whether adequate human resources, not to mention the lack of regulation of the activity of professionals working in palliative care. An intervention based on the achievement of goals that have quick results, which have been a difficulty for an effective intervention from the admission to the referral of the patient for continuity of care is required of the social worker. This research offers a contribution to knowledge production, able to highlight the changes that have taken place in professional practice, allowing to contribute to the reflection about the contexts and processes of intervention as well as on the promotion of the right to quality palliative care of in Portugal.
- ItemDesafios de Famílias Transnacionais e Imigrantes Lusófonas com Vivência Monoparental(ISMT, 2021) Visandule, Edna Maricel Fonseca Pimentel; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Objetivos: O presente estudo tem como objetivo analisar as principais diferenças das famílias transnacionais com vivência monoparental e imigrantes lusófonas, comparativamente com famílias monoparentais residentes em Portugal. Metodologia: Foi utilizada uma metodologia descritiva que recorre a técnicas quantitativas bivariadas, com recolha transversal de informação. Na recolha dos dados foram aplicadas duas versões de inquérito por questionário: “Famílias Monoparentais: Desafios Relacionais e Quotidianos” e “Imigração: Desafios Relacionais e Quotidianos de Famílias em vivência Monoparental oriundas dos PALOP e Brasil”. Participantes: A amostra total é constituída por 118 participantes, dos quais 26 (22%) pertencem a famílias transnacionais e imigrantes em Portugal com vivência monoparental e 92 (78%) pertencem a famílias monoparentais da população geral. Resultados: Foram observadas associações e diferenças estatisticamente significativas entre as subamostras relativamente ao tipo situação e motivo de monoparentalidade, vias de comunicação entre progenitores/figuras parentais, rede de suporte nas tarefas de cuidar, educação e acompanhamento dos filhos, necessidade de apoio (p < 0,001) e frequência de contacto com a rede de suporte (p < 0,05). As principais dificuldades de ambas as subamostras correspondem ao exercício solitário da monoparentalidade nas famílias transnacionais e imigrantes e na gestão do tempo/sobrecarga financeira nas famílias monoparentais da população geral. Conclusão: Apesar das suas particularidades ambas as subamostras apresentam dificuldades e desafios semelhantes, enquanto famílias monoparentais ou de educador único. / Aims: This study aims to analyze the main differences between transnational single-parent families and Lusophone immigrants, compared to single-parent families living in Portugal. Methods: A descriptive methodology using bivariate quantitative analysis with cross-sectional data collection was used. Two versions of a questionnaire were applied in data collection: "Single-parent Families: Relational and Daily-live Challenges" and "Immigration: Relational and Quotidian Challenges of Single-parent Families from PALOP and Brazil". Participants: The sample has 118 participants, of which 26 (22%) belong to transnational and immigrant families in Portugal with single-parent composition, and 92 (78%) belong to single- parent families from the general population. Results: Statistically significant associations and differences were observed between the sub- samples regarding the type of situation and reason for single parenthood, communication pathways between parental figures, support network for caring, educating, and accompanying children, need for support (p < 0.001) and frequency of contact with the support network (p < 0.05). The main difficulties in both subsamples correspond to the solitary exercise of single parenthood in transnational and immigrant families, and in time management/financial burden in single-parent families in the general population. Conclusion: Despite their particularities, both sub-samples present similar difficulties and challenges as single-parent families.
- ItemDesafios em Famílias Monoparentais nas Diferentes Etapas do Ciclo Vital(ISMT, 2020) Marques, Luís Miguel Guilherme; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Objetivos: O presente estudo tem como objetivo analisar as características, desafios, dificuldades e suporte social das famílias monoparentais segundo as diferentes etapas do ciclo vital. Metodologia: Foi usada uma metodologia descritiva eminentemente quantitativa. Na recolha dos dados recorremos ao inquérito por questionário “Famílias Monoparentais: Desafios Relacionais e Quotidianos” para avaliar as características sociofamiliares, o suporte social e os desafios das famílias monoparentais. Participantes: A amostra é constituída por 111 famílias monoparentais, sendo 99 com figura parental feminina (89,2%) e 12 masculina (10,8%). Os participantes têm, em média, 43 anos de idade, são divorciadas ou separadas, e vivem a monoparentalidade há aproximadamente 4 anos. A maioria das famílias tem 1 filho (57,7%) e a situação mais comum de agregado doméstico é constituírem famílias monoparentais simples (82%). Resultados: De acordo com as etapas do ciclo vital, as famílias apresentam diferenças significativas relativamente à idade do progenitor (p < 0,001), à idade em que o progenitor se separou, divorciou ou ficou viúvo (p < 0,001), à idade em que teve o primeiro filho (p < 0,05) e no número de filhos (p < 0,05). Apresentando ainda associações significativas ao longo das diferentes etapas quanto ao estado civil (p < 0,05) e nas relações que os inquiridos mantêm com os filhos (p < 0,05). As principais dificuldades das famílias monoparentais correspondem à gestão do tempo, às tarefas referentes ao apoio instrumental na parentalidade. Os inquiridos consideram que a vivência da monoparentalidade constitui um desafio de nível elevado. Conclusões: A investigação revela que as famílias monoparentais apresentam um perfil de dificuldades semelhantes independentemente da etapa do ciclo vital da família. Assim, torna-se pertinente promover e desenvolver medidas psicoterapêuticas e de educação parental que apoiem estas famílias a construir e a reforçar a rede de suporte, a desenvolver competências relacionais parento-filiais, a promover a autonomização dos filhos e a triangular para uma melhor conciliação da vida pessoal, profissional e familiar. / Objectives: This study aims to analyze characteristics, challenges, difficulties and social support of single-parent families according to the different stages of the life cycle. Methodology: An eminently quantitative descriptive methodology was used. In the data collection, we used the survey “Single-parent Families: Relational and Daily Challenges” to evaluate the social and family characteristics, social support and challenges of single parents. Participants: The sample has 111 single-parent families, 99 with a female parent (89.2%) and 12 have a male parent (10.8%). Participants are, on average, 43 years old, divorced or separated, and have been single parent for approximately 4 years. The majority of families have 1 child (57.7%) and the most common household is the simple single-parent families (82%). Results: According to the stages of the life cycle, families have significant differences in relation to the age of the parent (p < 0.001), the age at which the parent separated, divorced or was widowed (p < 0.001), the age they had the first child (p < 0.05) and the number of children (p < 0.05). Also present significant associations throughout the different stages regarding marital status (p < 0.05) and in the relationships with their children (p < 0.05). The main difficulties for single-parent families correspond to time management, and tasks related to instrumental support in parenting. Respondents consider single parenting to be a high challenging experience. Conclusion: The investigation reveals that single-parent families have a profile of similar difficulties regardless of the stage of the family's life cycle. Thus, it becomes pertinent to promote and develop psychotherapeutic and parental education programs that support these families to build and strengthen their social support networks, to develop parent-affiliate relational skills, to promote the autonomy of children and to triangulate with the aim to get a better reconciliation of personal, professional and family life.
- ItemO Direito à Habitação em Portugal na Perspetiva da População Geral e Sem-abrigo(ISMT, 2019) Oliveira, Ana Sofia Serra de; Guadalupe, Sónia (Orientadora)O presente estudo aborda o direito à habitação em Portugal na prespetiva da população geral e sem-abrigo e assenta no princípio do direito à habitação enquanto direito humano e direito garantido constitucionalmente a todos os cidadãos. Centramo-nos na pluralidade de perspetivas em que este direito pode ser concebido pelos cidadãos em Portugal, focando particularmente os cidadãos em situação de sem-abrigo. O direito à habitação e a sua relação com a população sem-abrigo, designadamente o seu (in)acesso à habitação, constituem uma temática pertinente no século XXI, particularmente para a área científica do Serviço Social. Enquanto direito constitucional e direito humano, tem refletido historicamente as opções político-ideológicas consubstanciado em diferentes abordagens governamentais através de políticas de habitação. Uma parte cada vez mais significativa da população não tem acesso à habitação devido à discrepância entre os vencimentos e os valores das rendas. Em Portugal, as políticas sociais destinadas especificamente à condição de sem-abrigo têm sido consideradas fragmentadas, verificando-se que as medidas de política e as respostas sociais para esta população não têm colmatado as suas necessidades, designadamente habitacionais, e não têm garantido o seu processo de inclusão na sociedade.
- ItemDjunta-mó na Procura de uma Vida Melhor(ISMT, 2012) Monteiro, André Lino Duarte; Guadalupe, Sónia (Orientadora)O estudo apresenta-se com o objetivo de compreender diferentes dimensões que interpelam o campo da imigração, evidenciando a relevância das redes sociais e do capital social na mobilidade social dos imigrantes caboverdianos em Portugal. Neste estudo privilegiamos a metodologia qualitativa, dando primazia ao paradigma interpretativo. Foram feitas cinco entrevistas semi-estruturadas a imigrantes caboverdianos adultos residentes na comunidade do Cacém, concelho de Sintra. As narrativas dos imigrantes caboverdianos participantes revelam que as suas redes sociais estão bastantes fragilizadas. A falta de confiança, a escassa participação social em estruturas comunitárias, e o parco djunta-mó que parece existir entre eles, ressaltam como características que parecem inibir os imigrantes de interagir com redes diferentes, fechando-se entre si. Tais características na interação social afetam a emergência e o reforço do capital social necessário para uma integração bem-sucedida, dificultando a mobilidade social ascendente. Sendo a imigração uma importante expressão da questão social, o Serviço Social deveria assumir a centralidade do debate sobre as preocupações do tema apresentado, tanto a nível das características das trajetórias do imigrante, como das suas trajetórias de (não-)integração e in(ex)clusão social. As conclusões do estudo desafiam a (re)pensar as estratégias comunitárias para intervir socialmente no reforço da confiança, entreajuda e participação social, alinhadas com a (re)definição de políticas sociais justas, capazes de potenciar equidade nos processos de mobilidade social ascendente.
- ItemEmigração e Redes Sociais Pessoais em Idosos(ISMT, 2018) Almeida, Eva Alves Nunes; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Objetivos: Pretendemos caracterizar e analisar as implicações da mobilidade geográfica por emigração nas redes sociais pessoais de idosos. Metodologia: O presente estudo é transversal e foi utilizado o método de investigação quantitativo através de um inquérito por questionário. Para a avaliação e caracterização da rede social pessoal das variáveis foi usado o Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal, versão para idosos (IARSP – Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe e Vicente, 2012). Participantes: A amostra em estudo é constituída por 612 participantes com idade igual ou superior a 65 anos, tendo sido comparada uma subamostra de 105 indivíduos (17,2 %) que estiveram emigrados em algum período da sua vida, com uma subamostra de 507 participantes que nunca emigraram (82,8%). Resultados: As redes sociais dos idosos emigrantes apresentam uma média de 9,45 elementos, superior quando comparada com a dos idosos não emigrantes (p < 0,01). Os participantes que não emigraram percecionam um nível superior de apoio social por parte das suas redes comparativamente aos emigrados (p < 0,001). Apesar do apoio emocional ser percecionado por ambos como o mais valorizado e elevado, o apoio material e instrumental e o informativo é percebido como superior nos idosos não emigrantes (p < 0,01), assim como a companhia social e acesso a novos contactos (p < 0,001). São redes coesas, com uma durabilidade média de cerca de 40 anos, que apresentam uma maior frequência de contactos nos idosos que estiveram emigrados (p < 0,001). A distância de residência da rede social pessoal é menor nos idosos não emigrados (p < 0,001). As redes dos participantes apresentam características de heterogeneidade tanto a nível etário como sexual. Conclusão: O nosso estudo revela que os idosos emigrados apresentam redes maiores do que os não emigrados, mas igualmente centradas nas relações familiares. A nível funcional o nível de apoio percecionado pelos idosos que estiveram emigrados é menor, à exceção do apoio emocional. Quanto às características relacionais-contextuais, comparativamente aos idosos não emigrados, a frequência de contactos dos idosos emigrantes com os elementos da sua rede é maior, ainda que paralelamente, a distância de residência também seja mais dispersa. / Objectives: We intend to characterize and analyze the implications of geographic mobility (emigration) in the personal social networks of elderly. Methods: The present study is transversal and used the quantitative research method through a questionnaire. For evaluation and characterization of the personal social network of the variables The Personal Social Network Analysis Tool (IARSP – elderly people) (Guadalupe, 2010; Guadalupe e Vicente, 2012) was used. Participants: The study sample consists of 612 participants aged 65 years old or over, with 17.2% (n = 105) of the sample consisting in individuals who had at some time in their lives emigrated, compared to 82.8% (n = 507) of the participants having never emigrated, these being the two subsamples under analysis. Results: The social networks of the elderly emigrants present an average of 9.45 elements, higher when compared to the non-migrant elderly (p <0.01). Participants who did not emigrate perceived a higher level of social support by their networks compared to emigrants (p <0.001). Although emotional support is perceived by both as highest and most valuable, material, instrumental and informative support is perceived as superior in the non-migrant elderly (p <0.01), as well as social company and access to new contacts (p <0.001). These are cohesive networks, with an average durability of approximately 40 years, which present a higher frequency of contacts in emigrated elderly people (p <0.001). The residence distance of the personal social network is lower in the non-emigrant elderly (p <0.001). The participants networks present heterogeneous characteristics, both in terms of age and sex. Conclusion: Our study reveals that elderly migrants present larger networks than nonemigrants, but equally centered on family relationships. At the functional level, the level of support perceived by the elderly emigrants is lower, with the exception of emotional support. Regarding the relational-contextual characteristics, compared to the non-emigrant elderly, the frequency of contacts of the elderly migrants with the elements of their network is greater, although in parallel, the distance of residence is also more dispersed.
- ItemEspaço Mudança(ISMT, 2009) Pêgo, Andreia Sofia Saimeiro; Guadalupe, Sónia (Orientadora); Macedo, Esmeralda (Orientadora)O “Espaço de Mudança”, projecto gerido pela Santa Casa da Misericórdia do Concelho de Oliveira do Bairro, tem um Programa de Educação Parental (PEP) que funciona por encaminhamento e sinalização de entidades deste Concelho. Neste sentido, o PEP é construído de forma a responder às características e especificidades da população-alvo que atende, não se baseando em nenhum programa- -modelo. Por este motivo, o presente estudo constituiu-se num estudo de caso com o objectivo de avaliar se o PEP está a responder aos fins para os quais foi construído. Neste sentido, incorpora a caracterização e avaliação familiar de cada participante, a avaliação do seu desempenho no decorrer das sessões, a análise de mudanças significativas ao nível das variáveis adaptabilidade e coesão familiar, recursos familiares, coping familiar e suporte social, e também a análise de mudanças nas dificuldades e/ou nos problemas identificados na sinalização. Através deste estudo foi possível verificar que as mulheres participantes do PEP constituem um grupo com baixas qualificações, com percursos de pobreza, sendo beneficiárias da prestação de Rendimento Social de Inserção (RSI), e com problemáticas que se encadeiam e influenciam várias áreas das suas vidas. Contudo, constituem-se num grupo heterogéneo a nível de competências e necessidades. Tidas no seu conjunto, podemos concluir que 4 das 5 participantes tiveram um bom desempenho, concluindo-se que o PEP foi adequado para esta maioria Ao nível das variáveis adaptabilidade e coesão familiar, recursos familiares, coping familiar e suporte social não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas ao longo do programa, porém é de realçar que, de forma global, as participantes melhoraram os seus resultados. É ainda possível verificar que o PEP teve um impacte positivo nas mesmas 4 formandas, as quais conseguiram ultrapassar algumas das dificuldades e/ou problemas que motivaram o encaminhamento. Foi possível concluir que o facto de se tratar de um grupo heterogéneo veio trazer ganhos para as participantes, contudo um dos elementos, que tinha uma problemática associada ao alcoolismo, deveria ter sido integrado num grupo com características diferentes, razão pela qual o PEP não se constituiu como uma resposta adequada para este elemento. O estudo revela ainda que o PEP no Espaço Mudança constitui uma mais-valia para colaborar na activação das competências pessoais, sociais e parentais das mães que passam por dificuldades acrescidas, sendo de promover e potenciar este tipo de intervenções construídas a partir das características e necessidades da população-alvo. /
- ItemExpectativas Associadas ao Cuidar das Gerações Mais Velhas(ISMT, 2011) Deus, Andreia Sofia Micaelo; Guadalupe, Sónia (Orientadora)A sociedade contemporânea é marcada por mudanças paradigmáticas, culturais, sócio-económicos e de valores que comportam transformações no indivíduo e na família. O cuidado informal intergeracional reflecte tais mudanças, tendo-se revelado importante conhecer as expectativas de adultos face à necessidade de cuidar das gerações mais velhas, assim como compreender e analisar as diferenças nas fratrias face às diversas expectativas associadas ao cuidado dos idosos. Este é um tipo de estudo transversal prospectivo de natureza quantitativa, utilizando como documentos de recolha de dados um inquérito por questionário de administração indirecta construído para o efeito. A amostra do estudo é constituída por adultos portugueses em idade activa (25 aos 65 anos), não cuidadores, com pelo menos um dos progenitores vivo. Contou com 186 participantes com uma média de idade de 32 anos, maioritariamente do sexo feminino (88%) e com habilitações literárias ao nível do ensino superior (91%). Os resultados indicam que todos os filhos apontam o amor e ternura como principal motivo expectável para cuidar. Os filhos únicos prevêem uma maior dificuldade a nível económico e ponderam uma maior procura de recursos exteriores, ao contrário dos membros de fratria que tendem a optar por uma estratégia de exclusividade. As rotinas domésticas, as actividades de lazer e a produtividade no trabalho são as principais áreas de vida que os inquiridos conjecturam serem afectadas. Optar por cuidar em família não pode ser penalizador para as famílias. No sentido de antecipar eventuais dificuldades no decurso do seu ciclo de vida, as famílias deverão ser estimuladas a pensar como conciliar a sua vida com a eventual necessidade de prestação de cuidados informais a idosos, devendo o Serviço Social assumir uma postura propositiva face às responsabilidades que as políticas públicas apresentam neste domínio, assim como para a definição e ampliação de programas que respondam efectivamente às necessidades das pessoas dependentes, dos cuidadores e das famílias.
- ItemA Família nas Redes Sociais Pessoais de Idosos(ISMT, 2015) Silva, Ana Rute Monteiro; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Objetivos: Analisar as caraterísticas sociodemográficas e das redes sociais pessoais dos idosos de acordo com a composição das redes centrada na família. Metodologia: Para caraterizar as redes sociais pessoais utilizámos o Instrumento de Análise da Rede Social e Pessoal – Idosos (IARSP-idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe e Vicente, 2012) e um questionário para descrever sociodemograficamente a amostra. Participantes: A amostra é constituída por 567 idosos (M = 75,53 anos), com predominância do sexo feminino (64,1%). A maioria é casada (53,8%) e detém a 4ª classe (51,3%). Os participantes, na sua maioria, têm filhos (87,8%) e não vivem sós (79,4%). Resultados: As redes são compostas em média por 8 elementos, dominadas por laços familiares (M = 76,90%). São redes coesas, com relações interpessoais duradouras, com pouca dispersão geográfica e elevada frequência de contactos. O apoio percebido nas redes é sobretudo emocional e informativo. Quanto à sua composição, 43,7% dos idosos têm uma rede exclusivamente familiar, 53,4% redes com família e outros campos relacionais e apenas 2,8% apresentam redes sem família. Os idosos com 76-85 anos, casados e com agregado familiar numeroso têm maior probabilidade de pertencer a redes exclusivamente familiares. Os idosos mais jovens e divorciados tendem a pertencer a redes mais diversificadas, enquanto as mulheres e os indivíduos solteiros e sem filhos têm maior probabilidade de não ter laços familiares nas suas redes, compensando a sua ausência com relações de amizade e de vizinhança. As redes exclusivamente familiares estão associadas a maior perceção de apoio emocional, material e instrumental, companhia social e reciprocidade de apoio. As redes com família e outras composições caraterizam-se por ter mais elementos e uma maior dispersão geográfica. As redes sem família são as mais reduzidas e são normalmente homogéneas para o género feminino e a nível etário, no grupo idoso. Conclusões: Fica patente o papel central das famílias nas redes e no apoio informal. Contudo, será essencial potenciar a diversificação e manutenção dos vínculos promovendo o acesso a novos contactos ao longo de todo o ciclo vital, de forma a garantir uma rede social pessoal diversificada e efetiva, em vínculos e recursos, que complemente as necessidades e favoreça o bem-estar da pessoa idosa. / Objectives: To analyze the sociodemographical and personal social networks characteristics of the elderly according to the composition of the networks centered on the families. Methodology: For characterizing the personal social networks we used the Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal (IARSP-Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe e Vicente, 2012) and for sociodemographic characteristics we used a questionnaire. Participants: The sample consisted of 567 elderly (M = 75.53 years), mainly female (64.1%). The majority are married (53.8%) and have the 4th grade (51,3%). Overall the participants have offspring (87.8%) and do not live alone (79.4%). Results: On average, the networks have 8 elements, mostly relatives (M = 76.90%). The networks are cohesive, long-lasting, have a low geographical spread and we observed a high frequency of contacts. The networks provide mostly emotional (M = 2.64) and informative support (M = 2.37). Regarding its composition, 43.7% of the elderly have an exclusively family network, 53.4% have networks with family members and other relational fields and only 2.8% have no relatives in their networks. The elderly whose age is between 76-85 years, married and with a large household are more likely to belong to exclusively family networks. Younger and divorced elderly tend to belong to more diverse networks, as women and individuals unmarried and without offspring are more likely to do not have family bounds in their networks, with a higher proportion of friends and neighbors. Exclusively family networks are associated with greater perception of emotional, material and instrumental support, social company and reciprocal support. Networks with family and other fields are characterized by having more elements and a greater geographical spread. The social networks without family are smaller and are usually homogeneous for female gender and age, in the elderly group. Conclusions: The role of families in providing informational support is clear. However, it will be essential to enhance the diversification and maintain ties that promote access to new contacts throughout our entire life, to ensure a diversified social network that will be effective in bonds and resources that complement the needs and encourages the well-being of the elderly.
- ItemFamílias Monoparentais com Paciente Identificado com Toxicodependência(ISMT, 2020) Dinis, André Monteiro; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Objetivos: O presente estudo tem como objetivo analisar diferenças no exercício da monoparentalidade entre famílias monoparentais com paciente identificado com toxicodependência e famílias monoparentais onde este tipo de patologia não se encontra sinalizada. Metodologia: Foi usada uma metodologia descritiva eminentemente quantitativa. Na recolha dos dados recorremos ao inquérito por questionário “Famílias Monoparentais: Desafios Relacionais e Quotidianos” para avaliar as características sociofamiliares, o suporte social e os desafios das famílias monoparentais. Participantes: A amostra total é constituída por 111 participantes, dos quais 19 dizem respeito às famílias monoparentais com paciente identificado com toxicodependência (17,1%) e 92 representam as famílias monoparentais sem este tipo de patologia (82,9%), constituindo assim duas subamostras distintas. Na recolha da subamostra específica todos os participantes teriam que ser membros de uma família monoparental com filhos até vinte cinco anos e apresentarem um membro com comportamentos aditivos e de dependência. Resultados: Foram detetadas associações significativas entre as subamostras relativamente ao género (p < 0,05), ao tipo de monoparentalidade (p < 0,01), motivo da monoparentalidade (p < 0,001), principais dificuldades da monoparentalidade (p < 0,05), ao nível das relações estabelecidas com o outro progenitor (p < 0,001) e relativamente à relação estabelecida do filho com o outro progenitor (p < 0,001). Não foram reveladas diferenças significativas no grupo etário, estado civil, nível de conciliação trabalho-família, responsabilidades parentais, vantagens da monoparentalidade nem ao nível percebido do desafio que constituí a monoparentalidade. As principais dificuldades das famílias monoparentais correspondem à gestão do tempo e às tarefas referentes ao apoio instrumental na parentalidade. Conclusões: A investigação revela que as famílias monoparentais com um membro com comportamentos aditivos e de dependência apresentam um perfil de dificuldades semelhante às famílias monoparentais onde este tipo de patologia não se encontra presente, relativamente às caraterísticas em estudo. Porém, foi possível identificar algumas diferenças nas caraterísticas menos dominantes, revelando desta forma algumas especificidades na vivência da monoparentalidade quando estão ou não presentes comportamentos aditivos ou dependências nas famílias.
- ItemFamílias Unipessoais Idosas: um estudo das redes sociais pessoais de idosos que vivem sós(ISMT, 2015) Reis, Zélia Cristina Agostinho Fernandes dos Santos; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Objetivos: O presente estudo tem como objetivo analisar as características estruturais, funcionais e relacionais-contextuais das redes sociais pessoais de famílias unipessoais idosas. Metodologia: Utilizámos para recolha de dados um questionário para caracterizar sociodemograficamente a amostra, o Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal (versão para idosos) (IARSP-Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe e Vicente 2012) e a escala de solidão UCLA (Neto, 1989). Participantes: A amostra é constituída por 567 indivíduos com média de idades de 75,53 anos, maioritariamente do sexo feminino (63,0%; n = 357). Predominam os sujeitos casados (53,7%; n = 304), com filhos (87,8%; n = 498) e em situação de coabitação (n = 450; 79,4%). Contudo, 20,6% (n = 117) vivem sós, constituindo as famílias unipessoais. Resultados: As redes sociais dos idosos têm em média 7,99 elementos, predominantemente familiares (M = 76,89%). Os participantes percecionam um nível elevado de apoio por parte das suas redes. São redes coesas, pouco dispersas e os contactos entre os elementos são frequentes. As mulheres, os indivíduos solteiros, viúvos ou divorciados e os idosos sem filhos têm uma maior probabilidade de viverem sós (p < 0,05) e estes apresentam uma maior probabilidade de necessitar de apoio social formal (p < 0,05). As famílias unipessoais, quando comparadas com os que não vivem sós, apresentam um maior número de campos relacionais e maior proporção de relações de amizade e de vizinhança (p < 0,05). Têm menor perceção de apoio material e instrumental, informativo, companhia social, acesso a novos vínculos e reciprocidade de apoio (p < 0,05). Além disso, referem menor frequência de contactos e uma maior dispersão geográfica (p < 0,05). Nas famílias unipessoais, observou-se a existência de correlações negativas significativas (p < 0,05) entre a percepção de solidão e o tamanho da rede, a proporção das relações familiares na rede, o apoio emocional e informativo e a reciprocidade de apoio. CONCLUSÃO: Os idosos com famílias unipessoais percecionam menor apoio por parte das suas redes, tendo uma maior propensão à solidão. É fundamental, ao longo do ciclo vital, promover a quantidade e qualidade dos vínculos, no sentido de manter a efetividade do suporte das redes mesmo quando se vive só. / Objectives: The present study aims to analyze the structural, functional and relational-contextual characteristics of older single-person households. Methodology: We used as instruments a questionnaire to evaluate sociodemographic data, the Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal (version for elderly people: IARSP-Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe e Vicente 2012) and the UCLA Loneliness Scale (Neto, 1989). Participants: The sample consists of 567 individuals with an average age of 75.53 years, mostly females (63.0%; n = 357). There is a predominance of married individuals (53.7%; n = 304) with children (87.8%; n = 498). Older people live mainly in cohabitation (n = 450; 79.4%), however 20.6% oh them live alone, constituting one-person households. Results: The elderly personal social networks have 8 elements, on average, with a predominance of family relationships (M = 76.89%). The participants perceived a high level of support from their networks. In general the networks are cohesive, with low dispersion and have frequent contacts. The women, single, widowed or divorced and childless elderly are more likely to live alone (p < 0.05) and to need social services support (p < 0.05). The single-person households, compared with those who do not live alone, have a greater number of relational fields and a higher proportion of friendships and neighborhood relations (p < 0.05). They have a lower perception of material and informative support, social company and acess to new ties and reciprocal support (p < 0.05). They also refer lowest frequency of contacts and a wider geographical dispersion (p < 0.05). In single-person households there was a negative significant correlation between the perception of loneliness and the social network size, the proportion of family relationships in the network, emotional and informational support and reciprocal support. Conclusions: The elderly single-person households perceived less support from their networks and a greater propensity to loneliness. It is critical to promot the quality of ties, rather then their quantity, throughout the life cycle, in order to maintain the network effectiveness even when the person lives alone.
- ItemForças nas Famílias Monoparentais Femininas(ISMT, 2012) Lucas, Mariana Cristina Santos; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Objetivos: O presente estudo tem como objetivos gerais analisar a perceção que as mães de famílias monoparentais têm das suas forças familiares, do suporte social e da sua saúde mental, segundo algumas características sociodemográficas. Metodologia: Este é um estudo descritivo e correlacional, de análise univariada, com uma amostra de 43 mães de famílias monoparentais. Na recolha dos dados utilizámos o Questionário das Forças Familiares (QFF) (Melo & Alarcão, 2011) para avaliar as forças e processos de resiliência familiar; a Escala de Apoio Social (EAS) (Matos & Ferreira, 2000) para avaliar o apoio social percebido; o Mental Health Inventory (MHI5) (Ribeiro, 2001) para avaliar a perceção de saúde mental e ainda um questionário para a caracterização sociodemográfica da amostra. Participantes: A nossa amostra é constituída por 43 mães de famílias monoparentais femininas, tendo em média 38 anos de idade, solteira ou divorciada/separada, vivendo nesta situação há aproximadamente 4 anos. As participantes apresentam um nível de escolaridade do ensino secundário (41,9%) e do ensino superior (46,5%) e, maioritariamente encontram-se empregadas (81,4%). A maioria das mães tem apenas 1 filho (62,8%) e a situação mais comum de agregado doméstico é apenas viverem com os seu(s) filho(s) (72,1%). Resultados: De um modo geral estas mulheres apresentam uma boa perceção, tanto das suas forças familiares (M = 109,84), como do suporte social (M = 58,33) bem como da sua saúde mental (M = 20,05), sendo que estas variáveis se correlacionam entre si de uma forma positiva e significativa. As mães com menor número de filhos e aquelas que apresentam um provável bem-estar psicológico revelam uma melhor perceção das forças familiares, quando comparadas com as que têm mais filhos e as que apresentam provável sofrimento psicológico, respetivamente. Conclusões: A nossa investigação revela que as mães de famílias monoparentais femininas têm capacidades para percecionar forças na sua família e também para percecionar um bom suporte social e um bem-estar positivo, estando todos estes fatores interligados. Porém, torna-se pertinente promover e desenvolver iniciativas que de alguma forma ajudem estas famílias a potenciarem as suas próprias competências, devendo ser sinalizadas para acompanhamento psicológico as situações em que se verificam algumas dificuldades de adaptação.
- ItemImpacte do Cuidado no Cuidador Informal(ISMT, 2011) Reis, Sofia Marina Letra dos; Guadalupe, Sónia (Orientadora)A família continua a ser considerada a principal fonte de suporte dos idosos, sendo neste sistema que encontramos a maioria dos cuidadores informais. Cuidar é um processo complexo e exige muito tempo e dedicação, sendo que muitos cuidadores consideram-no como algo gratificante, no entanto é incontestável que também acarreta consequências negativas. Assim, o presente estudo tem como objectivo analisar o impacte pessoal, profissional e socioeconómico nos cuidadores informais de idosos que se encontram em centro de dia ou em serviço de apoio domiciliário, em instituições situadas na zona do Baixo Mondego. Para a avaliação das variáveis em estudo foram utilizados um inquérito por questionário para a caracterização sociodemográfica dos cuidadores e a versão portuguesa do MHI-5 (Mental Health Inventory) para avaliar o distress e o bem-estar psicológico dos cuidadores dos idosos. A amostra é constituída por 60 cuidadores sendo, na sua maioria mulheres (65%). Mais de metade da amostra dos cuidadores são casados (76,7%), predominantemente com idades entre os 56 e os 65 anos de idade, sendo estes, na generalidade, filhos (48,7%) e cônjuges dos idosos (21,7%). A amostra deste estudo vive na mesma casa (56,7%) ou perto do idoso de quem cuida, tendo metade uma actividade profissional (50%), sendo o número de horas diárias que dispensa na prestação de cuidados ao idoso entre 1 a 4 horas. Constatou-se que os cuidadores informais destes idosos sentem um impacte baixo a moderado principalmente nas áreas do trabalho e da saúde, no entanto, as mulheres inquiridas consideram que o maior impacte é ao nível económico pelas despesas feitas com o idoso, principalmente com os medicamentos. A maioria dos cuidadores apontam que um dos motivos pelos quais decidiram cuidar do idoso foi por amor e ternura, já o motivo que menos pesou para os cuidadores foi a possibilidade de herdar mais. Sendo os cuidadores informais um grupo importante na prestação de cuidados, é necessário reflectir sobre as políticas de cuidados existentes e políticas sociais, assim como sobre a sua informação e formação, considerando ser fundamental definir estratégias de assegurar-lhes direitos sociais associados à missão que assumem e capacitá-los para prevenirem impactes negativos e o seu agravamento eventual.
- ItemImpacte, Sobrecarga e Rede de Suporte Social em Familiares de Grandes Incapacitados(ISMT, 2016) Silva, Alexandra Margarida Machado Ferreira da; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Objetivo: A deficiência grave pode originar um importante impacte na família, em diferentes níveis. É objetivo do presente estudo caracterizar e analisar a interação entre a sobrecarga na prestação de cuidados, o impacte familiar, a saúde mental e a rede de suporte social informal em familiares de adultos com deficiência grave e profunda. Participantes: A amostra integra 49 familiares de pessoas com deficiência grave e profunda de um total de 26 agregados familiares. Os participantes são maioritariamente mulheres (n= 32, 64 %), sobretudo mães (n = 29; 46,9%), seguidas de pais (n = 12; 24,5%) e irmã/os (n = 11; 22,4%), com uma idade média de 47,3 anos (±15,8, variando entre 11 e 78). Material e Métodos: Foi usado um questionário para caraterização sociodemográfica, o Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal (IASRP, Guadalupe, 2009, o Mental Health Inventory (MHI-5, Ribeiro, 2001), A Impact on Family Scale (Fonseca, Nazaré e Canavarro, 2008) e o Questionário de avaliação, sobrecarga dos cuidadores informais (QASCI, Martins, Ribeiro e Garrett, 2003). Resultados: A rede social pessoal dos participantes tem uma dimensão média de 5 elementos, compostas sobretudo por relações familiares, é coesas e caracteriza-se pela reciprocidade no apoio. A maior parte dos inquiridos (59,2%) apresenta bem-estar psicológico, mas uma proporção significativa (40,8%) apresenta sofrimento psicológico. Constatou-se uma correlação moderada e negativa entre a sobrecarga e a saúde mental (r = 0,558; p < 0,001) e verificou-se uma correlação forte e positiva entre a sobrecarga e o impacto familiar (r = 0,754; p < 0,01). Entre as características da rede e as dimensões de sobrecarga registámos correlações que indicam que quanto maior o tamanho, a satisfação com a rede, a durabilidade das relações, o nível de companhia social e a frequência de contactos, menor a sobrecarga (p < 0,05). Conclusões: O impacte de uma grande dependência nos familiares próximos apresenta riscos e moderadores relevantes, nomeadamente características salutares da rede de provisão informal. Medidas de intervenção social e de política social tendentes à diminuição deste impacte poderão contribuir para a melhoria da saúde mental e bem-estar desta população. / Objective: Severe disability can cause a profound impact in a family, at several levels. The current study aims to characterize and analyse the interaction between the caregiving burden, family impact, mental health and informal social support networks of relatives of adults with severe disability. Participants: The study sample consists of 49 relatives of adults with severe disability, of a total of 26 households. Participants are mostly female (n= 32.64 %), with a mean age of 47,3 years (±15.8, range 11 to 78), in particular mothers (n = 29; 46.9%), followed by fathers (n = 12; 24,5%) and siblings (n = 11; 22.4%). Matherial and Methods: A questionnaire for socio-demographic characterization, an instrument for analysis of social support networks (Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal - IASRP, Guadalupe, 2009), the Mental Health Inventory (MHI-5, Pais Ribeiro, 2001), the Impact on Family Scale (Fonseca, Nazaré, Canavarro, 2008) and the questionnaire for assessment of burden of informal caregivers (QASCI). Results: The social support network of the participants is composed by a mean number of 5 members, mostly relatives, is cohesiv and has reciprocity. Most of the participants present psychological well-being (59.2%), but a significant proportion (40.8%) report some degree of psychological suffering. There was a moderate and negative correlation between burden and mental health (r = 0.558; p < 0.001) and a strong and positive correlation between burden and family impact (r = 0.754; p < 0.01). Among the features of the social support network, there was association of network size, satisfaction, relationship durability, level of social company and frequency of contacts, with decreased burden (p < 0.05). Conclusions: The impact of a major dependency in close relatives present relevant risks and buffering factors, namely the healthy characteristics of the informal social support network. Social internvention and social policy measures aiming at decreasing this impact could contribute to an improvement in mental health and well-being of this population.
- ItemO Impacto do Cancro em Famílias Monoparentais Femininas, Necessidades Não Satisfeitas e Qualidade de Vida(ISMT, 2022) Neves, Isa Mara Domingues das; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Este estudo pretendeu caracterizar a situação social, o impacto do cancro, as necessidades não satisfeitas e a qualidade de vida em famílias monoparentais femininas e faz uso de uma metodologia descritiva, de coorte transversal, do tipo quantitativa. Participaram 8 mulheres, com idades entre os 45 e os 68 anos, mães com filhos a cargo, com altos níveis de escolaridade, predominantemente divorciadas e empregadas por conta de outrem. Os resultados revelaram que as mulheres tendem a avaliar de forma positiva o impacto do cancro nas suas vidas. O nível de satisfação apresentado pelas inquiridas com a rede de suporte informal apresenta, atualmente, níveis mais baixos do que durante o período de doença. O nível de desafio percebido da monoparentalidade foi considerado maior atualmente do que durante o período de doença. Quanto às necessidades não satisfeitas avaliadas, os resultados apresentam valores médios e a qualidade de vida valores acima dos pontos médios. Não foram assinaladas correlações significativas entre necessidades não satisfeitas e qualidade de vida. O estudo lança pistas para futuras investigações e desenvolvimento de estratégias interventivas num grupo populacional de especial atenção, na perspetiva do Serviço Social na Saúde. / This study aimed to characterize the social situation, the impact of cancer, the unmet needs, and the quality of life in single-parent female families, using a descriptive, cross-sectional, quantitative methodology. Eight women, aged between 45 and 68, mothers with dependent children, with high levels of education, predominantly divorced and employed, participated. The results revealed that women tend to evaluate the impact of cancer on their lives positively. The level of satisfaction presented by the respondents with the support network is currently lower than during the period of illness. The perceived level of challenge of single parenthood was considered currently higher than during the period of illness. As for the assessed unmet needs, the results show average values and quality of life values above the average points. No significant correlations were found between unmet needs and quality of life. The study provides clues for future research and development of interventional strategies in a population group of special attention, from the perspective of Social Work in Health.
- ItemA Inserção Profissional de Assistentes Sociais na Escola Pública em Portugal Continental(ISMT, 2017) Mendes, Sara Raquel Lopes; Guadalupe, Sónia (Orientadora)Objetivos: O Serviço Social na área da Educação dá resposta plural a um contexto de enorme complexidade onde se refletem os problemas da sociedade contemporânea. Os objetivos da dissertação são a avaliação da inserção dos Assistentes Sociais na “escola”, partindo da identificação do número de Assistentes Sociais a desempenharem funções no sistema público de ensino básico e secundário em Portugal continental e do cálculo do rácio de Assistente Social-aluno. Material e Métodos: Usámos fontes documentais oficiais, tendo sido identificadas as “escolas” que permitem a contratação de técnicos especializados em Serviço Social e efetuada a recolha sistemática de evidências no site institucional de cada “escola” que sustentam a inserção profissional de Assistentes Sociais, tendo sido calculados rácios nacionais e regionais. Resultados: Foram identificados 112 Assistentes Sociais num total de 811 de “escolas” (agrupamentos de escola/escolas não agrupadas - AE/ENA). O rácio Assistente Social-aluno no universo das AE/ENA em Portugal continental é de 1:12.086, variando entre 1:8.753 e 1:22.237, conforme a região de ensino. Nas AE/ENA com Assistente Social o rácio é de 1:1.394, variando entre 1:1.210 e 1:1.768, consoante a região considerada. Conclusões: Verificamos uma parca inserção profissional de Assistentes Sociais na “escola” pública em Portugal continental, assim como desigual territorialmente, ressaltando rácios alarmantes na relação Assistente Social-alunos, que espelham o desinvestimento na profissão na área da educação. A implementação de políticas educativas holísticas, preventivas do risco social e promotoras de sucesso escolar e de igualdade, que requerem a integração de equipas multidisciplinares nas escolas, ficam comprometidas com a baixa representatividade de Assistentes Sociais. / Aims: Social work in education field gives a plural answer to a context of enormous complexity where the problems of contemporary society are reflected. The objectives of the dissertation are the evaluation of the integration of social workers in schools, starting from the identification of the quantity of social workers working in public schools in continental Portugal and the calculation of the ratio of students per social worker. Methods: We used official documentary sources, having been identified the "schools" that allow hiring social workers and we collected evidence in the institutional webpage of each "school" supporting the employability of social workers. Based on the data, we calculated national and regional ratios. Results: 112 social workers have been identified in an universe of 811 "schools" (school groups/schools not grouped-AE/ENA). The ratio of students per social worker in all AE/ENA in continental Portugal area is 1:12.086, varying between 1:8.753 and 1:22.237 according to the General Direction of Education. The ratio in the AE/ENA with social worker is 1:1.394, varying between 1:1.210 and 1:1.768 depending on the region considered. Conclusions: We observed a lower employability of social workers in public schools in Portugal, as well as territorial inequality, verifying alarming ratios in social worker/student ratio, which reflect the disinvestment in this kind of job in the field of education. The implementation of holistic educational policies, preventive social risk and promotion of school success and equality/tolerance, that require the integration of multidisciplinary cooperative teams in schools are put at risk with the low representation of social workers.
- ItemLaços Sociais e Capital Social nas Narrativas das Pessoas em Situação de Sem-abrigo(ISMT, 2012) Rosa, Vânia Sofia Lopes Martins; Guadalupe, Sónia (Orientadora)A pertinência da rutura e reconstrução dos laços sociais nas pessoas em situação de sem-abrigo leva-nos à abordagem dos seus processos idiossincráticos de emergência e manutenção do capital social nos laços sociais. A investigação pretende, através dos discursos de pessoas que experienciam a situação de sem-abrigo, compreender como emerge e se mantém o capital social nos laços sociais. Assim, utilizou-se a entrevista semiestruturada para aceder às suas narrativas. A escolha dos participantes teve em consideração a acessibilidade e disponibilidade dos indivíduos na cidade de Coimbra. Das narrativas dos seis entrevistados verificou-se que apresentam um capital social vulnerável associado a uma escassa rede de apoio (formal e/ou informal). Emergiu dos seus discursos que um dos principais fatores que concorre para a emergência da situação de sem-abrigo é a rutura com os diferentes tipos de laços sociais, sobretudo os familiares, que potencia a diminuição da rede de suporte, e tem repercussões nas diferentes dimensões do capital social, dificultando a sua emergência. A rutura dos laços de filiação e parentescos foram identificados pelos entrevistados como o principal fator para a emergência da situação de sem-abrigo, evidenciando também uma quebra dos níveis de confiança para a possível criação de novos laços ou reativação/reconstrução dos laços quebrados. As conclusões da presente investigação constituem um contributo para o Serviço Social, na medida em que um conhecimento mais aprofundado da situação de sem-abrigo, pelas suas próprias vozes, assim como dos seus laços sociais e das suas ruturas, e das dificuldades sentidas na emergência e manutenção do capital social, permitirão a concertação de estratégias de intervenção mais ajustadas à realidade com estas pessoas e com este problema social.