Abstract:
O presente trabalho teve como objectivo principal, analisar a agência do assistente
social nos contextos da pobreza e exclusão social, tendo em conta que a mesma se
desenvolve inserida numa estrutura social reguladora.
Assim, pretendia-se compreender de que forma o assistente social, enquanto agente
competente e capacitado de uma acção reflexiva, produz transformações e mudanças
sociais nas relações que estabelece com outros agentes (utilizadores dos serviços de
assistência social) considerando perspectivas de acção normalizante e/ou emancipatórias
das situações de pobreza e exclusão social.
Para isso, é feita uma exposição dos conceitos de cidadania e politica social uma vez
que estas podem ser um meio para que os cidadãos possam ver reconhecidos os seus
direitos de cidadania. Além disso, estabelece-se uma relação com estes conceitos e a
pobreza e exclusão social, pois os indivíduos em situação de pobreza e exclusão social,
estão desapossados de direitos, pelo que é urgente a criação de políticas e programas
sociais eficazes para combater estes fenómenos sociais.
O assistente social, enquanto técnico privilegiado na intervenção social, deve ser além
de executor, participante na avaliação e elaboração dessas políticas.
O trabalho apresenta ainda um estudo empírico utilizando como instrumento a medida
do RSI, enquanto política actualmente definida pelo Estado como prioritária na
intervenção realizada pelos assistentes sociais na pobreza e exclusão social.