Mentira e a sua Relação com a Psicopatia, Desejabilidade Social e com Componentes da Regulação Emocional

A carregar...
Miniatura
Data
2017
Autores
Amado, Ana Carolina Carvalho
Espirito-Santo, Helena (Orientadora)
Queiroz Garcia, Inês (Coorientadora)
Título da revista
ISSN da revista
Título do Volume
Editora
Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga
Resumo
Objetivo: Saber qual o número médio de mentiras diárias, em que situações admitem mentir mais e o porquê de mentirem; Saber se a mentira varia em função das variáveis sociodemográficas. Além disso, verificar se existe uma relação entre o número de mentiras, o autocriticismo, a psicopatia, a autocompaixão, a desejabilidade social e a vergonha externa. Método: A amostra foi composta por 249 pessoas (81 homens e 168 mulheres), com idades compreendidas entre os 18 e os 77 anos de idade, que foram avaliadas através da Escala das Formas de Autocriticismo e de Autotranquilização (FSCRS), da Escala de Psicopatia de Levenson (LSRPS), da Escala da Autocompaixão (SELFCS), da Escala de Desejabilidade Social de Marlowe-Crowne (EDSMC) e da Escala de Vergonha Externa – 2 (OAS2). Resultados: O número médio de mentiras assumidas pelos participantes foi de 2,53 (DP = 3,94). Os participantes relataram mentir mais no contexto familiar seguido das relações professionais e escolares. Os participantes também relataram mentir para evitar, principalmente, uma consequência negativa seguida de mentir para causar uma boa impressão. Os homens e os mais velhos (56-77 anos) reconheceram que mentem mais (p = 0,001). A mentira foi correlacionada com o autocriticismo (Eu Inadequado, Eu Tranquilizador e o Eu Detestado), a Psicopatia primária, a Condição Humana, a Sobreidentificação, a Desejabilidade Social e a Vergonha Externa. Conclusão: O número de mentiras assumidas pelos sujeitos vai ao encontro de estudos efetuados anteriormente. Foram identificadas diferenças significativas relativamente ao número de mentiras assumidas quando consideradas as variáveis sociodemográficas em comparação com outras investigações. Foi possível perceber que existem diversas variáveis relacionadas ou relacionáveis com a mentira. Seria uma mais valia pesquisas posteriores sobre a mentira enquanto comportamento incontornável ao longo da vida em que fossem considerados fatores relacionais, emocionais e sociais que estivessem implicados na vulnerabilidade dos sujeitos para mentir. || Aims: To know the average number of daily lies, which situations people admit lying the most, and why they lie; to know if lying varies according to sociodemographic variables. Moreover, to check if there is a relation between the numbers of lies, self-criticism, psychopathy, self-compassion, social desirability, and external shame. Method: The sample comprised 249 people (81 men and 168 women), with ages between 18 and 77 years-old, who were assessed with the Forms of Self-Criticizing and Reassuring Scale (FSCRS), Levenson’s Self Report Psychopathy Scale (LSRPS), a Self-Compassion Scale (SELFCS), Marlowe-Crowne Social Desirability Scale (MCSDS), and the Other As Shamer Scale – 2 (OAS2). Results: The average number of lies assumed by the participants was 2.53 (SD = 3.94). Participants reported lying more in the familial context followed by the professional or school settings. Participants also reported lying mainly to avoid a negative consequence followed by to lie to cause a good impression. Men and the oldest ones (56-77 years-old) recognized that they lie more (p = 0,001). Lying was correlated with forms of self-criticism (Inadequate Self, Reassured Self and Hated Self), primary psychopathy, subscales common humanity and overidentified of self-compassion, social desirability, and external shame. Conclusion: The number of lies assumed by the subjects is in line with previous studies. Significant differences were identified regarding the number of lies assumed when considering sociodemographic variables in comparison to other investigations. It was possible to perceive that there are several variables related with lying. Further research on lying as lifelong behavior in which relational, emotional, and social factors were implicated in the subjects' vulnerability to lying would be valuable.
Descrição
Palavras-chave
Mentira - Lie, Autocriticismo - Self-criticism, Traço psicopatológico - Psychopathy trait, Auto-compaixão - Selfcompassion, Desejabilidade social - Social desirability, Vergonha externa - External shame
Citação
Carvalho Amado, A. C. (2017). Mentira e a sua relação com a Psicopatia, Desejabilidade Social e com componentes da Regulação Emocional. (Orientadora: Helena Espírito Santo). Dissertação de mestrado, Instituto Superior Miguel Torga, Coimbra