Redes sociais: adição, saúde mental e modos de utilização em jovens adultos

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Data
2022
Autores
Ferreira, Júlia Garioli
Farate, Carlos (Orientador)
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Editora
ISMT
Resumo
Objetivo: Ao considerar a posição que as redes sociais passaram a ocupar no quotidiano das pessoas, a presente investigação teve como objetivo explorar o risco de uma situação de adição às redes sociais entre os jovens adultos utilizadores; avaliar se existe uma correlação entre dependência de natureza aditiva às redes sociais e perturbações na saúde mental na amostra; e perceber se as características sociodemográficas, o modo como as redes sociais são utilizadas e a motivação para o uso se relacionam com o comportamento aditivo às redes e de perturbação da saúde mental. Metodologia: Este foi um estudo descritivo correlacional, transversal com amostragem por conveniência não probabilística, realizado via formulário online autoaplicável. O protocolo de investigação foi composto pelos seguintes instrumentos: consentimento informado, secção de recolha de dados sociodemográficos, secção de questões relativas ao modo de utilização das redes sociais, a Escala de Adição as Redes Sociais (EARS) e o Inventário de Saúde Mental (ISM). Amostra: A população deste estudo foi composta por 254 participantes luso falantes, a média de idades foi de 22.7 anos, variando entre um mínimo de 18 e um máximo de 30 anos. A maioria era do género feminino (74,4%), licenciados (48,8%), solteiros (97,6%) e estudantes (55,9%). Um pouco mais de metade encontra-se numa relação de namoro (53,5%). Resultados e Conclusão: Os resultados do presente estudo demonstraram que há adição às redes sociais na amostra e que a adição às redes sociais está negativamente associada à saúde mental. Não houve diferenças significativas dos resultados de adição às redes sociais em função do gênero, de estar ou não em uma relação amorosa e em função das horas de sono dos participantes. Além disso, a adição às redes sociais mostrou-se mais elevada nos utilizadores que passam mais horas diárias nas redes sociais e também naqueles que declararam passar a maior parte de seu tempo livre nas redes sociais. A motivação para utilização “passar tempo/relaxar das preocupações do dia a dia” demonstrou possuir uma relação positiva com a adição às redes socias e negativa com a saúde mental. / Aims: Considering the dimension of the position that social networks have come to occupy in people's daily lives, the present investigation aims to explore the risk of a situation of addiction to social networks among young adult users; assess whether there is a correlation between the dependency of an addictive nature to social networks and mental health disorders; and to understand if sociodemographic characteristics, the way in which social networks are used and the motivation for their use influence are related to dependence and mental health disturbances. Methodology: This was a descriptive-correlational, cross-sectional population-based study with non-probabilistic convenience sampling, carried out through a self-administered online form. The research protocol consisted of the following instruments: informed consent, a sociodemographic questionnaire, with a section on questions related to the use of social networks, the Social Network Addition Scale (EARS), and the Mental Health Inventory (MHI). Sample: The population of this study consisted of 254 Portuguese-speaking participants, the mean age was 22,7 years, ranging from a minimum of 18 to a maximum of 30 years. Most were female (74,4%), graduates (48,8%), single (97,6%) and students (55,9%). A little more than half are in a dating relationship (53,5%). Results and Conclusion: The results of the present study showed that there is an addiction to social networks in the sample and that addiction to social networks is negatively associated with mental health. The results also showed no significant differences in the level of addiction to social networks depending on gender, being in a romantic relationship, and the number of sleeping hours of participants. Furthermore, the addition to social networks was higher in users who spent more hours daily on social networks and also in those who declared to spend most of their free time on social networks. The motivation to use “spending time/relaxing from day-to-day worries” was shown to have a positive relationship with addiction to social networks and a negative relationship with mental health.
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Palavras-chave
Redes sociais - Social networks, Saúde mental - Mental health, Adição - Addiction, Dependência - Dependence
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